quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ 2012



NÃO VOU LHE DESEJAR
UM FELIZ ANO NOVO

Não vou desejar que nesse ano encontre paz e felicidade permanentes.

Não vou desejar que supere todas as suas metas e vença todos os desafios, encontre alegria no amor, fique rico e seja sempre a pessoa mais legal e simpática do planeta (mas vou desejar saúde. Porque com saúde não se brinca. Vou lhe desejar também amizade, pois sem ela é difícil viver).

Não vou desejar que 2012 seja o melhor ano de todos os anos de sua vida.
     
365 dias é muito pouco para todas as conquistas, todos os desafios e tudo o mais que deseja fazer, ser e ter. Ainda mais pra mim que quero passar dos 100 (com saúde, consciência e muita sabedoria... é claro).

Esse ano quero desejar outra coisa.

Desejo que se lembre de todas as conquistas que teve. Guarde na memória seus triunfos.

Que olhe para trás e veja tudo o que foi aprendido, se lembre de todas as pessoas que apoiaram e quem você foi em todas essas situações.

Que determine a vida que você quer levar. De repente não é a que está levando agora, mas a que seus pais querem que leve. Ou seu amor. Ou seus amigos. Ou sua comunidade.




Escolha aquelas que lhe agregam, que lhe dão apoio em todos os momentos.

Escolha as pessoas que quer ao seu lado e querem estar ao seu lado.

Descubra o que lhe dá prazer e trabalhe
para que seja constante em seu dia-a-dia.

Faça o que você ama e ame o que você faz.


Você pode ser uma pessoa melhor todos os dias. Por que quem você quer ser já está dentro de você.  Então, procure. Insista e não desista. Se não achar é porque você ainda é uma pessoa em formação e precisa de tempo.

Sim, um ano inteiro é muito pouco para tantos desejos.

Então, vamos lá. Procure dentro de você a força que precisa.  

Suspire fundo. Comece. Agora.

Sua vida está esperando, mas não demore muito, pois o Mundo continua a girar.

Lembre-se que se seu coração foi partido o Mundo não pára de girar para que você o conserte e se recupere. Então não perca tempo.

A tristeza é uma forma de egoísmo consigo mesmo, pois o pior que lhe aconteça, sempre podemos seguir em frente e recomeçar.

Só não podemos querer que as coisas muitas fazendo as mesmas coisas.

Precisamos mover a nosso favor a única certeza que temos... Que tudo muda.


Feliz vida para você!!!!



Adaptado da Internet para o Frank's Blog.




"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Charles Chaplin

domingo, 25 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL



Que a ceia de todos sejam repletas de grandes momentos e um família unida. É o que deseja o Frank's Blog.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Qualidade de Vida no Ambiente Organizacional


