sábado, 11 de maio de 2013

MONOGRAFIA - EQUIPES: TIPOS, CARACTERÍSTICAS, DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS (PARTE FINAL)


4. CONCLUSÃO


Das muitas questões envolvidas quando se ouve sobre Equipes, não podemos deixar de negar o papel que representam hoje para as organizações e como estão intimamente ligadas as questões de liderança, com isso, existem múltiplas definições para a liderança, mas é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à obtenção de determinados objetivos específicos. As funções de liderança incluem, portanto, todas as atividades de influenciação de pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas.
Um aspecto importante neste conceito é a palavra influência em lugar de imposição. De fato, é possível impor determinadas ações a um subordinado quando se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação com que cada um leva à prática essa mesma ação. É esta motivação que a liderança procura melhorar. Para um líder não é suficiente atingir os objetivos da organização; é necessário que as ações desenvolvidas pelos subordinados sejam executadas por sua livre vontade, onde para isso a relação do líder e sua equipe devem ser muito bem desenvolvidas.
Pode-se considerar a liderança como a arte de libertar as pessoas para fazerem o que se exige delas de maneira mais eficiente e humana possível. A primeira responsabilidade de um líder é a definição da realidade e a última é agradecer; entre as duas deverá tornar-se um servidor da organização e dos seus membros. Isso é o contraste entre os conceitos de propriedade e de dependência, e  desta forma, a medida de uma boa liderança encontra-se nos seus seguidores quando estes atingem o seu potencial, alcançam os resultados pretendidos e estão motivados, é sinal de uma boa liderança, e de certa forma, as equipes são uma da melhores formas de se por em prática as habilidades de liderança.
A liderança é uma questão de estar consciente do que está acontecendo no grupo e quanto mais conectados estiverem o líder e sua equipe, maior a possibilidade do líder agir apropriadamente em toda e qualquer situação que lhe apresente, tirando assim o maior proveito da equipe e das habilidades individuais que lidera. Portanto conhecer bem sua equipe é uma tarefa árdua para o líder, principalmente quando esse líder não tem a oportunidade de escolher os membros de sua equipe ou não possa participar diretamente de sua formação. Isso significa que é uma oportunidade de ouro um líder montar uma equipe do zero, devido à ligação mais intensa e integração de características de relacionamento ser mais fáceis para que o líder passe o que espera de sua equipe, o que do contrário aumenta a dificuldade quando um líder possui uma equipe já formada e busca primeiro a aceitação do grupo, além de necessitar de um estudo para que a clareza e a consciência do líder sejam muito bem interpretadas pelos liderados e se possa iniciar ações que garantam uma liderança bem-sucedida.
Como não existe uma fórmula de liderança eficaz, mesmo não havendo um consenso entre os estudiosos a respeito da liderança eficaz e das múltiplas variáveis que nela intervêm, ninguém nega a sua importância para o desenvolvimento e a sobrevivência das empresas produtoras de bens ou serviços, sejam elas públicas ou privadas.
É fácil pensarmos em pessoas que foram grandes líderes, mas o difícil mesmo é determinar quais os fatores que os torna(ou) líderes ou pessoas de destaque e influência em suas áreas (WEINBERG e GOULD, 2001).
A integração Líder X Equipe faz com que as perspectivas para um determinado problema sejam mais aprimoradas e analisadas de forma mais completa, desde que faça parte da característica do líder estimular a participação de todos. O que torna o envolvimento mais expressivo no ambiente organizacional e assim aumentam substancialmente as chances de sucesso na implementação das idéias e resolução dos problemas éticos.
Contudo, hoje muito mais do que nunca, todo líder ou gerente é cobrado pelos resultados da organização, onde se tornam freqüentes frases como: “fazer mais com menos”, “redução de custos” e “aumentar a produtividade”. Para isso, nada melhor que uma grande equipe em mãos, porém, entender como cada tipo de equipe atua em suas atividades e que atividades são para cada tipo de equipe, é fundamental para aumentar a potencialidade de usar as habilidades individuais, coletivamente, a ponto de diminuir uma dependência extrema no líder e se atingir melhores resultados.
Da utilização de ferramentas de comunicação até a administração conflitos, associados ao entendimento da formação dos grupos a formação e desenvolvimento de equipes altamente eficientes, mostrou-se a utilização da análise swot, como uma ferramenta capaz de contribuir para elucidar os entendimentos das diferenças que possuem cada equipe e como são melhores aproveitadas.  Não deixando de considerar o ambiente interno em que se inserem dentro da organização e as influências mútuas que ocorrem na cultura e no clima organizacional e ao mesmo tempo procurando estar atento aos acontecimentos no ambiente externo e o que podem afetar nos membros e nos resultados da Equipe.
            Enfim, um líder não se pode entregar ao acaso a formação e o desenvolvimento de equipes de trabalho, onde se torna extremamente fundamental para elas serem bem formadas. Com a necessidade de ações e processos planejados, além de acompanhamento e avaliação periódica, faz com que esse processo geralmente seja longo, o que coloca o líder em xeque quando a cultura da organização e suas metas não incluem a valorização das equipes e principalmente sua formação e desenvolvimento.
            Esse fator negativo da organização ainda é potencializado quando não há a predisposição de se entender o tempo dedicado ao planejamento, direcionamento e sabedoria na escolha dos procedimentos e suporte adequado aos integrantes das equipes, somados a sensibilidade de reconhecer aptidões e habilidades que possam aumentar as garantias de encaixe de seus membros em prol de aproveitar ao máximo a força humana que se dispõem.
            O tempo é um grande adversário para se formar e desenvolver adequadamente grandes equipes, porém não há nada de maior valor quanto possamos observar a interação, dedicação e transformação impregnada em todos os seus membros quando se aprimoram seus resultados e entendem por um olhar o desejo do líder, para que nesse grande jogo de xadrez que é o seu gerenciamento, sempre seja possível ao líder, através de suas peças protegerem o Rei durante todo o jogo.


