segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O DESCASO DA OI - O CLIENTE NÃO É MAIS IMPORTANTE

    Ao longo da minha experiência de vida, minha carreira profissional e minha carreira acadêmica como aluno e professor, além de inúmeras palestras e outros eventos de Marketing, atendimento ao cliente, fidelização e muitos aspectos que devem uma empresa cuidar para ter e manter seus clientes, vi e venho vendo na prática a Empresa Oi agir totalmente contra esses preceitos que moldaram muitas organizações as fazendo crescer e serem valiosas no mercado.
    No meu caso específico e de muitas outras pessoas próximas a minha residência, que também por muitas décadas tiveram os serviços de internet cabeada, telefone fixo e muitos outros serviços da Empresa Oi, e falo de um bairro de 40.000 habitantes, a tal empresa vem fazendo uma mobilização para acontecer justamente o contrário do habitual das empresas que é manter e ter mais clientes, onde a mesma vem incentivando justamente seus clientes a irem para outra empresa e cancelarem sesu serviços.
    De certo modo, nenhuma empresa e obrigado e ter qualquer um como cliente, mas usar palavras baixas e linguajar com desdém em nenhum momento é adequado, muito menos quando ligamos para reclamar serviços ruins, problemas nas contas, cobranças indevidas e não ver possibilidade de solução apresentada pela empresa, que aponta que você cliente "vá para outra", frase essa replicada na íntegra ao reclamar de um problemas nos serviços e receber a informação que meus serviços não terão mais manutenção e que irão funcionar até acontecer um defeito.
  Chega a ser chocante ouvir de funcionário tal resposta, mas o que me resta é atender e "ir para outra" como dito por um de seus funcionários.
  Claro que alegam roubo de cabos e problemas operacionais para tal atitude, porém me deixa uma sensação a compartilhar: NUNCA MAIS OI.
   
Repito mais uma vez: NUNCA, MAS NUNCA MAIS OI.
   
    Uso este espaço, como desabafo e como uma informação que muitos não vão se importar (até serem afetados) e outros talvez se importem, mas como cliente, alerto a outros clientes e deixo minha indignação e o desejo que o mercado puna empresas que não merecem ter clientes e muito menos estarem no país.     

segunda-feira, 15 de março de 2021

FRASE DE LIDERANÇA

 

“Se as suas ações inspiram outros a sonhar mais, a aprender mais, a fazer mais e a ser mais, você é um líder.”

 John Quincy Adams, advogado e político

Estados Unidos, 1767-1848.

domingo, 15 de novembro de 2020

FRASE PARA REFLETIR!

 "Quem se deixa vencer pelo silêncio das coisas erradas, não tem direito de gritar quando a mesma poção de veneno lhe atingir a carne."




https://www.youtube.com/watch?v=zkzxnIdxVv4&ab_channel=AllanRusso

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Pesquisa de Liderança para Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso de Administração

 Prezados,


Me chamo Frank Mauricio de Almeida e sou Professor da Graduação de Administração de Empresas na Souza Marques e venho solicitar a participação de vocês na pesquisa referente ao Trabalho de Conclusão de Curso de Administração de Empresas do aluno Nathan da Silva Pereira, cujo o tema envolve a LIDERANÇA, no qual estou orientando e que está no link abaixo.

Saliento que os dados de identificação solicitados são para comprovar a veracidade da coleta e não será utilizada de nenhuma outra forma e também não será mencionado de forma particular na pesquisa.

LINK DA PESQUISA: https://lnkd.in/e2zHqav

O link pode ser acessado pelo smartphone ou colocando o endereço acima no seu navegador de internet.

Solicito que o link seja compartilhado também para aumentarmos o alcance e a quantidade de participantes.

Conto com a participação de todos na contribuição dessa pesquisa e desde agradeço a todos a atenção, lembrando que o prazo de preenchimento do questionário se encerra no dia 20 de outubro de 2020.