Qualidade de Vida no Trabalho
 Um dos aspectos da Qualidade de Vida que merece mais atenção é a Qualidade de Vida no Trabalho. Gestão e Educação para o bem estar no trabalho, com decisões e escolhas baseadas na cultura organizacional e no estilo de vida dos diferentes segmentos ocupacionais. Tem sido suporte para negociações trabalhistas, clima organizacional e marketing. Empresas modernas e competitivas precisam atuar a qualidade de vida do seu capital humano. É na chamada atividade laboral que o ser humano passa um terço de seu dia e os melhores e mais produtivos anos de sua vida. Quando o tempo passado no trabalho é vivido de forma digna, o homem se sente feliz e transmite esse sentimento para os que lhe cercam.
Para se conseguir Qualidade de Vida no Trabalho é conveniente que a organização, seja ela pública ou privada, compreenda que há uma necessidade de promover a valorização dos colaboradores, proporcionando-lhes condições adequadas e dignas para trabalhar. Há altas probabilidades de que os mesmos sejam estimulados e se tornem motivados a realizar suas atividades com maior empenho, o que, sem dúvida, será transformado em satisfação do cliente.
Muitos empresários estão percebendo que melhorar a qualidade de vida de seus funcionários e de suas famílias torna a empresa mais saudável, competitiva e produtiva.
Passada a febre tecnológica que atingiu o mundo, as organizações perceberam que o seu grande capital é mesmo o homem. Quanto melhor suas condições de trabalho e de vida, mais lucrativa e competitiva torna-se a empresa. Muito mais do que conhecimento técnico, o grande diferencial, hoje, é a motivação e o comprometimento dos funcionários com a qualidade e excelência do trabalho realizado.
O estresse é uma das conseqüências dessa insatisfação e surge, entre outros fatores, em decorrência das pressões, onde o grau ocupacional é elevado, o poder de decisão é baixo e o colaborador não tem a percepção da importância de seu trabalho.
É neste ponto que se insere a preocupação da empresa com a saúde e a qualidade de vida de seus colaboradores. É necessário compensar o colaborador, embutindo nele a importância de seu trabalho na organização e a possibilidade de influir no processo. Caso contrário haverá uma quebra de produtividade, aumento do estresse e problemas com drogas. Dentro de uma moderna gestão empresarial é preciso fugir do autoritarismo, abrindo-se ao diálogo e à tolerância, estimulando a cooperação, desestimulando a competição entre departamentos e indivíduos, reflexo da competitividade vivenciada no mundo ocidental.
Uma alimentação saudável, exercícios físicos, ausência de hábitos nocivos e o bem-estar interior, relacionado com relações sentimentais e vida sexual saudável, são os quatros aspectos da qualidade de vida. Para implantá-la dentro de uma organização é preciso estimular a cooperação e a criatividade, mudando a política do sucesso a qualquer preço que premia o individualismo e a competição destrutiva. "Deve-se buscar a excelência com a consciência de o que se fez foi o melhor que poderia ser feito".
QVT é determinada por fatores psicológicos, como grau de criatividade, de autonomia, de flexibilidade de que os trabalhadores podem desfrutar ou, (...) fatores organizativos e políticos, como a quantidade de controle pessoal sobre o posto de trabalho ou a quantidade de poder que os trabalhadores podem exercitar sobre o ambiente circundante a partir de seu posto de trabalho. A definição e a concretização da qualidade (de vida no) do trabalho, é o controle - que engloba a autonomia e o poder que os trabalhadores têm sobre os processos de trabalho, aí incluídas questões de saúde, segurança e suas relações com a organização do trabalho - um dos mais importantes que configuram ou determinam a qualidade de vida (no trabalho) das pessoas. E, frisem, elas são o que são. Por isso, as condições, ambientes e organização do processo de trabalho devem respeitá-las em sua individualidade. Aqui, a noção de controle deve ser entendida como a possibilidade dos trabalhadores conhecerem o que os incomoda, os fazem sofrer, adoecer, morrer e acidentar-se e articulada à viabilidade de interferir em tal realidade. Controlar as condições e a organização do trabalho implica, portanto, a possibilidade de serem sujeitos na situação. O exercício do controle tem tanto uma face objetiva (poder e familiaridade com o trabalho), como uma face subjetiva, ou seja, o limite que cada um suporta das exigências do trabalho.
Ginástica Laboral
Um programa de QVT pode conter a Ginástica Laboral, que consiste em exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho atuando de forma preventiva e terapêutica, nos casos de D.O.R.T., sem levar o trabalhador ao cansaço, por ser de curta duração e trabalhar mais no alongamento e compensação das estruturas musculares envolvidas nas tarefas operacionais diárias.
Tipos:
DE AQUECIMENTO
DE COMPENSAÇÃO
DE RELAXAMENTO IMPLANTAÇÃO E MENSURAÇÃO DE RESULTADOS

RESULTADOS OBTIDOS COM A INTRODUÇÃO DO PROGRAMA
  • Melhoria do clima organizacional - é o primeiro resultado a ser observado.
  • Diminuição de queixas dolosas e conseqüente procura ambulatorial
  • Diminuição dos afastamentos por D.O.R.T. (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)
  • Diminuição do absenteísmo
  • Diminuição dos acidentes de trabalho provocados por falha humana.
  • Melhor adaptação ao posto de trabalho.
  • Melhoria do atendimento ao cliente externo
  • Melhoria da produção (quantitativamente e qualitativamente).
  • Melhoria da condição de saúde geral de todos os funcionários.

