sábado, 6 de abril de 2013

LUDOV - Reprise





                           Ludov

Controlar o seu destino
como quem relê um livro velho
Não sei se é o melhor
esses capítulos reais, amiga
não reprisam mais

Já passou ao vivo, em cores,
em perfume e som
A vida é um pouco uma transmissão
pra quem captar os seus sinais
pra quem for muito perspicaz

Ah, solte um pouco o freio
deixe de receio
encare mais os fatos
sirva ainda frio seu coração
Seu fogo não se espalha
Excesso de razão
é como opinião
Se não ajuda, atrapalha

Planejar é um tipo de mentira
É jogar no faz-de-conta
de daqui a um mês
Prever os créditos finais
parando pros comerciais

Muita espera dá em nada
quando chega logo passa


É difícil entender como funciona o mercado musical, esta banda é de excepcional talento e contudo não ganha mais destaque no cenário musical nacional. Com letras envolventes e diferentes do que vemos nas rádios a banda traz um clima amplo as suas canções e sempre com a força de estarem alheios a tudo parecendo não se preocuparem com as injustiças musicais modernas.

O clip é excelente e merece destaque!!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

MONOGRAFIA - EQUIPES: TIPOS, CARACTERÍSTICAS, DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS (PARTE IV)


3.2.2.1 Análise SWOT


            Gerir uma adequadamente uma organização, requer dos seus gestores conhecê-la profundamente, a fim de garantir sua existência no futuro. Para isso, devem alinhar as competências organizacionais à estratégia, dando a devida atenção tanto para dentro quanto para fora da companhia, verificando constantemente se as competências presentes estão se enfraquecendo ou se fortalecendo.
            A busca da eficiência operacional faz com que o planejamento estratégico se volte para o futuro, mas partindo do presente. Esta análise avalia o conjunto de atividades e estuda, de forma abrangente e profunda, as deficiências e as vantagens.
            Desenvolvida há quase cinqüenta anos por Albert Humphrey do Stanford Reserach Institute, AGUILERA (2009, p. 57), a Análise Swot se mantém atual, mesmo com o passar das décadas, isso se dá, devido tão básico e concreto são seus princípios, através da avaliação interna dos pontos fortes e fracos e, externamente, as ameaças e oportunidades, cujo nome é formado pelas iniciais de Strengths (forças), Weaknesesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
            Esta ferramenta abrange a empresa como um todo e tem caráter corporativo e sua análise de cenário se divide em:
·      Ambiente interno (Forças e Fraquezas) - Principais aspectos, que diferencia a empresa dos seus concorrentes (decisões e níveis de performance que se pode gerir). Para preencher os quadrantes superiores da figura a seguir, são examinados todos os sistemas e processos da  empresa. Resumidamente, segundo AGUILERA (2009, p. 60), são estes os fatores internos a serem analisados: instalação e equipamentos, tecnologia utilizada, localização geográfica em função da logística de produção, compras, distribuição do produto final, valor da marca, imagem pública, qualidade do produto, resultados da área de marketing, disponibilidade de capital, fluxo de caixa, economia de escala, comprometimento dos empregados, produtividade, conhecimento e habilidade técnica da força de trabalho, cumprimento dos prazos de entrega, inovação, efetividade das lideranças.
As principais questões relacionadas à força são:
1.    O que você faz bem?
2.    O que sua empresa tem de melhor está sob seu comando?
3.    Quais são os recursos que você tem?
4.    O que possui melhor que seus concorrentes?
5.    O que faz os clientes voltarem à sua empresa?

Já as principais questões relacionadas às fraquezas são:
1.    Meus funcionários são capacitados para suas funções?
2.    Onde eu deveria melhorar minha empresa?
3.    Por que meus clientes escolhem os concorrentes?
4.    Quais são as deficiências dos meus colaboradores?
5.    Por que os clientes não voltam depois de uma compra?

