sexta-feira, 4 de maio de 2012

Especial "Os Vingadores"


Conheça a trajetória completa de Os Vingadores nos quadrinhos


Os Vingadores são os heróis mais fortes do Universo Marvel

Aproveitando o grande sucesso nos cinemas que filme Os Vingadores esta fazendo no mundo todo, o Papel Nerd traz uma matéria especial contando toda a história da principal equipe da Editora Marvel Comics nos quadrinhos. Conheça agora a trajetória completa de Os Vingadores, a união dos heróis mais fortes do Universo:

Onde Tudo Começou
Tudo começou, na verdade, com a Liga da Justiça da DC Comics. Após dar início à Era de Prata dos quadrinhos com a criação das novas versões de velhos personagens; a Distinta Concorrente decidiu reunir seus principais personagens em uma mesma equipe, fazendo atuar juntos. Assim, em 1960, surgiu a Liga e foi um enorme sucesso.
Na época, a Marvel Comics ainda era uma pequena editora publicando histórias de monstros, ficção científica e faroeste. Entretanto, ao saber do estrondoso sucesso da Liga da DC, o dono da empresa, Martin Goldman, encarregou o Editor-Chefe, Stan Lee, de criar uma equipe de super-heróis.
Como não tinha como reunir “heróis famosos”, já que não publicava nenhum, Lee se uniu a Jack Kirby e criaram uma equipe totalmente original: o Quarteto Fantástico, em 1961, que deu início ao Universo Marvel que conhecemos! O sucesso imediato logo trouxe uma série de outros personagens: Hulk, Thor, Homem-Aranha, Dr. Estranho, Homem de Ferro etc.
Em 1963, a Marvel já tinha um bom punhado de personagens e Stan Lee decidiu fazer uma equipe reunindo heróis já existentes. Em setembro daquele ano, Lee e Kirby lançaram a revista The Avengers 01, que trazia uma chamada de capa anunciando a união de Thor, Homem de Ferro, Hulk, Homem-Formiga e Vespa contra o deus da trapaça, Loki.
O conto de origem é bem simples: Loki usa o Hulk para tentar destruir seu inimigo Thor, mas os outros heróis terminam se envolvendo na batalha. Ao final, o quinteto decide permanecer unido para combater grandes ameaças que nenhum poderia fazer sozinho.

A Fase de Lee e Kirby
A dupla criadora publicou inicialmente os oito primeiros números de Avengers, mas foi o suficiente para lançar a base das aventuras da equipe. Inicialmente bimestral (a Marvel era uma empresa pequena), a revista se tornou mensal a partir da 7ª edição, em agosto de 1964.
Em seus primeiros números, os Vingadores viram o Hulk se revoltar contra a própria equipe já na edição 02 e ir embora; também nessa edição, Hank Pym deixa de ser o Homem-Formiga e passa a agir como Gigante; no número seguinte, o Hulk se une a Namor, o Príncipe Submarino (um personagem da Marvel criado em 1939 e que foi trazido de volta na revista do Quarteto Fantástico como um inimigo da humanidade) contra a equipe; e, por fim, na edição 04 ocorre a clássica história em que um enfurecido Namor termina, sem querer, arrancando um bloco de gelo no qual o Capitão América está preso.
Em Avengers 04, Lee e Kirby definiram que o Capitão América (personagem criado por Kirby e Joe Simon em 1941 – leia o post que conta toda a sua trajetória) havia desaparecido no final da II Guerra Mundial, em 1945, imediatamente antes da rendição alemã. O Capitão América e seu jovem ajudante Bucky se agarraram a um avião experimental para impedi-lo de explodir sobre Londres, mas o avião termina explodindo antes, no Ártico, Bucky morre na explosão e o Capitão é arremessado nas águas gélidas e termina congelado.
Décadas depois, enquanto seguem Namor em um submarino, os Vingadores encontram o corpo já descongelando sobre as águas e vêem o despertar de uma lenda, imediatamente integrado ao grupo. Em Avengers 06, a equipe enfrenta a sua maior ameaça até então: um super-grupo de vilões chamados de Mestres do Terror (Masters of Evil, no original), liderados por um personagem novo: o Barão Zemo (revelado como o chefe nazista responsável pelo desaparecimento do Capitão América e a morte de Bucky) e o Cavaleiro Negro (inimigo de Gigante e Vespa), o Homem-Radioativo (inimigo de Thor) e o Derretedor (inimigo do Homem de Ferro). Sedento de vingança, um anormalmente raivoso Capitão América sai com tudo na batalha, mas os vilões conseguem fugir.
Já na edição seguinte, Barão Zemo está de volta, agora com uma nova formação dos Mestres do Terror: a dupla Encantor e Executor, inimigos de Thor. O trio combina seus talentos para transformar empresário Simon Williams num superser disposto a destruir os Vingadores chamado Wonder Man (Magnum no Brasil), que termina morrendo ao final.
O último número de Lee e Kirby introduz o viajante no tempo chamado Kang, o Conquistador, que quer tomar o controle do século XX e se transformaria em um dos mais recorrentes oponentes da equipe.
As histórias de Lee e Kirby também definiram que o QG dos Vingadores fica em uma grande mansão doada por Tony Stark, que a equipe não sabia ainda ser a identidade secreta do Homem de Ferro. Kirby ainda voltaria à revista brevemente, nos números 14, 15 e 16, num momento crucial.