Exemplos de Programa de QVT

   Programa de Qualidade de Vida - Viva Bem
O programa visa à adoção de hábitos mais saudáveis para funcionários e seus familiares, além de desenvolver ações de promoção da saúde, atividades físicas, de recreação e lazer, voluntariado, esporte e cultura.
Ginástica Laboral - Os funcionários da produção de micros, placas, automações, televendas e gestão ambiental participam de um programa de ginástica laboral que busca promover a diminuição do stress e a integração entre os funcionários.
Maratonas e Corridas - A companhia estimula e colabora para a participação de seus funcionários em maratonas e corridas durante o ano, incentivando a prática da atividade física como forma de obter melhor qualidade de vida e integração.
Exposição de Fotos - Em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), a empresa traz à unidade Tatuapé exposições fotográficas de diferentes artistas, a fim de colocar os colaboradores em contato com obras que fazem uma leitura da sociedade brasileira.
Caminhadas Ecológicas - Para promover a integração de funcionários e seus familiares, bem como enfatizar a importância da preservação ambiental, são promovidas caminhadas ecológicas. Os passeios contam com o acompanhamento especializado de guias.




quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Como Analisar Riscos no Trabalho e Prevenir Incêndios


Análise de Risco do Trabalho
É um método sistemático de análise e avaliação de todas as etapas e elementos de um
determinado trabalho para:
·         Desenvolver e racionalizar toda a seqüência de operações que o trabalhador executa;
·         Identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais;
·         Identificar e corrigir problemas de produtividade;
·         Implementar a maneira correta para execução de cada etapa do trabalho com segurança.
Envolve totalmente empregados, supervisores, chefes e profissionais de segurança no
desenvolvimento de praticas seguras de trabalho, criando novas motivações, eliminado o desinteresse.
A ART bem implementada torna os trabalhadores mais participativos com:
·         Novas sugestões;
·         Alertas acerca de outros  riscos;
·         Certeza de que o programa de segurança é confiável e efetivo.
A analise de risco de trabalho, como uma técnica de solução de problemas, pode ajudar-nos a:
·         Identificar problemas reais que possam ter sido ignorados durante a seleção de equipamentos ou na elaboração do layout do local de trabalho;
·         Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no produto produzido ou etapas do processo;
·         Avaliar possíveis maneiras para prevenir acidentes, paradas de produção, deficiências na qualidade e reduções no valor do produto.
Resumindo, uma ART é uma maneira sistemática para o reconhecimento de:
·         Exposições a riscos ou acidentes.
·         Possíveis problemas e incluindo produção, qualidade ou desperdício.
·         Desenvolver maneiras corretas para realização das tarefas de forma que atos inseguros, condições inseguras, acidentes, falhas, retrabalhos e desperdícios não ocorram.
·         Fazer da maneira certa sem perdas de qualquer espécie.

PAE - Plano de Ação de Emergência

Objetivos e características básicas de um Plano de Ação de Emergência:

A finalidade de um Plano de Ação de Emergência é fornecer um conjunto de diretrizes, dados e informações que propiciem as condições necessárias para a adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados para serem desencadeados rapidamente em situações de emergência, para a minimização de impactos à população e ao meio ambiente.
O PAE deve definir claramente as atribuições e responsabilidades dos envolvidos, prevendo também os recursos, humanos e materiais, compatíveis com os possíveis acidentes a serem atendidos, além dos procedimentos de acionamento e   rotinas de   combate às emergências, de acordo   com a tipologia dos cenários acidentais estudados.