Mais uma vez agradeço a atenção de todos.
Professor Frank Maurício de Almeida

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

OS 03 CAMINHOS PARA O SUCESSO

"Ensinar o que se sabe, praticar o que se ensina e perguntar o que se ignora"

                                               Mário Sergio Cortella

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

MONOGRAFIA: EMPREENDEDORISMO E LIDERANÇA

EMPREENDEDORISMO E LIDERANÇA

AUTOR: DIOGO DA CUNHA SENA

SUMÁRIO 


INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9 


1 EMPREENDEDORISMO........................................................................................ 10
1.1 DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO ........................................................ 10
 1.2 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ................................................................ 13
 1.3 PROCESSO EMPREENDEDOR ........................................................................ 13
 1.3.1 Fatores que influenciam no processo empreendedor ...................................... 16
 1.3.2 A Importância da Inovação no Processo Empreendedor ................................. 18 


2 LIDERANÇA .......................................................................................................... 21
 2.1 GRUPOS ............................................................................................................. 21
 2.2 EQUIPES ............................................................................................................ 23
 2.2.1 A competência como fator basilar do líder na gestão de sua equipe ............... 25
 2.3 LÍDERES E SUAS TEORIAS RELACIONADAS ................................................. 26
 2.4 CARACTERÍSTICAS DOS LÍDERES .................................................................. 34 
2.5 AS DIFERENÇAS ENTRE CHEFIAR E LIDERAR .............................................. 36 


3 A VISÃO DO LÍDER EMPREENDEDOR ............................................................... 38
 3.1 PERFIL HISTÓRICO DE HOWARD SCHULTZ .................................................. 38
 3.2 A EMPRESA STARBUCKS ................................................................................. 40
 3.2.1 A busca pela Qualidade ................................................................................... 42
 3.3 HOWARD SCHULTZ O LÍDER EMPREENDEDOR ............................................ 43 


CONCLUSÃO ........................................................................................................... 48 


REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51 








INTRODUÇÃO  

O presente trabalho buscou percorrer o tema empreendedorismo, apresentando suas principais definições e mostrando sua evolução no Brasil e no mundo, e quais os fatores influenciam o processo de empreender mostrando assim a importância da inovação em tudo que circunda o empreendedorismo. Com o intuito de acrescentar ao empreendedor o fator líder, transcorreu-se a literatura de liderança, onde pode-se determinar como o empreendedor por si só não basta e precisa também ser líder, onde para isso tornou-se necessário esclarecer as diferenças entre grupos e equipes e apontar as teorias relacionadas aos líderes para que se fosse possível apresentar suas características, estilos, e diferenças entre chefiar e liderar. No decorrer do trabalho científico, buscou-se demonstrar que é de fato uma missão árdua em influenciar pessoas, mas com determinadas características e habilidades que líderes precisam ter, e que mesmo não sendo natas, os mesmos precisam desenvolver para motivar sua equipe, uma vez que manter uma equipe motivada é uma das maiores preocupações das empresas. Para o desenvolvimento da pesquisa exploratória, o trabalho foi divido em capítulos com o principal objetivo de subsidiar o estudo bibliográfico presente em livros e artigos, sobre Empreendedorismo e Liderança, para só então depois seguir com o estudo de caso que tomou como exemplo a empresa Starbucks do ramo de cafeteria onde pode-se apontar as características empreendedoras e de liderança descritas na presente pesquisa sobre seu CEO Howard Schultz. Este é o segmento foco do trabalho de conclusão de curso, que tem como objetivo conceituar através de uma seleção de referencial teórico possível, demostrar características importantes que possa subsidiar e elucidar o desenvolvimento de um líder empreendedor, em especial nas organizações ou em projetos pessoais. Não sendo possível assim, esgotar todo o assunto e até servir de continuidade para pesquisas futuras, dada a importância dos líderes em todas esferas da sociedade. 





1 EMPREENDEDORISMO 

Quando se fala em empreendedor pode-se concluir que é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é capaz de ter certa sensibilidade para o negócio, contudo a essência principal do empreendedorismo é transformar ideias em realidades e obter benefícios sobre isso. Conforme aponta CHIAVENATO (2004), empreendedor é a pessoa que inicia e opera um negócio com a intenção de realizar uma ideia ou projeto pessoal, desta forma assume os riscos e as responsabilidades envolvidas no percurso, buscando inovação constante. Ao se definir empreendedorismo não se está utilizando o termo apenas voltado para fundadores de empresa ou somente no ambiente organizacional, já que o espírito empreendedor em todas as pessoas, independentemente de elas fundarem uma empresa ou iniciarem seus próprios negócios, sendo marcante a continuidade no ato de empreender. Já DORNELLAS (2015) coloca que o termo empreendedorismo está relacionado com o envolvimento de pessoas e processos, que em conjunto, levam a transformação de ideias em oportunidades, e quando bem executadas leva a criação de negócios de sucessos. A presente pesquisa busca elucidar o que circunda a palavra empreendedorismo e assim, esclarecer pontos importantes ao seu entendimento, seu conceito, sua história nacional, o processo empreendedor, a importância da constante inovação. 