Referências

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CAMARGO, Marculino. Fundamentos de Ética Geral e Profissional. 6 ed. São Paulo, SP Editora Vozes, 2008.

CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral, 3 ed. São Paulo: MAKRON Books, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração, 7 ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: A Dinâmica do Sucesso das Organizações, 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as Pessoas, 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
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CORTELLA, Mário Sérgio. Qual é a tua obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
CORTELLA, Mário Sérgio; MUSSAK, Eugeneo. Liderança em Foco. Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2009 (Coleção Papirus Debates).
DROSDEK, Andreas. Filosofia para Executivos – A Sabedoria de grandes Filósofos aplicada ao dia a dia Empresarial, 1 ed. Campinas, SP: Verus, 2009.

FAYOL, Henry (1841 – 1945). Administração Industrial e Geral – Previsão, Organização, Comando, Coordenação e Controle, 10 ed. São Paulo: Atlas, 1990.
HELLER, Robert. Como gerenciar equipes. 3 ed. São Paulo: Publifolha, 2001.
KORDIS, Paul; RIBEIRO, Lair. Uma Janela no Futuro: Mudar para Permanecer. São Paulo: Temas de Hoje, 2004.
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NOVO, Damaris Vieira; CHERNICHARO, Edna de Assunção Melo; BARRADAS, Mary Suely Souza. Liderança de Equipes. 1 ed. Riode Janeiro, RJ: Editora FGV, 2008.
ROBBINS, Stephen P. Administração: Mudanças e Perspectivas. Editora Saraiva, 2000.

TONET, Helena; REIS, Ana Maria Viegas; BECKER JR., Luiz Carlos; COSTA, Maria Eugênea Belczak. Desenvolvimento de Equipes. 2 ed. Rio de Janeiro, RJ:  Editora FGV, 2009.
WEINBERG, R. S.; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do exercício. 2 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

domingo, 5 de maio de 2013

A Torcida


O conto abaixo, veio do Blog dos Contos e de tão importante o que é torcer, resolvi compartilhar em meu blog também e também, porque não, torcer... Torcer pra leiam e compartilhem, pois continuamos torcendo pelas coisas da vida.


A Torcida


Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você. Tinha gente que torcia para você ser menino. Outros torciam para você ser menina. Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeito. Daí continuaram torcendo. Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo. Seu primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro gol, então? E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer. Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante. Começou a torcer até para um time. Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você. Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser bacana. Nessas horas, você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido. Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir. E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso. Depois começou a torcer pela sua liberdade. Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa. Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais. Todo mundo queria era torcer o seu pescoço. Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro. Torceu para ser médico, músico,advogado. Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo essa fase. No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você. Na faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina. E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela. Primeiro, torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho. Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel. E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele. Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas. Mas muita gente ainda torce por você!" 

Carlos Drumond de Andrade