Don Heck e a Quadrilha do Capitão
Lee e Kirby decidiram criar aventuras solo do Capitão América, para aproveitar a sua popularidade. Assim, o desenhista saiu da revista da equipe e foi substituído por Don Heck, artista de arte muito plástica. Mas Kirby continou envolvido, pois permaneceu fazendo as capas da revista Avengers pelos próximos dois anos. O artista Bill Everett também fez uma história. Lee (que permaneceu nos roteiros) e Heck continuaram desenvolvendo a fórmula, os Mestres do Terror atacaram outra vez, culminando na morte do Barão Zemo; e vários outros vilões foram apresentados, como Immortus, outro viajante no tempo; e o Conde Nefária.
Seguindo a tradição que ele próprio criou, Stan Lee também tratou de divulgar a equipe em outras revistas, de modo que os Vingadores fizeram participações especiais em Fantastic Four 26 (onde as duas equipes se unem contra o Hulk) e em X-Men 09, na qual as duas equipes ensaiam um confronto, ambas edições desenhadas por Jack Kirby.
Mas uma grande mudança ocorreu em Avengers 16, de maio de 1965: os quatro membros originais da equipe (Homem de Ferro, Thor, Gigante e Vespa) decidem sair do time e deixar o Capitão América para treinar uma nova geração, formada por três ex-criminosos: Gavião Arqueiro (que lutou contra o Homem de Ferro) e os irmãos gêmeos Feiticeira Escarlate e Mercúrio (ex-membros da Irmandade de Mutantes de Magneto, inimigos dos X-Men).
Apesar de formarem um quarteto menos poderoso – Capitão América e Gavião Arqueiro não tinham superpoderes – Lee e Heck souberam dosar a nova equipe, colocá-los contra inimigos formidáveis e, mais importante, trabalhar à exaustão a caracterização, enchendo o time de conflitos internos: o Gavião Arqueiro questiona a autoridade do Capitão o tempo todo e dá em cima descaradamente da Feiticeira Escarlate, o que o coloca em rivalidade com o ciumento Mercúrio. Lee e Heck também exploraram, nas tramas, certa rejeição do público à nova equipe, apelidada de A Quadrilha do Capitão.
Em sua longa temporada conjunta, Lee e Heck criaram novos inimigos, como o Espadachim, Power Man (Poderoso, no Brasil) e o Super-Adaptóide (um ser artificial capaz de imitar as habilidades dos heróis), bem como velhas figuras da Marvel, enquanto Dr. Destino e Topeira (inimigos do Quarteto Fantástico) também apareceram. Depois de um tempo, trouxeram a dupla Gigante e Vespa de volta, com o primeiro agora se chamando Golias. Outros membros novos também passaram pela equipe, embora por pouco tempo, como Hércules (o semideus da mitologia grega em pessoa), a Viúva Negra (outra ex-vilã e ex-amante do Gavião Arqueiro) e uma versão heróica do Cavaleiro Negro (sobrinho do vilão homônimo).