1.1 DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO 

A definição de empreendedor se desenvolveu ao longo dos anos, principalmente pelas mudanças que vinham ocorrendo no cenário econômico mundial tornando-se cada vez mais um processo complexo. Na idade média, conforme DORNELAS (2015, p. 19): “O termo “empreendedor” foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia grandes riscos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país”. Ainda segundo o mesmo autor, no século XVII associou-se mais uma qualidade ao empreendedor, aquele que assume os riscos. Neste período o empreendedor era a pessoa que possuía um contrato com o governo, para fornecimento de um produto ou serviço. Não havia mudanças nos valores contratuais, independentemente dos resultados, fossem eles de lucro ou até mesmo prejuízo, eram do empreendedor. Já no século XVIII, segundo DORNELAS (2015, p. 20): “Nesse século o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo.” Já chegando nos séculos XIX e XX o autor destaca que no final do século XIX e início do século XX havia uma frequente confusão em que os empreendedores eram relacionados a gerentes ou administradores, porém todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para que se chegue ao sucesso, entretanto nem todo bom administrador é um empreendedor, pois a este acrescenta algumas características e atitudes. Nesse período o empreendedor era aquele que precisava de verbas e o fornecedor dessas verbas eram as pessoas que investiam no risco. O investidor de risco era o profissional que faz investimentos de riscos com o propósito de atingir altas taxas de retorno sobre o investimento. O empreendedor passou a ser visto como aquele que organiza e administra uma empresa visando o resultado para si mesmo, as definições do empreendedor passaram sempre a mencionar perspectiva econômicas, através de seu próprio esforço, conhecimento, habilidade, organização e planejamento ele paga pelos insumos que consome seu negócio, pela mão de obra de seus funcionários na qual ele emprega e pelos recursos de que necessita tudo isso em benefício próprio. “A palavra empreendedor origina-se da palavra francesa entrepreneur que literalmente traduzida, significa aquele que está entre ou intermediário.” (HISRICH, 1986, p.96), Já CHIAVENATO (2013), apresenta que o termo “empreendedor” foi utilizado pela primeira vez em 1725 pelo economista Richard Cantillon, que apontava para o empreendedor o indivíduo que assume riscos, enquanto que em 1814 o economista Jean-Baptiste Say deu a característica de um indivíduo que transfere recursos econômicos de um setor de baixa produtividade para um de alta produtividade, Além de destacar a importância do empreendedor para um bom funcionamento do sistema econômico.  Dessa maneira Schumpter (1949) apud CHIAVENATO (2004, p. 07): “O empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias”. Ao mencionar que o empreendedor “destrói a ordem econômica”, o autor, afirma que o empreendedorismo foi um dos caminhos encontrados para implementar soluções econômicas em diversas nações, através da inovação e da empregabilidade, possibilitando assim, o equilíbrio econômico e financeiro, minimizando taxas de desemprego. 

Quadro1.1 Contribuições para o entendimento do empreendedorismo. Ano Autor Contribuição 
1961 McCLelland 
Identifica três necessidades do empreendedor:poder, afiliação e sucesso (sentir que se é reconhecido). Afirma que:" o empreendedor manifesta necessidade de sucesso" 
1967 Rotter 
Identifica o locus de controle interno e externo:" o empreendedor manifesta locus de controle interno" 
1970 Drucker 
O comportamento do empreendedor uma espécie de desejo de colocar sua carreira e sua segurança financeira na linha de frente e correr riscos em nome de uma ideia, investindo muito tempo e capital em algo incerto. 
1973 Kirsner 
" Empresário é alguém que identifica e explora desequilíbrios existentes na economia e está atento ao aparecimento de oportunidades" 
1982 Casson 
" O empreendedor toma decisões criteriosas e coordena recursos escassos" 
1985 
Sexton e Bowman 
" O empreendedor consegue ter uma grande tolerância à ambiguidade" 
1986 Bandura 
" O empreendedor procura a auto eficácia: controle da ação humana através de convicções que cada indivíduo tem para prosseguir autonomamente na procura de influenciar a sua envolvente para produzir os resultados desejados" 
2002 
William Baumol 
" O empreendedor é a máquina de inovação do livre mercado" Fonte: Chiavenato (2013, p.07) 

“Um estereótipo comum do empreendedor enfatiza características como uma enorme necessidade de realização, uma disposição para assumir riscos moderados e uma forte autoconfiança”. (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 2004, p.9). Longenecker et al (2004) ressalta em perfil comportamental daqueles que se sentem motivados e direcionados a criar e assumir riscos na busca do processo, sendo revestidos da autoconfiança. 