·      Ambiente externo (Oportunidades e Ameaças) - Corresponde às perspectivas de evolução de mercado; Fatores provenientes de mercado e meio ambiente envolvente (decisões e circunstâncias externas ao poder de decisão da empresa). As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos. A análise da indústria é essencial para mapear o posicionamento da empresa em relação à configuração do ambiente. Schumpeter (2009) afirma que a destruição criativa é uma constante no capitalismo e é necessário estudar o público-alvo, avaliar a necessidade de mudanças nas operações, monitorar as tendência e principalmente as avanços tecnológicos, analisar riscos, analisar os concorrentes e entender como se compatibiliza suas operações com as condições da indústria.
As oportunidades são as forças externas à empresa que influenciam positivamente sua organização, mas que não temos controle sobre elas. As oportunidades muitas vezes podem vir através de algum aspecto econômico novo, como o advento da classe média, o aumento do número de filhos dos consumidores, a melhoria da renda e do crédito, entre outros. Outro fator que pode influenciar o fomento de oportunidades são as ações políticas do governo, como a escolha de investir em infra-estrutura.
Já as ameaças são as forças externas que não sofrem sua influência e que pesam negativamente para sua empresa. Elas podem ser consideradas como um desafio imposto à empresa e que pode deteriorar sua capacidade de gerar riqueza. Devem ser constantemente monitorada pelos gestores, pois, muitas vezes, podem apresentar um risco muito maior que a capacidade de retorno.
            A figura a seguir representa a essência da análise:
           
            A Matriz SWOT funciona montando inicialmente um inventário de todas as forças e fraquezas internas da organização. Em seguida é feita uma averiguação das ameaças e oportunidades que circundam sua empresa, no mercado e no ambiente global. O principal objetivo da matriz SWOT é permitir um olhar objetivo das forças que compõem o seu negócio, isto possibilita que você possa desenvolver e firmar bem sua estratégia empresarial.
            Dessa análise, surgem entendimentos essenciais para se direcionar o rumo da organização e é o passo anterior à implementação das decisões a serem tomadas, onde esta ferramenta, aparentemente simples, provoca discussões bastante complexas, porém só é válida se alcançarmos um quadro realista. Para isso, quanto mais compartilhada for à discussão, melhor, pois existem questões que dependendo do posicionamento na organização são invisíveis para si, porém não menos importante por quem lida diretamente com a situação.

3.2.2.2 Análise SWOT dos Tipos de Equipes


            Agora, vamos utilizar a ferramenta de SWOT para analisar os quatro tipos de equipes mostrados anteriormente, são elas: equipes funcionais cruzadas, equipes virtuais, equipes autogerenciadas e equipes de força-tarefa.
            Num primeiro momento, analisam-se as forças e fraquezas apresentadas pelos quatro tipos de equipes determinadas pelas características que cada uma apresenta e em seguida avalia-se a possibilidades de oportunidades e ameaças que podem influenciar as equipes.
EQUIPES
Forças
Funcionais Cruzadas
Virtuais
Autogerenciadas
Forças-tarefa
O que a equipe faz bem?
Solucionar Problemas
Interação através de tecnologias globais
Execução das tarefas operacionais de forma independente
Interação e fácil relacionamento entre os membros, adquirida pela experiência
O que a equipe tem de melhor sob o seu comando?
Visão ampla da situação e tendência atual
Falta de dependência da liderança para obter resultados
Seu próprio autogerenciamento de grupos
Objetividade, devido a tarefa determinada para a equipe
Quais são os recursos da equipe?
Diversas especialidades
Uso de tecnologias e maior área de atuação
Responsabilidade na atuação de tarefas tradicionais e técnicas
Capacidade específica em relação a tarefa a ser executada
O que possui melhor que outras equipes?
Capacidade de acertividade na decisão
Comunicação a distância e uso de suas tecnologias
Responsabilidade autogerenciada em grupos
Independência de relacionamento entre os membros da equipe
Quais as principais características?
Versatilidade e habilidades múltiplas
Dispensa a interação face a face dos membros da equipe
Estão no movimento de empowerment e valores culturais igualitários
Habilidades de relacionamento e subordinação
São mais adequadas para que atividades?
Solucionar problemas complexos para a Cia
Que exigem atuação global sem abrir mão da comunicação
Para admitir, planejar, programar e avaliar desempenho em serviços e produtos
Atividades que requerem uma equipe específica para a execução
Oportunidades
Acompanhar as tendências globais num campo de atuação mais amplo, além de se adaptar mais facilmente as mudanças de processos
Atualizar mais rapidamente as tendências de comunicação e tecnologia, onde possui um campo de atuação mais e com menos fronteiras
A adaptação a rotina produz uma excelência na execução de funções e serviços, bem como nas avaliações de desempenho.
Devido  a papéis específicos na escolha de seus membros, existe alta capacidade de se adaptar as pessoas, o que torna o relacionamento com menor conflito
Fraquezas
A equipe é capacitada para o que desempenha?
Na grande maioria, pois reúnem diversas competências
Sim, porém a supervisão à distância pode comprometer os resultados
Sim, porém o autogerenciamento pode gerar conflitos entre os membros na divisão das tarefas
Sim, por ser uma equipe específica e direcionada para a tarefa, onde ao fim se dissolve
Onde a equipe deveria melhorar?
No egocentrismo excessivo e individualismo
Evitar a banalização da língua em função da comunicação tecnológica
Se torna essencial um bom nível de relacionamento e interação entre o grupo
Na objetividade excessiva devido a falta de expectativa da equipe
Quais são as deficiências dos seus membros?
Podem ocorrer divergências na formação da solução
Pela supervisão a distância alguns membros podem relaxar com suas atividades
Devido a rotina pode ocorrer resistência às mudanças e falta de flexibilidade nas tarefas
Pode ocorrer falta de participação e baixa interação entre os membros da equipe
Há conflitos internos em excesso?
Sim, devido os diversos pontos de vista, portanto devem ser conduzidos pelo líder
Quase nunca, devido ao menor relacionamento físico nas atividades entre os membros da equipe
Podem ocorrer conflitos em excesso devido à falta de presença de um líder com atuação direta
É raro, devido ao relacionamento restrito e objetivo desempenhado pela equipe
Há extrema dependência no líder?
A dependência é mais presente na formação da equipe e na divergência de opiniões
Não, pois se relacionam a distância, porém é mais difícil para o líder corrigir imediatamente quedas de resultados
Não, principalmente pelo formato facilitar as lideranças informais nos grupos
Sim, a subordinação é uma característica marcando pelo objetivo específico da força-tarefa
Ameaças
Dificuldade em obter no mercado todas as especialidades que a diversificação da equipe exige, o que pode ocasionar equipes incompletas e limitadas que diminuem a essência básica deste tipo de equipe.
As constantes mudanças de tecnologias de informação podem exigir, além de, hoje a excessividade tem aumentado o estresse dos colaboradores significativamente por deixar os membros full time para a Empresa.
A rotina que geralmente é uma característica deste tipo de equipe que pode ocasionar uma séria desmotivação e tornar os membros desatualizados com o mercado, além da resistência alta as mudanças
De especificações técnicas, muitas vezes altas, podem ocorrer dificuldades em formar a força-tarefa no mercado de trabalho, onde o baixo vínculo proporcionado pode ocasionar uma rotatividade e assédio por outras companhias.

            Buscou-se com isso, analisar  as influências que podem cada tipo de equipe sofrer. Dentre as principais dificuldades das equipes, podemos destacar a formação como uma das maiores dificuldades enfrentada pelos líderes. O movimento da indústria e da economia torna o mercado de trabalho mais intensificado na disponibilidade de preencher-se o quadro funcional das empresas, sendo esse, o grande desafio da área de Recursos Humanos.
            Com isso, a análise de cenários externos é uma tarefa tão importante que deve ser rotineira, ou seja, deve estar incorporada ao dia-a-dia das empresas que pretendem administrar estrategicamente o seu negócio e procurarem estar à frente dos acontecimentos.
As forças ambientais tornam-se incontroláveis quando elas não são previstas com certa antecedência e podem colocar em xeque toda a organização. Portanto, é preciso conviver com as turbulências, sabendo neutralizar seu impacto e suavizar seus efeitos. 
Uma empresa não deve se opor ao impacto de uma força contrária; em vez disso deve procurar absorver com a maior naturalidade possível. Isto significa em termos empresariais transformar problemas em oportunidades de negócio e as equipes são o bem mais precioso que as empresas possuem para enfrentar o ambiente externo em que se inserem.
Uma empresa atenta poderá prever eventos e antecipar-se a eles, aproveitando-os estrategicamente.

3.2.3 Equipes de alto desempenho


            Dentre os principais aspectos, segundo CHIAVENATO (2005, p. 303), as equipes bem-sucedidas que alcançam excelência no desempenho, tornam-se assim por conhecerem a fundo as seguintes questões:
1.    Quem somos nós? A equipe é capaz de uma auto-avaliação objetiva no sentido de alcançar uma compreensão de si mesma, dos seus pontos fortes e fracos.
2.    Onde estamos agora? A equipe sabe fazer uma análise situacional e um balanço objetivo de qual é a sua situação atual.
3.    Pra onde estamos indo? A equipe define uma visão, bem como os objetivos que pretende alcançar em termos de saídas e resultados.
4.    Como chegar lá? A partir dos objetivos definidos, a equipe define planos de ação estratégicos.
5.    O que esperam de nós? A equipe demonstra assumir responsabilidades por meio de regras de base e com isso ganha confiabilidade.
6.    De qual apoio necessitamos? A equipe avalia suas necessidades de treinamentos e desenvolvimento e amplia sua capacidade de aprendizagem.
7.    Quanto eficazes somos nós? A equipe faz um questionamento constante de sua capacitação e de sua eficácia no alcance dos objetivos. Busca benchmarks – marcos de referência – para revisar continuamente seus processos grupais e melhorá-los continuamente.
8.    Qual reconhecimento desejamos? A equipe busca retroação na forma de reconhecimento, remuneração, benefícios e promoções.
9.    Quem somos nós? Retorna o ciclo da equipe de alto desempenho, dessa vez melhorado com a aprendizagem ao longo do processo.
Fonte: Adaptado de CHIAVENATO (2005. p. 304)

            Todos estes aspectos nos direcionam a questões filosóficas humanas no campo dos comportamentos, das idéias, das crenças, dos valores e, portanto, se preocupa com as questões morais e políticas.
            As equipes de alto desempenho se estabelecem através de um envolvimento acentuado dos membros da equipe em suas atividades, sempre buscando uma reflexão coletiva. Atingir tamanho desenvolvimento é o desejo de qualquer líder, diferentemente de pessoas que querem se manter no poder através da ignorância dos demais, pois o poder é mais forte se ninguém pensar, se todo mundo aceitar as coisas como elas são, ou melhor, como nos dizem e nos fazem acreditar que elas são.

3.3 Comunicação Interpessoal e o Desenvolvimento de Equipes


A qualidade das relações interpessoais e dos tipos de comunicação que as pessoas estabelecem entre si, influência o alcance dos resultados esperados, tanto individuais quanto da equipe, no ambiente de trabalho. Todo esse convívio nos exige abertura para o entendimento mútuo e nos requer encarar isso como uma arte. Quando as pessoas buscam a confiança e o respeito à semente da eficácia da comunicação já esta germinando, porém  para isso, o autoconhecimento é essencial.
A comunicação nos faz refletir se estamos nos fazendo entender, segundo Chung, NOVO (2008, p.85), as pessoas possuem várias formas de se comunicar, a comunicação oral é uma maneira representativa que o ser humano tem de se relacionar, mas é um nível superficial de comunicação, pois “procura expressar a realidade subjetiva, que é o nível profundo da comunicação” CHUNG (1995, p.183).
O grande perigo na comunicação não ser eficaz, ocorre que na grande parte das relações que estabelecemos, nos comunicamos superficialmente e imaginamos que será compreendido perfeitamente pelo outro o que queremos transmitir, o que culmina em distorções, gerando problemas nos relacionamentos.
As principais características de equipes eficazes estão relacionadas à clareza de objetivos entendida por todos os membros, passando pelas habilidades relevantes de cada membros para que a equipe possua todas as habilidades necessárias à tarefa a ser executada.
A confiança mútua entre os membros torna o compromisso unificado em relação aos objetivos e os meios para alcançá-los, facilitados pela boa comunicação interna. Desse conjunto se fortalece as habilidades de negociação para o alcance de um consenso interno e de uma aceitação externa pela organização.
Outro fator de extrema importância é a existência de uma liderança renovadora capaz de impulsionar e alavancar as pessoas, além do apoio interno dos membros e externo de todas as partes da organização.
Contudo, as equipes não se formam do acaso e não elevam os níveis de produtividade automaticamente, pois parte da organização entender como desenvolver e gerenciar equipes eficazes, utilizando uma melhoria contínua e melhor aproveitamento do capital humano, porém isso está ligado diretamente às questões culturais das organizações.