Rota de Fuga
É um mapa que representa, através de símbolos apropriados, o trajeto a ser seguido pelo indivíduo no caso de necessidade urgente de evacuação do local, em função de incêndio, desabamentos ou outros casos fortuitos.
A falta de indicadores de rotas de evacuação poderá ocasionar situações de pânico em emergências, onde o fator tranqüilidade é preponderante para a prevenção de acidentes graves.
Prevenção de Incêndio
Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente no momento em que eles ocorrem. Uma das principais providências que a Comissão Interna de Biossegurança pode tomar, para que qualquer acidente seja controlado, é alertar todos os trabalhadores sobre as devidas precauções quando ocorrer algum distúrbio ou tumulto, causados por incidentes, como por exemplo vazamentos de gás, fumaça, fogo e vazamento de água. O primeiro passo é detalhar em procedimentos operacionais padrões que deverão ser distribuídos para todos os trabalhadores, contendo informações sobre todas as precauções necessárias, como: os cuidados preventivos; a conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora do abandono do local de trabalho (Rota de Fuga); a indicação de medidas práticas sobre o combate e a retirada.
Regras Básicas
● Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros - 193
● Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeitas condições de uso e somente as utilize em caso de incêndio.
● Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso, devidamente carregados e revisados (periodicamente).
● Revisar periodicamente todas as instalações elétricas do prédio, procurando inclusive constatar também a existência de possíveis vazamentos de gases.
● Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis.
● Evitar a falta de ventilação.
● Não colocar trancas nas portas de halls, elevadores, porta corta-fogo ou outras saídas para áreas livres. Nem obstruí-las com materiais ou equipamentos.
● Tomar cuidado com cera, utilizada nos piso,s quando dissolvida. Não deixar estopas ou flanelas embebidas em óleos ou graxas em locais inadequados.
● Alertar sobre o ato de fumar em locais proibidos (como elevadores) e sobre o cuidado de atirar fósforos e pontas de cigarros acessos em qualquer lugar.
Instruções Complementares
Ø  Desligue imediatamente o equipamento que estiver manuseando e feche as saídas de gás.
Ø  Procure sempre manter a calma e não fume, não tire as roupas, dê o alarme.
Ø  Mantenha, se possível, as roupas molhadas.
Ø  Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue consigo.
Ø  Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida pelo lado interno e vedada com toalha ou papel molhados.
Ø  Em condições de fumaça intensa cubra o rosto com um lenço molhado.
A prevenção de incêndios consiste em evitar que ocorra fogo, utilizando-se certas medidas básicas, que envolvem a necessidade de conhecer, entre outros itens:
a.      Características do fogo;
b.     Propriedades de riscos dos materiais;
c.      Causas de incêndios;
d.     Estudo dos combustíveis.
Quando, apesar da prevenção, ocorre um principio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente, para que sejam minimizadas suas conseqüências. Para que esse combate seja eficaz, deve-se, ainda:
·        conhecer os agentes extintores;
·        saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios;
Os conhecimentos apresentados a seguir objetivam fornecer subsídios para prevenir e proteger as edificações em geral contra incêndios; as características dos serviços, dos materiais empregados, dos processos de fabricação, etc., e determinar as soluções mais adequadas a cada situação.
 Pode-se definir o fogo como conseqüência de uma reação química, denominada combustão, que produz calor ou calor e luz. Para que ocorra essa reação química, devesse-a Ter no mínimo dois reagentes que, a partir da existência de uma circunstância favorável, poderão combinar-se. Os elementos essenciais do fogo são:
·        COMBUSTÍVEL
·        COMBURENTE
·        FONTE DE CALOR
Triângulo do fogo:
Quando os três elementos se apresentam em um determinado ambiente, sob condições propícias, temos o chamado triângulo do fogo.
 Classes de incêndio
De acordo com a NBR 7532, os incêndios são classificados em 4 classes principais:
Classe A
Fogo em materiais como papel, madeira, tecidos. Deixam cinzas e sua extinção se dá através do processo de resfriamento.
  Classe B
Fogo em líquidos inflamáveis como gasolina, querosene, álcool, etc. Sua extinção se dá através do processo de abafamento.
Classe C
Fogo em aparelhos elétricos ou instalações com corrente ligada. Sua extinção ocorre pelo abafamento.
 Classe D
 Fogo em ligas metálicas combustíveis, sua extinção ocorre através de agentes extintores e métodos especiais.
Proteção Contra Incêndio
O conhecimento das causas de incêndio consagrou certas práticas como recomendáveis para maior segurança do trabalhador e das instalações. Por exemplo:
a) Armazenagem de material;
b) Manutenção adequada;
· Instalação elétrica em condições precárias, Instalações elétricas mal projetadas, Pisos antí-faisca, Instalação mecânica.
c) Ordem e limpeza;
d) Instalação de pára-raios;
 Basicamente a extinção de um incêndio é feita por ação de resfriamento, abafamento ou união das duas ações.
· Ação de resfriamento: Pela diminuição da temperatura
· Ação de abafamento: Resultante da retirada do oxigênio;
Tipos de agentes extintores: Água (jato pleno - neblina - vapor), Agentes extintores de Espuma, Agentes extintores de Gás Carbônico, Agentes extintores químicos secos, Agentes extintores halogenados.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Causas e Prevenção de Acidentes no Trabalho