1.2 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 

Devido ao ambiente desfavorável na parte econômica e política do país, praticamente não se falava em criação de novas empresas ou no termo empreendedorismo. A visão do empreendedorismo se expandiu no Brasil, segundo DORNELAS (2015), a partir do final da década de 90, quando as entidades como Sebrae e Softex1 foram criadas, entretanto a consolidação dessa visão e sua relevância para o país, ocorreu somente a partir do ano 2000. O aumento do desemprego nas grandes cidades foi um fator crucial para que as pessoas começassem a empreender, sem alternativas as pessoas começaram a criar novos negócios. Além do desemprego que impulsionou à vontade de empreender, havia também aqueles que se impulsionaram pela nova economia, a internet que entre 1999 e 2000 teve seu ápice. Foi uma época que muitos jovens tentaram se tornar novos milionários no mercado. Essa conexão de fatores e o ímpeto brasileiro de ser independente, começou a despertar várias discussões sobre o tema empreendedorismo. Em 1999 foi instituído o programa Brasil empreendedor, cujo objetivo era capacitar empreendedores brasileiros, segundo DORNELAS (2015) esse programa vigorou de 1999 até 2002 e realizou mais de cinco milhões de operações de crédito. Vindo para uma época mais contemporânea destaca-se o programa empreendedor individual, onde DORNELAS (2015) aponta como sendo uma evolução da legislação em prol das micro e pequenas empresas, instaurado pela lei complementar 128/2008, que fez modificações na lei geral da micro e pequena empresa (lei complementar nº 123/2006). O objetivo do programa empreendedor individual é incentivar aqueles empreendedores que ficam na informalidade com seus negócios e formalizá-los. 

1.3 PROCESSO EMPREENDEDOR 

Empreender abrange diversas ações, atividades, funções tudo para criação de novos negócios e empresas. Está intrinsecamente ligada ao processo de criação, portanto, primeiramente empreender é abordar e criar algo diferente, alguma coisa nova no mercado. Em segundo necessita de vontade, esforço, comprometimento, tudo isso, com a intenção de fazer com que seu negócio tenha êxito e criar novos horizontes. Em terceiro, o empreendedor deve assumir os riscos, e estar atento as mudanças no mercado e agir de acordo com essas mudanças, sendo preciso muita dedicação para se adaptar aos cenários de constantes fracassos que circundam os empreendedores, que ao mesmo tempo também tem a sua volta características de novas tentativas e mudanças de negócios mediante aos fracassos. Dornelas (2015) defini quatro etapas para se compreender o processo empreendedor, porém embora as fases sejam apresentadas de forma sequencial, elas não precisam ser completamente concluídas para que se iniciem a fase seguinte, podendo até retornar as fases anteriores, o que acontece quando o empreendedor elabora seu primeiro plano de negócios e por determinadas situações surge a necessidade de mudar toda a concepção inicial, nesse caso o negócio já estaria na fase 3 e teve que retornar para  a fase 1, recomeçando um novo ciclo sem ter ainda concluído a fase anterior, servindo de alerta a todo e qualquer empreendedor, já que essa situação é frequente e cabe ao empreendedor não desanimar diante das adversidades e até do encerramento de um negócio.  De acordo com DORNELAS (2015, p.32), pode-se compreender o processo empreendedor a partir de quatro etapas, demostradas no quadro a seguir: 

Figura 1.1 O processo empreendedor  Fonte: Dornelas (2015, p.32)  

1) Identificar e avaliar a oportunidade  Esta fase acarreta em verificar e investigar uma oportunidade junto a sua capacidade, no que tange a fatores como: carências de mercado, inteligência da concorrência e de mercado e ciclo de vida do produto. É extremamente crucial que o empreendedor teste a sua ideia ou conceito de negócio junto de clientes competentes, analisando seu entusiasmo em conquistar seu produto ou serviço mediante a consultas de mercado, que irá fornecer a grandeza do mercado e sua constância de crescimento, sua estabilidade ou estagnação, quem é seu concorrente e quais são seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades. Nesta fase é imprescindível o talento, a percepção, o conhecimento e o feeling do empreendedor. 