Roy Thomas e John Buscema
Em 1967, Stan Lee começou a se afastar de vários títulos da Marvel, pois era o Editor-Chefe. Após testado em alguns títulos menores (inclusive, nos X-Men), Roy Thomas “ganhou” a revista dos Vingadores, estreando no número 35. Pouco depois, o veterano Don Heck também saiu do título, sendo substituído pelo fantástico John Buscema. Filho de imigrantes italianos e já trabalhando com desenhos desde os anos 1950, era dono de uma arte mais dinâmica, muito bonita. Ele sabia manusear os traços surreais criados por Kirby, por exemplo, mas acrescentava realismo.
Thomas e Buscema davam origem à segunda geração de autores da Marvel e sua fase foi muito profícua. Aliás, é importante dizer que foi Roy Thomas quem realmente estabeleceu os Vingadores como nós os conhecemos. Vista em retrospectiva, embora importante, toda a fase de Stan Lee (1963-1967) parece um ensaio, enquanto a longa fase de Thomas (1967-1973) é o show para valer! Algumas das mais importantes adesões ao cânone do grupo – e o próprio estabelecimento do cânone, se deu nos textos mais modernos, psicologizados e cheios de referências políticas de Thomas, que tinha 27 anos em 1967.
A dupla Thomas e Buscema acrescentou vários detalhes, como o mordomo Jarvis, que se tornou peça fundamental, enquanto o Gavião Arqueiro assume uma nova identidade: Golias, usando a fórmula de Hank Pym para crescer seu tamanho.
A dupla também seguiu a tradição de sempre colocar novos membros: o Pantera Negra (primeiro super-herói negro dos quadrinhos, criado por Lee e Kirby na revista do Quarteto Fantástico) e o Visão (um andróide dotado de consciência e homenagem a um velho personagem da Marvel criado em 1940 com o mesmo nome). Ao mesmo tempo, Capitão América, Thor e Homem de Ferro (então, já os “três grandes” dos Vingadores) são afastados do título, só aparecendo ocasionalmente. Era uma determinação do Editor-Chefe Stan Lee que proibia a aparição de um dos “três grandes” por mais do que três edições consecutivas. Isso abriu espaço para o desenvolvimento dos personagens novo, especialmente aqueles dois: Thomas explorou bastante a psiquê de computador do Visão (cuja inteligência artificial foi “incrementada” com os padrões cerebrais de Simon Williams, o Magnum, o que lhe deu vontade própria e personalidade), mostrando como um robô com sentimentos sofria em um mundo caótico como o nosso. Não menos importante, o Pantera Negra se tornou o novo líderda equipe: o grupo não apenas tinha um membro afrodescendente, como este ainda era o chefe!
O leque de vilões também foi aumentado. Em Avengers 52, de 1968, surgiu o Ceifador, vilão que era Eric Williams, irmão do Magnum, então, falecido. O Ceifador seria um vilão importante nos anos seguintes e reuniria um outro supergrupo de vilões, a Legião Letal, em Avengers 79, de 1970, com ele e Laser Vivo, Poderoso, Espadachim e Man-Ape.
Mas o maior destaque entre os vilões foi o robô Ultron, indestrutível e inteligente, criado por Hank Pym, que se volta contra seu “pai”. Sua primeira aparição foi em Avengers 54, de 1968. Ultron se transformaria em um dos maiores vilões dos Vingadores e desde o início suas histórias renderam bastante. Foi ele quem criou o Visão (em Avengers 57), que inicialmente se volta contra a equipe, até decidir ajudá-los. Ovilão também reúne uma nova encarnação dos Mestres do Terror, trazendo outros inimigos dos Vingadores.
A dupla Thomas e Buscema também criou o Esquadrão Supremo, uma equipe de superseres de uma outra dimensão, que na verdade era uma “homenagem” à Liga da Justiça da DC, trazendo membros que refletiam os heróis da concorrente: Hyperion (Superman), Nighthawk (Batman), Dr. Spectrum (Lanterna Verde) e Whizzer (Flash). O encontro se dá em meio a uma trilogia de edições contra Kang, o Conquistador, entre Avengers 69 e 71, de 1969. Esta aventura não apenas trouxe os “três grandes” em ação, como também rendeu outra criação importante para o Universo Marvel como um todo: na edição 70, é citado pela primeira vez os Invasores, grupo de heróis da época da II Guerra Mundial, que incluía o Capitão América, Tocha Humana e Namor. Há uma batalha entre os Vingadores e os Invasores e o grupo do passado passou a integrar oficialmente a cronologia da Marvel. Nos anos 1970, até ganhariam uma revista própria, escrita pelo próprio Thomas.
Outra adesão importante ao cânone dos Vingadores por Roy Thomas foi a criação do supergrupo de vilões Zodíaco, que surgiu em Avengers 72, de 1970, quando a revista passa a ser desenhada pelo irmão caçula de John Buscema, o não menos fantástico Sal Buscema, que se tornaria um dos maiores ilustradores da Marvel nas décadas seguintes, com trabalhos memoráveis em personagens como Capitão América, Hulk, Homem-Aranha e os próprios Vingadores. Por fim, Roy Thomas também criou uma subtrama bastante ousada que reverberaria bastante no início dos anos 1970: a curiosa e improvável relação amorosa entre a Feiticeira Escarlate (uma mutante) e o Visão (um andróide).
O ponto mais alto da fase de Roy Thomas foi a clássica Guerra Kree-Skrull, uma épica batalha entre os dois mais famosos povos alienígenas da Marvel (ambos criados na revista do Quarteto Fantástico, por Lee e Kirby), que decidem usar a Terra como campo de batalha. Os Vingadores são derrotados e precisam da ajuda do Capitão Marvel (um novo personagem criado por Thomas, Gene Colan e Gil Kane). Publicada entre Avengers 89 e 97, em 1971, este arco de histórias é talvez o mais famoso de todos da equipe e contou com as artes fenomenais de Sal Buscema e Neal Adams, um dos maiores ilustradores de seu tempo e já tinha trabalhado com Thor e os X-Men, mas ficaria famoso mesmo por sua arte no Batman, da concorrente DC Comics.
A Guerra Kree-Skrull foi recentemente republicada no Brasil, no encadernado da Panini Os Maiores Clássicos dos Vingadores 01. Vale a pena!
Thomas encerra sua passagem nos Vingadores com uma série de história (desenhadas por Rick Buckler) com os Sentinelas, os robôs gigantes caçadores de mutantes que surgiram nas histórias dos X-Men. Era uma maneira do autor fechar pontas que haviam ficado soltas na revista dos heróis mutantes que ele mesmo escreveu, mas haviam sido canceladas por causa das vendas baixas. Nessa história, o Gavião Arqueiro (que voltou à identidade original após a saga cósmica anterior) decide sair da equipe – e só voltaria no fim da década de 1970. Já o motivo da saída de Thomas da revista é porque ele se tornou, em 1972, o Editor-Chefe da Marvel, substituindo Stan Lee, que foi promovido a Publisher. Com isso, Thomas teve que deixar várias das revistas em que estava, como por exemplo, a do Homem-Aranha. Mas tudo bem, seu substituto nos Vingadores não deixaria a peteca cair. Não mesmo!