Causas do acidente de trabalho

Em todo acidente no trabalho estão presentes os seguintes elementos:
1.      Agente: é o objeto ou substância (máquina, o local) diretamente relacionado com a lesão – podem estar adequadamente protegidos;
2.      À parte do agente: é a parte do agente que esta diretamente associada ou relacionada com o acidente – exemplo o piso molhado;
3.      O tipo de acidente: é a forma ou modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado, ou o resultado desse contato;
4.      Ato inseguro: é o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, carregar materiais pesados de maneira inadequada;
5.      Condição Insegura: é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados. A programação de trabalho e a fadiga afetam os índices de acidentes. Os acidentes acorrem menos durante as primeiras cinco ou seis horas da jornada de trabalhado, sendo que, com a fadiga aumentam os riscos com as mesmas horas trabalhadas.
Faz-se necessário minimizar as condições inseguras. As causas dos atos inseguros podem ser atribuídas a certas características pessoais que predispõem aos acidentes, como: ansiedade, agressividade, falta de controle emocional, a personalidade, a motivação, a tendências de assumir riscos e tomar atitudes inadequadas. Essas tendências de comportamento levam a atos inseguros, como desatenção e falhas em seguir procedimentos, e aumentam a probabilidade de acidentes.
Os acidentes no trabalho são classificados em:
1.      Acidente sem afastamento: tipo de acidente que não provoca afastamento do trabalho nem é considerado nos cálculos dos coeficientes de freqüência (CF) e de gravidade (CG), embora deva ser investigado e anotado em relatório, além de exposto nas estatísticas mensais;
2.      Acidente com afastamento: é o acidente que provoca o afastamento do empregado no trabalho. Pode ser classificado em:
a.             Incapacidade temporária: provoca a perda temporária da capacidade para o trabalho e suas seqüelas se prolongam por um período menor que um ano. No retorno ao trabalho, o empregado assume sua função sem qualquer redução de sua capacidade de trabalho;
b.            Incapacidade parcial permanente: provoca a redução parcial e permanente para o trabalho e suas seqüelas se prolongam por período maior do que um ano. É geralmente motivada por:
·              Perda de qualquer membro ou parte deste;
·              Redução da função de qualquer membro ou parte deste;
·              Perda da visão ou redução funcional de um olho;
c.             Incapacidade permanente total: provoca a perda total, em caráter permanente, da capacidade de trabalho. É geralmente motivado por:
·              Perda da visão em ambos os olhos;
·              Perda da visão de um olho com redução em mais da metade da visão do outro;
d.            Morte: O acidente provoca a morte do empregado.
Como prevenir acidentes
Prevenir acidentes é dever de todos e  responsabilidade geral. Na prática, todo programa de prevenção de acidentes focaliza duas atividades básicas: eliminar as condições inseguras e reduzir os atos inseguros.
1.           Eliminação das condições inseguras: é o papel dos funcionários da primeira linha de defesa. Engenheiros de segurança desenham cargos para eliminar ou reduzir os riscos físicos dos ocupantes. Os supervisores e gerentes de linha assumem importante papel na redução das condições inseguras.
● Mapeamento das áreas de risco: trata-se da avaliação constante e permanente das condições ambientais que podem provocar acidentes dentro de uma empresa.
● Análise profunda dos acidentes: todo relatório de acidente, com ou sem afastamento do trabalho deve ser submetido a uma profunda análise para que se descubra as suas possíveis causas, como condições ou atos inseguros, para assim sinalizar as providências no sentido de eliminar essas causas para prevenir novos e futuros acidentes.
● Apoio irrestrito da alta administração: todo programa bem-sucedido de prevenção de acidente repousa no compromisso da alta direção. Esse compromisso é importante para ressaltar a importância que a alta direção coloca no programa de profilaxia contra acidentes na empresa.
2.           Redução dos atos inseguros: os acidentes são similares a outros tipos de desempenho pobre. Estudos psicológicos sugerem que não se devem selecionar as pessoas que apresentam tendências para acidentar-se em cargos específicos.
● Processo de seleção de pessoal: as técnicas de seleção procuram identificar certos traços humanos (como habilidade visual ou coordenação motora) relacionados com acidentes em certos cargos. Pesquisas sugerem testes sobre traços relacionados com acidentes, como:
Ø        Estabilidade emocional e testes de personalidade.
Ø        Medidas de coordenação muscular.
Ø        Testes de habilidade visual.
Ø        Testes de maturidade emocional, desempenho seguro e cuidadoso.
Ø        Suscetibilidade à exposição a produção tóxicos.
● Comunicação interna: propaganda e cartazes sobre segurança no trabalho podem ajudar a reduzir atos inseguros.
● Treinamento: o treinamento de segurança reduz acidentes, principalmente quando envolve novos empregados, no sentido de instruí-los em práticas e procedimentos para evitar potenciais riscos e trabalhar desenvolvendo sua percepção em relação à segurança no trabalho.