2) Desenvolver o plano de negócios  O plano de negócios é um registro que compendia toda a essência organização, sua estratégia de negócio, seu mercado e competidores, como vai alcançar os resultados e ter progresso, dentre outras particularidades. Um negócio bem idealizado terá mais viabilidades de sucesso do que um sem idealização, na mesma analogia de condições. É crucial que o empreendedor saiba planejar suas ações e projetar as estratégias da empresa a ser criada ou em desenvolvimento. 

3) Determinar e captar os recursos necessários  O empreendedor deve utilizar a sua eficácia de planejar e talento de negociação para associar no mercado as alternativas mais preferíveis de financiamento para seu negócio. Delimitar os recursos necessários será a consequência do que foi feito e como foi elaborado o plano de negócios. A conquista de recursos pode ser adquirida de inúmeras maneiras e por meio de fontes alternadas que vão desde valer-se de bancos, economias próprias e até mesmo de pessoas mais próximas, como familiares e amigos. 

4) Gerenciar a empresa criada  Mesmo já se tendo identificado a oportunidade, desenvolvido o plano de negócios e relacionado a fonte de financiamento, administrar a empresas não se torna a parte mais fácil do negócio. A gestão de uma empresa não é tão simples o quanto parece. O empreendedor deve saber até que ponto ele poderá ir, precisa de uma excelente equipe de trabalho para somar na gestão da empresa, deve implementar operações que minimizem os problemas e maximizem os lucros, ou melhor, produzindo mais com o mínimo de recursos necessários, conjugando eficiência e eficácia e unindo o útil ao agradável. Não adianta perceber uma oportunidade de negócio, desenvolver minuciosamente o plano de negócios, conquistar os recursos necessários para iniciar as atividades se o empreendedor não tiver o poder para gerir o seu negócio. Ao invés de oportunidade de lucros e sucesso, todo o processo se resumirá em perdas e prejuízo, acontecendo o endividamento do empreendedor. O sucesso do empreendimento dependerá desta etapa. 

1.3.1 Fatores que influenciam no processo empreendedor 

O processo empreendedor abrange todas as funções, atividades e ações relacionadas com a criação de novos mercados, novas empresas e oportunidades. Muitos fatores externos, pessoais, ambientais e sociais exercem influência sobre a pessoa que se torna empreendedora, mesmo que, na maioria das vezes, isso não seja percebido. Todo processo empreendedor tem início quando algum dos fatores possibilita o início de um novo negócio ou colocar uma ideia em prática. Existem diversos fatores que influenciam positivamente ou negativamente no processo empreendedor, sendo eles: Fatores Pessoais, Fatores Externos, Ambientais, Fatores Sociais e Organizacionais. 

Figura 1.2 Fatores que influenciam no processo empreendedor Fonte: Dornelas (2015, p.31) 


Quando se fala em inovação, a semente do processo empreendedor, remetese naturalmente ao termo inovação tecnológica. Nesse caso, existem algumas peculiaridades que devem ser entendidas para que se interprete o processo empreendedor ligado a empresas de base tecnológica. As inovações tecnológicas têm sido o diferencial do desenvolvimento econômico mundial. E o desenvolvimento econômico é dependente de quatro fatores críticos, que devem ser analisados, para então se entender o processo empreendedor. 


Figura 1.3 Fatores críticos para o desenvolvimento econômico Fonte: Dornelas (2015, p.31) 

O talento empreendedor é fruto de muito trabalho e dedicação, onde existir esse talento existira inúmeras oportunidades de crescimento, e expansão de novos negócios, se pudermos unir o talento junto a tecnologia começaremos a ver o processo empreendedor acontecer de fato. Mesmo com isso tudo, o capital ainda é o combustível essencial para o negócio. O ingrediente final é o know-how, ou seja, conhecimento e a habilidade para agrupar para um mesmo cenário o talento, a tecnologia e o capital. Segundo Dertouzos (1999) apud DORNELAS (2015, p.32) a inovação tecnológica possui quatro pilares, os quais estão de acordo com os fatores anteriormente apresentados:  

1. Investimento de capital de risco.  2. Infraestrutura de alta tecnologia 3. Ideias criativas.  4. Cultura empreendedora focada na paixão pelo negócio. 





Esses quatro ingredientes são raros, pois, em sua concepção, primeiro vem a paixão pelo negócio e depois o dinheiro, o que contradiz a corrente de análise econômica, a qual pressupõe que deve haver um mercado consumidor e consequentemente possibilidades de lucro com o negócio. Dertouzos conclui afirmando que as invenções tecnológicas não ocorrem assim. Na verdade, há um meio-termo: tanto as empresas buscam nos centros de pesquisa tecnologias inovadoras que, agregadas ao seu processo ou produto, promovam uma inovação tecnológica, como os centros de pesquisa desenvolvem tecnologias sem o comprometimento econômico, mas que posteriormente poderão ser aplicadas nas empresas. (Dertouzos 1999 apud DORNELAS 2015, p.32) 

1.3.2 A Importância da Inovação no Processo Empreendedor 

A inovação está sempre conectada a um novo processo, em relação ao processo empreendedor, a inovação se torna a peça chave do sucesso no mercado. Ser criativo nos remete a novas ideias, sugerir novos pontos de vista, sejam eles inovadores ou não.  Conforme MARIANO (2012, p.30), pode se definir a inovação como: “A criação de um produto, serviço ou processo superior pela exploração de alguma forma de mudança, seja ela de caráter técnico, organizacional, comercial, institucional, entre outras formas de mudanças”. O autor ainda destaca: 

 A capacidade de promover a inovação tem sido um fator central para a sobrevivência e o aprimoramento das organizações, que precisam responder às mudanças por que passa a sociedade e oferecer maneiras novas e melhores de realizarem as atividades para as quais se destinam. É fundamental também para os empreendedores cuja capacidade de promover a inovação é fator de distinção. Por isso é importante compreender uma inovação, em que campos se pode inovar, quais os fatores que interferem no processo de inovação e como a ação gerencial interfere nesse processo. (MARIANO 2012, p.30). 

Inovar é ponta pé inicial das empresas, principalmente daquelas que querem competir no mercado mesmo tendo em seu caminho empresas de porte maior. A globalização e a concorrência exigem de o empreendedor sempre estar em busca da máxima eficiência, dos produtos e serviços que possam atrair e cativar seus consumidores, pois simplesmente caso o consumidor não encontre aquilo que procura em seu negócio, ele buscará em um concorrente. Outro fator importante da compreensão do que seja a inovação, conforme MARIANO (2012), é o fato de comumente associarmos os termos inovação e tecnologia, gerando a expressão inovação tecnológica, entretanto o termo tecnologia está relacionado a maneira de fazer as coisas, logo não se aplica somente a um artefato novo e pode também ser aplicado a um novo método de realizar uma atividade. Tendo isso como premissa a inovação proporciona efeitos magníficos para tais empreendimentos, ela permite cada vez mais o aperfeiçoamento e a otimização dos processos e a maneira como lidam com o mercado. Assim percebe-se que inovar é sem dúvida a melhor alternativa para se sobressair no mercado, estar à frente da concorrência de forma que isso reflita diretamente nos resultados da empresa além de proporcionar novas parcerias para expandir o conhecimento. Ainda, é preciso levar em conta que empresas que possuem o hábito de inovar bem centrado possuem uma solidez maior no mercado, pois enfrentam os desafios do dia a dia visando as soluções e nunca aos problemas. Antes da inovação da sociedade contemporânea, segundo MARIANO (2012), as tempestades, as secas as doenças e praticamente tudo que o homem não conseguia explicar era colocado como vontade de Deus ou de uma força maior que ditava o destino de cada pessoa, o homem direcionava suas respostas ao divino e não a sua própria capacidade de encontrar as razões ou as explicações logísticas para tais fenômenos.  Nesse contexto é que o método cientifico passou a ser utilizado de forma mais ampla e consistia em dividir o todo em partes menos complexas, que eram investigadas de forma pormenorizadas, o que contribuía para a compreensão do todo. Esse pensamento foi aplicado aos serviços e produção de bens que se tornou a base da sociedade industrial, ao mesmo tempo que a sociedade criava inovações que transformavam sua maneira de viver ela crescia de forma cada vez mais acelerada.  Com tudo isso, observa-se que a inovação está ligada a qualidade e os serviços que são ofertados aos clientes, bem como ao desenvolvimento da sociedade, e assim a eficiência passa a dominar o empreendimento, já que as ações estão sempre direcionadas ao atendimento e satisfação do cliente, o que garante ao empreendedor tenha seu foco no crescimento do seu negócio, especialmente quando falamos de micro e pequenos empreendimentos que possui um objeto bem centrado que é de se sobressair perante a grandes concorrentes. 
   