Steve Englehart
Em 1972, Steve Englehart se tornou o escritor dos Vingadores e isso o tornou um dos maiores escritores dos quadrinhos nos anos 1970. Com apenas 25 anos, o escritor já vinha se destacando em histórias menores da Marvel. Assim como Roy Thomas, Englehart gostava de incluir referências psicológicas, filosóficas e políticas em suas histórias, porém, era muito mais ousado e radical. Por isso, era o nome ideal e foi escolhido pelo próprio Thomas, já como Editor-Chefe, para substituí-lo na revista dos Vingadores. O sucesso foi tanto que Englehart, em poucos anos, escreveria a maioria das principais revistas da Marvel, como Capitão América, Hulk, Thor e os Defensores. Este último era mais um supergrupo de heróis criado por Roy Thomas e Ross Andru, reunindo Dr. Estranho, Hulk e Namor; mas foi Englehart quem os lançou em revista própria e fez bastante sucesso, incluindo ainda membros como o Surfista Prateado e Valquíria, com desenhos de Sal Buscema.
Englehart assumiu os Vingadores com uma equipe mais variável de desenhistas – John e principalmente Sal Buscema, Neal Adams, Don Heck, Rick Buckler, Bob Brown e outros se revezando - e a fase do autor é uma das melhores da equipe, senão a melhor! Por exemplo, foi ele quem escreveu o fantástico crossover entre os Vingadores e os Defensores , disponível no Brasil em Os Maiores Clássicos dos Vingadores 04, da editora Panini. A saga foi publicada entre Avengers 115 e 118 e Defenders 08 a 11, em 1972, e traz a mais memorável das batalhas entre Thor e Hulk.
Em uma de suas primeiras histórias, em Avengers 112, de 1972, Englehart regenerou o Espadachim, que virou membro da equipe, substituindo o Gavião Arqueiro, e também acrescentou Mantis, uma garota de origem vietnamita (percebem a política? Eram tempos de apogeu da Guerra do Vietnã), que era namorada daquele e também ingressou os Vingadores. O escritor aprofundou as relações entre a Feiticeira Escarlate e o Visão e colocou os Vingadores contra Thanos – um vilão de origem cósmica (vindo da Lua de titã, em Saturno) surgido nas aventuras do Homem de Ferro e criado por Jim Starlin – que se tornaria um dos maiores oponentes do Universo Marvel.
Em uma sequência de histórias com Ultron, também fez o Visão descobrir que seu corpo não foi criado do zero por Ultron, mas apenas aperfeiçoado a partir do corpo do Tocha Humana original (o primeiro herói da Marvel, criado em 1939 e também um andróide), algo que teria sérias implicações para o futuro. Também criou a história do casamento do vingador Mercúrio com membro dos Inumanos, Crystallis, em Avengers 127 (que continuaria em Fantastic Four 150) , na qual há uma das maiores batalhas contra Ultron.
Steve Englehart também criou dois dos mais famosos e melhores arcos de histórias dos Vingadores. Primeiramente, A Busca da Madona Celestial, na qual os Vingadores se envolvem em uma disputa entre Kang e Immortus na busca pela “Madona Celestial”, uma mulher que seria a geradora de uma criança que salvaria o universo. Entre as várias suspeitas, que incluíam a Feiticeira Escarlate, terminam por descobrir que aquela será Mantis. Esta aventura, além de grandiosas batalhas, traz muitos acontecimentos importantes, como a morte do Espadachim e a revelação de que Immortus, Kang e o faraó Rama-Tut são todos a mesma pessoa em períodos de tempos diferentes. Os três personagens eram viajantes do tempo e foram criados por Stan Lee e Jack Kirby em ocasiões diferentes, o que deu ao autor a ideia de uni-los. No final, Immortus (a versão mais velha e bondosa de Kang) termina por efetivar dois casamentos: Feiticeira Escarlate e Visão e Mantis e uma versão em espírito do Espadachim. Essa saga foi publicada entre Avengers 129-135 e a nova Giant-Size Avengers 02-04, entre 1974 e 1975. Esta última era uma revista de periodicidade quadrimestral que tinha um formato maior e mais páginas, destinada a grandes acontecimentos, substituindo as velhas revistas anuais. Um batalhão de desenhistas trabalhou nela, como Sal Buscema, Dave Crockum e George Tuska, além de John Romita nas capas.
Outro arco memorável escrito por Englehart foi A Saga da Coroa da Serpente, publicada entre Avengers 141 e 148, entre 1975 e 1976, na qual os Vingadores (agora com novos membros, como Hellcat [felina no Brasil] e o ex-X-Men Fera) precisam buscar a Coroa da Serpente, um artefato místico de grande poder que tem origem nos Lemurianos, parentes dos Atlantes de Namor. Esta grande história também marcou o início da longa temporada de George Perez como desenhista da revista; mas também foi o fim do período fértil do escritor.
Cansado do ritmo alucinante de escrever várias revistas em quadrinhos ao mesmo tempo, Englehart decidiu abandonar a indústria, se aposentar e sair da Marvel. Contudo, a concorrente DC Comics lhe fez uma proposta irrecusável financeiramente, ele passou mais um ano escrevendo histórias de Batman, Superman, Lanterna Verde e Liga da Justiça. E, novamente, não fez feio. Para muitos fãs e críticos, as histórias do homem-morcego que escreveu são as melhores entre todas àquelas existentes do personagem. Englehart voltaria à Marvel apenas nos meados dos anos 1980.
Fim dos anos 1970
O lugar de Englehart nos Vingadores foi ocupado rapidamente por Gerry Conway (famoso escritor do Homem-Aranha), mas foi Jim Shooter quem se firmou na revista. Shooter tinha 25 anos, mas era um jovem bastante experiente que começou a vender roteiros para a DC aos 13 anos de idade, fazendo a Legião dos Super-Heróis um dos maiores sucessos do fim dos anos 1960 (a editora não sabia sua idade, pois recebia os textos pelo correio).
Shooter produziu uma série de clássicos com os Vingadores, como os arcos A Noiva de Ultron (que apresentou a personagem Jocasta) na qual o robô “filho” de Hank Pym e obcecado pela Vespa, cria uma companheira para si; A Trilogia de Nefária, na qual o velho vilão reúne uma nova Legião Letal e termina se tornando tão poderoso quanto Thor; e A Saga de Korvac. Para muitos, esta é uma das melhores históriasdos Vingadores em todos os tempos, uma grande aventura contra um inimigo de poderes quase infinitos e, portanto, invencível.
Shooter também trouxe a introdução de novos membros, como o ressuscitado Magnum; o parceiro do Capitão América Falcão (outro afrodescendente) e a Miss Marvel Carol Danvers, além de trazer de volta o Gavião Arqueiro, sumido há muitos anos. Também introduziu o irrascível Henry Peter Gyrich, o contato entre os Vingadores e o Governo dos EUA, personagem que se mostra quase um vilão.
Além de George Perez, o desenhista John Byrne também ilustrou alguns números da revista, com sua bela arte (veja um post sobre sua carreira). Em 1978, Shooter se tornou o novo Editor-Chefe da Marvel e saiu do título, sendo substituído por David Michelinie, o escritor do Homem de Ferro que fazia bastante sucesso à época. Foi Michelinie quem revelou que Mercúrio e Feiticeira Escarlate eram, sem saberem, filhos do vilão Magneto, no arco Cavaleiros de Wundagore, desenhado por John Byrne, no qual combatem o Alto Evolucionário. Esta fase teve outras boas histórias, com uma equipe que reunia Capitão América, Homem de Ferro, Magnum, Feiticeira Escarlate, Visão, Fera, Falcão, Miss Marvel e a volta da Vespa.
O início dos anos 1980
Jim Shooter e David Michelinie continuaram se revezando e escrevendo juntos os Vingadores nos primeiros anos da década de 1980. Na edição 221, de 1982, o grupo sofre uma renovação com a saída de vários membros e uma nova formação com Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Vespa, Gavião Arqueiro e Mulher-Hulk. Um curiosidade é que vários outros personagens da Marvel são convidados na história, mas negam, como o Homem-Aranha e a mutante Cristal. Algumas edições à frente, o Cavaleiro Negro reforça o time. Nas tramas, há ainda a queda de Hank Pym, numa trama muito interessante que explora as constantes mudanças de nome e uniforme de Hank Pym (Homem-Formiga, Gigante, Golias, Jaqueta Amarela). Fica evidente o problema de identidade de Pym, que se revela esquizofrênico: ele bate na esposa, a Vespa; e trai a equipe contra Ultron, terminando preso.