● Reforço positivo: os programas de segurança baseados no reforço positivo podem melhorar a segurança no trabalho. Objetivos de redução de acidentes devem ser formulados em conjunto com os funcionários e com ampla divulgação e comunicação dos resultados. Muitas empresas adotam o lema zero em acidentes  e passam a ostentar cartazes com o número de dias sem acidentes. É importante adotar as reuniões periódicas com grupos de empregados (DDS) para discussão de casos e exemplos.
 Medidas Preventivas
● Educação: criar uma consciência de segurança através de sinalização com slogans em locais de passagem, artigos sobre segurança na correspondência ou a comunicação de dias sem acidentes.
● Treinamento em habilidade: incorporar as medidas de prevenção em processo de aprendizagem.
● Engenharia: prevenir acidentes através do desenho de equipamentos ou tarefas, incluindo os fatores que promovem fadiga, sono ou monotonia.
● Mapeamento de riscos: localização de áreas de riscos, providências para eliminação de riscos de acidentes, inspeções periódicas, relatórios freqüentes e atenção da alta administração são imprescindíveis.
● Proteção: proporcionar equipamentos com proteção. Isto inclui todos os equipamentos de proteção individual como sapatos ou botas de segurança, luvas, capacetes, óculos, mascaras, aventais, protetores de ouvido etc... Também inclui a proteção externa e a manutenção preventiva do equipamento.
● Regras de reforço: os melhores regulamentos e regras são ineficientes na redução de acidentes se não forem continuamente reforçados e aplicados. Devem proporcionar algum tipo de retroação.
Estatísticas de acidentes
1.        Coeficiente de Freqüência (CF): significa o número de acidentes com afastamento ocorrido em cada milhão de homens/horas trabalhadas durante o período de tempo considerado. Esse período pode ser mensal ou anual.
a.             Número médio de empregados no período de tempo considerado. Envolve todo pessoal da organização, isto é, de todas as áreas e níveis. As empresas também utilizam para comparações internas.
b.            Homens/horas trabalhadas é a multiplicação numero médio de empregados pelo total de horas de trabalho do período considerado. São as horas que o empregado estão sujeitos a acidentes. No numero de homens/horas trabalhadas devem ser incluídas as horas extras e excluídas as horas remuneradas não trabalhadas, tais como: faltas abonadas, licenças, férias, enfermidades e descanso remunerado. Consideram-se oito horas por dia trabalhado.
2.        Coeficiente de Gravidade (CG): significa o numero de dias perdidos e computados em cada um milhão de homens/horas trabalhadas durante o período de tempo considerado  (mensal ou anual).É um índice que relaciona o tempo de afastamento em cada milhão de homens/horas trabalhadas. O cálculo se baseia nas seguintes informações:
a.       Número de dias perdidos por afastamento: é total dos dias no quais os acidentados ficam incapacitados para o trabalho em conseqüência de acidentes com incapacidade temporária. Os dias perdidos são contatos a partir do dia imediatamente  a seguir ao do acidente até o dia da alta médica;
b.      Dias perdidos transportados: é o total dos dias perdidos por afastamento durante o mês anterior ou meses anterior, quando o CG abrange o período anual; 
c.       Dias computados e debitados: é o total dos dias computados por redução da capacidade ou morte dos acidentados.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Para que serve a Filosofia?




Mito da caverna de Platão

O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.

“Imaginemos homens que vivam numa caverna cuja entrada se abre para a luz em toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes tenham as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde há uma parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de um homem e que, por trás desse muro, se movam homens carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o sol. Finalmente, imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna.

         Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som real das vozes emitidas pelas sombras.
Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se frequentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se deparava. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e, após formular inúmera hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal ou limitado.                                                         .

         Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas. Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das coisas. Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar seus irmãos do julgo da ignorância e dos grilhões que os prendiam. Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não reconhece ou não mais se adapta à realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E, então, eles o desprezariam....”

A narrativa expressa dramaticamente à imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas,  como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.



Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas,  sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades  em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).

Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu  colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.

Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para  fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. 

O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Idéias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Idéia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).

Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP