domingo, 3 de março de 2013

PARABÉNS ZICO!!!

PARABÉNS AO MAIOR ÍDOLO RUBRO-NEGRO


Zico, Fla e as profecias aos 60 anos

sex, 01/03/13

por marviodosanjos |

Regatas, futebol e Zico.
A história do Flamengo pode ser contada tranquilamente por esses três marcos. O nascimento do clube de regatas como a criação de um mundo, a chegada ao gramado de futebol como a Terra Prometida e o surgimento do Messias que levaria a palavra aos estrangeiros.
Quando a fundação do clube completou 60 anos, Nelson Rodrigues fez sua mais contundente profecia já cumprida, na crônica “Flamengo Sessentão”, de 1955, na “Manchete Esportiva”.
“Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável.”
Quando o futebol do Flamengo, fundado em 1911, completou 60 anos em 1971, Zico estreou com a camisa rubro-negra num clássico com o Vasco e venceu por 2 a 1.
A partir daí, a história ganha um roteiro todo cheio de arquétipos e superlativos.
No maior estádio do mundo, que ficava na cidade mais bonita do planeta, a maior torcida do país do futebol aplaudia o melhor jogador de sua Seleção, que usava a camisa 10 do clube que o revelou.
Roteiro e cenários perfeitos para finais felizes, que valeram cada ingresso comprado, cada noite virada, cada aposta contraída.
Hoje, o estádio apequenou-se, a cidade não cessa de lembrar que podia ser bem mais bonita, o melhor jogador da Seleção está no Santos, o clube não revela mais camisas 10 como fazia outrora.
Mas como vimos, sessenta aniversários costumam ser especiais na história rubro-negra. É quando as profecias começam a se cumprir.
O vaticínio de Nelson em 1955 já é certeza para muitos: pelas vezes em que o Flamengo podia ter sido rebaixado e não foi, pelos campeonatos nacionais de 1992 e 2009 vencidos contra todas as probabilidades, pelo tricampeonato estadual 1999-2000-2001, a camisa já está habituada a jogar sozinha, desamparada, despatrocinada, mal-administrada e até ultrajada.
Nos 60 anos de futebol, o Flamengo viu o advento de Zico como outra profecia. Não se sabia naquele momento que a História relataria não apenas os 509 gols e os títulos indiscutíveis, mas toda uma vocação para ídolo nos inúmeros exemplos de dedicação, esportividade e caráter.
“Um galo sozinho não tece uma manhã”, escreveu o poeta João Cabral de Melo Neto, e Zico teve os melhores coadjuvantes para estabelecer seu reinado: Júnior, Coutinho, Carpegiani, Rondinelli, Andrade, Nunes, Leandro, Lico, Tita, Adílio, Raul, Mozer, Aldair, Zé Carlos, Bebeto, Renato Gaúcho, Carlinhos, uma enorme lista.
No entanto, sem o fulgor de Zico, talvez o Flamengo fosse menos Flamengo.
Nos 60 anos do Galinho, que se completam neste 3 de março, é impossível dizer o que vai se cumprir no futuro. Há sinais de otimismo em cada rosto rubro-negro que visito, empolgados com esse ano de nova administração e um time com promessas que geram expectativa.
Assim como nunca é tarde para um rubro-negro dizer a Zico “obrigado por tudo”, não custa sonhar que 2013 é o ano de escutar uma nova profecia.
Pois só reconhece um milagre quem o espera.
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