A Fase de Roger Stern
Em 1983, a revista passou ao comando de Roger Stern (que também escrevia o Homem-Aranha e o Capitão América), que produziu uma longa (e memorável) passagem. O escritor criou uma trama para redimir um pouco Hank Pym, que enfrenta seu julgamento, entre Avengers 228 e 230, mas termina salvando toda a equipe de um ataque de um de seus velhos vilões Egghead (Cabeça de Ovo, no Brasil), que reúne uma nova versão dos Mestres do Terror, com Rocha Lunar, Homem-Radioativo, Tubarão Tigre e Besouro.
Ao longo dos anos seguintes, Stern desenvolveu uma série de boas histórias com os Vingadores, como seu envolvimento nas Guerras Secretas e sua continuação, Guerras Secretas II; novas batalhas com os Skrulls; além da criação de uma série de novos personagens: a Capitã Marvel (outra afrodescendente, que controla a luz), Tigresa, Starfox (meioirmão de Thanos) e a ex-agente da Shield Harpia, que termina por casar com o Gavião Arqueiro. O escritor também adicionou o ex-inimigo Namor como membro, o que causou certo impacto e colocou; trouxe Hércules de volta; e, pela primeira vez, pos uma mulher liderando a equipe, a fundadora Vespa, criando situações dramáticas, como o incômodo de Hércules que, tomado pelo machismo, não aceita ser liderado por uma mulher. Stern também fez a equipe adotar regras mais nítidas, como que deveriam ter um máximo de seis membros ativos e que o líder é eleito para um mandato determinado.
Stern dividiu os Vingadores em duas equipes, criando a minissérie West Coast Avengers (Vingadores da Costa Oeste), em 1984, desenhada por Bob Hall, que trouxe como membros o Gavião Arqueiro (o líder), Homem de Ferro, Harpia, Magnum e Tigresa, como uma equipe de vingadores baseada em Los Angeles. No ano seguinte, a equipe ganharia uma revista própria, com a volta de Steve Englehart aos roteiros e com arte de Al Migrom. Apesar de boas histórias de Englehart, contudo, o título nunca emplacou nas vendas, embora tenha permanecido em circulação.
Outro destaque da longa passagem de Roger Stern pelos títulos foi a volta do desenhista John Buscema, que o acompanhou na maior parte do tempo. Entre os grandes arcos desenvolvidos pela dupla, estavam Ultimate Vision, no qual o Visão tenta se apoderar de todos os computadores da Terra para manter a paz; Avengers Under Siege (Vingadores sob Cerco), no qual uma nova encarnação dos Mestres do Terror, liderados pelo filho do Barão Zemo, surpreendem os Vingadores em um ataque surpresa, destroem a mansão e terminam por quase matar vários membros, inclusive o poderoso Hércules, que concluiu em Avengers 277 de março de 1987; War on Olympus, no qual os deuses gregos querem se vingar dos Vingadores pelo o que aconteceu a Hércules.
No meio do caminho, uma equipe diferente de Vingadores tomou forma, com as adesões do Dr. Druida e a manutenção de Capitão América, Thor, Capitã Marvel, Namor e Cavaleiro Negro. Durante esse período, ainda, o primeiro abandonou sua identidade original e passou a usar um uniforme negro e se chamando apenas de Capitão, porque o Governo dos EUA o proibiu de usar seu velho nome e uniforme, fazendo surgir um novo Capitão América em seu lugar.
Stern ainda iniciou o arco Heavy Metal, no qual um novo Super-Adaptóide quase consegue derrotar a equipe após imitar todos os seus poderes, o que levaria a união de vários outros vilões, mas uma série de mudanças editoriais na Marvel terminaram por fazer que o escritor se despedisse no meio do arco, em Avengers 287, de 1988. Ele foi para a DC Comics ser um dos escritores do Superman e um dos autores de A Morte do Superman, anos mais tarde.

Um Período de Transição
O editor Ralph Macchio assumiu os roteiros a partir de Avengers 287, ainda com John Buscema na arte, dando continuidade a Heavy Metal. A partir de Avengers 291, tem-se início o arco do Conselhos de Kangs, agora com roteiros de Walt Simonson (famoso por seu trabalho em Thor) e novamente com Buscema. A trama mostra uma confusa saga na qual os Vingadores descobrem a existência de um Conselho de Kangs, com várias versões diferentes de Kang, alguns malignos outros não. Nem o próprio Kang, segundo a trama, sabia da existência disso! Entre os membros, uma versão feminina dele, a Kang-Nebula, se alia aos Vingadores. Mas tudo se mostra parte de um plano para destruí-los, ainda mais com a participação do traidor Dr. Druída, que termina a história com Nebula, perdidos no espaço-tempo.
No meio disso tudo, Marrina, a esposa de Namor, se transforma em um poderossímo monstro destruidor chamado Leviatã e, por fim, a mudança dos Vingadores de sua base da Mansão para a Hidrobase, uma ilha artificial que flutuava na Baía de Manhattan.
Em seguida, Mulher-Hulk, Cavaleiro Negro, Namor e Thor deixam os Vingadores, de modo que o único membro que sobra é o mordomo Jarvis. Isso mesmo! A partir de Avengers 297, começa uma saga, que conclui na edição comemorativa n.º 300, de 1989, com uma formação totalmente inusitada de Vingadores: Capitão (o ex-Capitão América), Thor, Sr. Fantástico e Mulher-Invisível (ambos do Quarteto Fantástico) e Gilgamesh, personagem mítico que aparece até na Bíblia. O novo grupo participa do crossover Inferno, uma saga dos X-Men na qual demônios invadem a Terra.

John Byrne
Voltando à Marvel após algum tempo, o escritor e desenhista John Byrne assumiu as duas revistas dos Vingadores (Leste e Oeste) em 1989. Sua fase em que escreveu e desenhou os Vingadores da Costa Oeste é a única fase relevante da equipe, em um arco muito interessante na qual o Visão é atacado e desmontado pelo Governo dos EUA em represália a sua tentativa de controlar os computadores, o que termina por destruir a sua consciência. Esse ato tem um grande impacto em sua esposa, a Feiticeira Escarlate, que vai progressivamente enlouquecendo, ainda mais quando descobre que os filhos que teve com o andróide na verdade não existem, eram apenas ilusões criadas por seus poderes instáveis.
Com isso, no arco Darker Than Scarlet, publicado em Avengers West Coast 51 a 62, ela termina se transformando numa vilã que quase destrói a equipe, chegando (numa cena polêmica) a torturar o amigo Magnum porque sabia que ele era apaixonado por ela. O arco também teve relação com a megassaga Atos de Vingança, na qual Loki reúne um grupo de vilões para combater inimigos que nunca enfrentaram antes, de modo a derrotar os Vingadores.
Na revista principal, Byrne e o desenhista Paul Ryan colocaram o Capitão América como único membro fixo, reunindo aliados na medida da necessidade de cada missão. Assim, vários personagens apareceram na revista, inclusive o Homem-Aranha que se tornou um vingador ativo pela primeira vez, embora por pouco tempo.

Conflitos Éticos
No início dos anos 1990, o comando da equipe passou ao escritor Bob Harras e ao desenhista Steve Epting. A dupla investiu em uma formação não-usual dos Vingadores, com Cavaleiro Negro, Crystalis, Sersi e outros. Mas duas sagas chamaram a atenção. A primeira na qual um viajante de outra dimensão, chamado Proctor, impõe um árduo desafio à equipe.
Porém, o mais importante foi o longo arco Operação: Tempestade Galática, no qual trabalham com um conflito aberto de éticas dinstintas em meio a equipe. Uma guerra entre os impérios alienígenas de Sh’iar (tradicionais aliados dos X-Men) e os velhos Krees coloca a Terra mais uma vez na mira. Os Vingadores remontam um grande número de membros para combatê-los, mas ao final, parte deles percebe que só vencerão se matarem a Inteligência Suprema que comanda os Krees. Assim, uma facção liderada pelo Homem de Ferro decide matar aquele ser; enquanto outra, liderada pelo Capitão América é totalmente contra. O primeiro grupo cumpre sua missão e causa um “racha” nos Vingadores.
De volta à Terra, o Homem de Ferro vota pelo fim dos Vingadores da Costa Oeste (do qual faz parte) e reúne os ex-membros em uma nova equipe, chamada Força-Tarefa (Force Works, no original), que ganha aventuras próprias, repletas de violência, como era típico da época.

O Efeito Muscular
Os meados dos anos 1990 foram tomados por uma tendência estranha: histórias muito violentas, com roteiros vazios e desenhos exagerados, com muitos músculos, que se desenvolveu com sucesso na editora Image Comics, mas migrou para as outras. A Marvel aderiu ao Estilo Muscular de modo forte na megassaga Heróis Renascem, na qual criou um universo paralelo com versões naquele estilo de seus principais personagens.
A saga levou ao cancelamento da revista Avengers, no número 402, em setembro de 1996 e sua substituição pela nova Avengers (Vol. 2) 01 que trouxe roteiros de Rob Liefeld e arte de Jim Valentino. O projeto não agradou e terminou após 13 edições.

Retomada
Em fevereiro de 1998, foi lançada Avengers (Vol. 3) 01 com uma nova (e muito boa) fase nas mãos do escritor Kurt Busiek e com a volta de George Perez aos desenhos. Após voltarem a nossa realidade, os Vingadores se reagrupam, com Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Gigante e Vespa se reunindo para escolher os novos membros. Após uma batalha contra a feiticeira Morgana, que reuniu praticamente todos os membros (vivos) da equipe, uma nova formação se cristalizou, liderada pelo Capitão América e com Feiticeira Escarlate (já recuperada), Gavião Arqueiro, Magnum e novos membros, como Justiça e Flama (Firestar, no original), dois ex-membros dos Novos Guerreiros, além de Triathlon.
Busiek e Perez investiram no aspecto clássico dos Vingadores, que deu ao título certo ar nostálgico em embates contra Ultron, Ceifador, Conde Nefária e Kang. Paralelamente, Busiek também escreveu a maxissérie Avengers Forever, em 12 capítulos coescritos com Roger Stern e desenhados por Alan Davis, que mostram uma batalha contra Kang e viagens no tempo para explorar o passado da equipe e corrigir aspectos cronológicos.
Depois, o escritor Geoff Johns o substituiu, reforçando os laços da equipe com a ONU, e trazendo Jack of the Hearts e o Homem-Formiga II para a equipe; e o escritor Chuck Austen fez uma passagem rápida, incluindo um novo Capitão Britânia no grupo.
Brian Michael Bendis
Com a chegada dos anos 2000, a Marvel decidiu tornar os Vingadores novamente o centro de seu universo. E a empreitada deu certo, liderada pelo escritor Brian Michael Bendis.
Primeiro, a editora encerrou o terceiro volume da revista no número 83, em 2004, retomando a numeração original por apenas três edições, dos números 500 a 503 e a edição especial Avengers Finale. Era o arco Avengers Disassambled ou Vingadores: A Queda, no Brasil, em que – desenhado por David Finch – os Vingadores sofrem um ataque mortal e descobrem ser liderado pela Feiticeira Escarlate, retomando elementos deixados lá trás por John Byrne.
Com mortes de alguns membros, como o Homem-Formiga II, e o desaparecimento de Gavião Arqueiro e da própria Feiticeira Escarlate. O trauma faz o Homem de Ferro e o Capitão América decidirem pelo fim da equipe.

Novos Vingadores
Seis meses depois, uma fuga em massa da prisão de superseres A Balsa termina por unir uma série de heróis e faz sentir a necessidade dos Vingadores para o mundo. O Capitão América e o Homem de Ferro decidem, então, dar reinício à equipe, agora com algumas mudanças, sem o apoio oficial do governo ou da ONU e sem a Mansão dos Vingadores (destruída), e sim, a Torre Stark no centro de Manhattan. É o início da revista New Avengers, em 2005.
A nova formação é mesmo inusual: Capitão América e Homem de Ferro (os líderes), Luke Cage, Homem-Aranha, Wolverine, Sentinela, Mulher-Aranha (a original), Eco e Ronin (a nova identidade do Gavião Arqueiro).
A nova equipe tem que lidar com uma facção escusa da Shield – agora não mais liderada por Nick Fury, que está foragido – e caçar os criminosos que fugiram da Balsa, além de uma série de ameaças, entre as quais, o próprio Sentinela, um ser misterioso e extremamente poderoso, mas também totalmente esquizofrênico.

Guerra Civil e Invasão Secreta
Uma minissérie muda os rumos da Marvel definitivamente. Escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven. Os Novos Guerreiros causam um acidente que resulta na morte de 600 pessoas (a maioria crianças de uma escola) e faz o governo votar rapidamente uma Lei de Registro de Superseres, obrigando a todo mundo que têm superpoderes ou habilidades especiais a se registrar, revelar sua identidade secreta e trabalhar para o Governo dos EUA.
Tony Stark, que agora é o Secretário de Defesa dos EUA, acata e apoia o Registro, enquanto a maioria de seus companheiros, como o Capitão América, Luke Cage e Wolverine, são contra. Infelizmente, o Homem de Ferro termina liderando um grupo de heróis a favor do Registro para perseguir a facção liderada pelo Capitão América, que se torna fora da lei, dando origem à Guerra Civil entre os super-heróis da Marvel.
Além de Stark, os favoráveis ao Registro incluem Reed Richards do Quarteto Fantástico e o ex-vingador Hank Pym, mas as ações deles excedem os limites quando criam uma prisão para prender os ex-colegas na Zona Negativa (uma outra dimensão) e tentar clonar Thor, que à época está desaparecido.
Após uma série de batalhas e traições – o Homem-Aranha apoiava o Registro, mas mudou de lado ao não concordar com os métodos antiéticos de Stark – a facção contra o Registro perde e o Capitão América é preso. Numa história publicada na revista Captain America 25, de 2007, por Ed Brubaker e Steve Epting, o Capitão América termina sendo baleado e morto às portas do tribunal, num golpe duro à comunidade de super-heróis.
De volta aos textos de Brian Michael Bendis,Tony Stark e Hank Pym montam dois novos grupos de Vingadores que são “oficiais”. Um deles, coordenado pela Miss Marvel, para as ações mais perigosas; e o outro chamado “Projeto Iniciativa dos 50 Estados”, que visa treinar superseres para atuar ao lado do Governo dos EUA.
Enquanto isso, os Novos Vingadores se convertem em uma facção fora da lei, perseguidos pelo ex-aliado Tony Stark. Entre seus adversários, está a escalada do crime promovida pelo Tentáculo, organização terrorista agora liderada por Elektra, no Japão. Em combate, a ex-heroína é morta e se revela, na verdade, um Skrull disfarçado.
O que intriga os Novos Vingadores é que nem os sentidos aguçados de Wolverine e do Homem-Aranha os avisou de que era uma falsa Elektra. Surpreendentemente, a Mulher-Aranha rouba o corpo do Skrull e o leva para Tony Stark e Reed Richards, que descobrem que não têm como identificar as novas camuflagens dos Skrulls. Logo, decobrem que os Skrulls estão infiltrados na Shield, nos heróis e nos vilões.
Em meio à paranóia e aos ataques dos Skrulls, que querem tomar a Terra, os Novos Vingadores descobrem que pessoas como Hank Pym e a Mulher-Aranha eram, na verdade, Skrulls disfarçados há meses. Na tentativa de conter um ataque em massa, todas as equipes de Vingadores se lançam contra os aliens e a Vespa é morta. Porém, na batalha final, quem consegue eliminar a Rainha Skrull é o vilão Norman Osborn – o velho Duende Verde, arquiinimigo do Homem-Aranha- que se transforma em herói nacional. Em uma louca decisão política, o Presidente dos EUA transforma Osborn no Diretor do Martelo, nova organização que substitui a Shield.

Reinado Sombrio e O Cerco
Com Norman Osborn no poder, Tony Stark se transforma em um foragido, pois a opinião pública o culpa tanto pela morte do Capitão América quanto pela invasão dos Skrulls. Com a atuação de Osborn como Diretor do Martelo, a continuação da vigência da Lei de Registro e a criação de um grupo de Vingadores “oficiais” liderados pelo próprio Osborn (que assume a identidade de Patriota de Ferro, utilizando a tecnologia de Stark), os Novos Vingadores se tornam ainda mais fora de lei e perseguidos do que antes. Os Dark Avengers de Osborn ganharam uma revista própria, também escrita por Bendis e desenhada pelo brasileiro Mike Deodato Jr., virando um dos maiores sucessos da Marvel.
Assumindo uma tática de guerrilha, os Novos Vingadores só conseguem enfraquecer Osborn lentamente até o criminoso se desesperar e tentar invadir o reino mítico de Asgard (lar dos deuses nórdicos e de Thor) para aumentar o seu poder.
Aproveitando-se do retorno do Capitão América original (resgatado do limbo do tempo onde se encontrava) e de Thor (que instalou a nova localização de Asgard na Terra), o Homem de Ferro volta a se unir aos velhos companheiros e os “três grandes” juntam uma superequipe para derrotar o Osborn antes que seja tarde demais.
Este é o ponto em que se encontram as revistas da equipe publicadas no Brasil nos dias de hoje.


Nos últimos anos, os roteiros ousados de Brian Michael Bendis, e as colaborações ocasionais de Mark Millar e de Ed Brubaker, transformaram os Vingadores na franquia de maior sucesso da Marvel nos últimos anos. A revista New Avengers e suas correlatas estão sempre entre as 10 mais vendias do EUA e a revista Novos Vingadores no Brasil, publicada pela editora Panini, também é uma das de maior sucesso.

Fonte: HQ Rock 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Visão Contemporânea da Gestão de Negócios


  • GESTÃO DE NEGÓCIOS – VISÃO CONTEMPORÂNEA:
    • Preocupação ambiental e ética – o mercado passa a procurar produtos cujas empresas tenham esse enfoque na gestão de suas atividades. Os gastos com gestão ambiental não são considerados custos, mas sim um investimento que trás imensos retornos para a empresa.
    • Influência do meio ambiente – o ambiente externo afeta as decisões da empresa.
    • Visão da empresa como um sistema vivo = visão sistêmica = as partes não estão dissociadas.
  • COMO ENTENDER AS ORGANIZAÇÕES:
    • Cada pessoa tem uma visão segmentada da organização (não vê o conjunto).
    • O enfoque deve ser sistêmico = interação da partes, as quais sofrem a influência do meio-ambiente.
  • CLIENTE – PRODUTO – MERCADO:
    • A empresa usa o feedback do mercado para implementar ações e/ou decisões, as quais poderão ser positivas ou negativas, de acordo como são interpretadas e avaliadas.
    • A sobrevivência da empresa depende de sua capacidade de satisfazer as necessidades do mercado.
      • Eficiência x eficácia:
        • Eficiência – melhora dos processos. Refere-se ao PROCESSO pelo qual a organização maximiza seus fins com um uso mínimo de recursos. A eficiência diz respeito ao método, à forma de execução das atividades num determinado período, e é medida quando comparada a um parâmetro predefinido, tido como ideal (padrões). Está relacionada à avaliação de desempenho e pode ser expressa pela seguinte fórmula: EFICIÊNCIA = PRODUTOS OBTIDOS / RECURSOS CONSUMIDOS.
        • Eficácia – maior valor possível para o produto junto ao mercado (vender mais com maior lucro possível). é o grau segundo o qual as organizações atingem suas missões, metas e objetivos, dentro das restrições de recursos limitados. Está relacionada à avaliação de resultados e pode ser expressa pela seguinte fórmula: EFICÁCIA = RESULTADO OBTIDO / RESULTADO PRETENDIDO.
        • A junção ou inter-relação entre eficiência e eficácia aos seus melhores níveis, chama-se produtividade. O aumento da produtividade leva a melhores resultados econômicos.
    • A sobrevivência da empresa deve atender aos aspectos de lucratividade, mercado e tecnologia.
    • A maneira como a gestão de negócios é conduzida depende: do ramo de negócios e do porte e tamanho da organização.