Contudo a sociedade não precisa somente dos inovadores, conforme aponta MARIANO (2012), que criam novos produtos, se complementam a isso um esforço continuado daqueles que promovem inovações nas organizações e na realização de suas atividades, ou seja, encontrar novas formas de realizar um trabalho de maneira mais efetiva ou econômica é uma das principais habilidades das organizações inovadoras. 



2 LIDERANÇA 

“A liderança é a capacidade de influenciar pessoas”, assim define CHIAVENATO (2000, p. 315) a seguir um caminho em direção a conquista de determinadas metas, e desta forma, em equipe alinhando visão e o percurso a seguir para se chegar a um determinado objetivo, através das pessoas que são inspiradas a desenvolver percepções, como menciona CHIAVENATO (2000) e na condição de gestor para atingir resultados com a construção e desenvolvimento de uma relação de confiança com os demais membros da equipe, assim disciplina CHIAVENATO ( 2003 p. 03). Desde o início da civilização humana os indivíduos tendem a se agrupar, desenvolvendo meios e formas diferenciadas de comportamento, e ainda dentro desses grupos existe um de seus membros que tende a se destacar, seja por definição dos demais membros ou pelo exemplo. Historicamente a sociedade foi marcada de forma positiva ou negativa pelas influencias de grandes líderes, que impactaram não somente a sociedade, um grupo e até mesmo o mundo. Pode- se destacar os feitos nobres desses líderes, como na condução adequada das pessoas em prol de um objetivo e também a feitos negativos, como o uso de sua influência e poder afim de dominar e se aproveitar dos mais fracos e menos favorecidos socialmente. Ao longo dos conceitos de liderança destaca-se a expressão influencia, que está relacionada a habilidade humana de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais e grupais. Antes de apresentar os conceitos de liderança, destaca-se o conceito de grupo, que apresenta um melhor entendimento sobre o porquê desta palavra ter sido citada diversas vezes junto ao tema liderança. 

2.1 GRUPOS 

A potencialização do estudo de grupos se dá principalmente pela importância da dinâmica das interações e forças que ocorrem entre os membros de um grupo em uma situação. Conforme CHIAVENATO (2005, p. 278), existe seis aspectos em que reside a importância do estudo de grupos para o Comportamento Organizacional: 



1) Tanto a organização formal – aquela definida oficialmente pela organização em seu desenho organizacional – como a organização informal – aquela que se desenvolve espontaneamente por meio de relacionamentos informais entre as pessoas – se baseiam fundamentalmente em grupos. 2) Os administradores lideram grupos de subordinados. 3) A participação no grupo influência o comportamento de seus membros. 4) A influência que o grupo exerce sobre a pessoa é diferente para cada indivíduo. Algumas pessoas podem ser totalmente influenciadas pelo grupo, enquanto outras sofrem influência mínima ou não sofrem influência alguma. 5) Os grupos podem ajudar ou restringir o alcance dos objetivos organizacionais. 6) Os grupos podem perseguir objetivos discrepantes e entrar em conflito entre si ou com a organização. A definição de grupo se dá quando duas ou mais pessoas agem de forma interagentes e interdependentes para alcançar determinados objetivos particulares.  O total dos comportamentos dos indivíduos que o formam não representa que o comportamento de um grupo seja apenas a soma, pelo fato de quando as pessoas trabalham em grupos agem de forma diferente de quando trabalham sozinhas, isso ocorre devido a influência que o comportamento e o desempenho de uma pessoa agem sobre outras. Na definição de grupos é especificada na literatura por diversos e diferentes conceitos, entretanto há pelo menos três implicações que possuem um grupo de trabalho:  

1) a existência de duas ou mais pessoas 2) um ou mais interesses e objetivos em comum 3) uma organização mínima entre essas pessoas, visando a obtenção dos seus objetivos e interesses. 

Um indivíduo é parte de um ou mais grupos, sendo assim, toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma equipe. Essas são então, razões importantes para estudar e compreender os grupos, pois se relacionam com a eficiência e a eficácia da organização, onde se somam ao nível individual de comportamento e ao nível organizacional. 

A existência de grupos dentro do ambiente organizacional requer algumas condições para a execução do trabalho em grupo, CHIAVENATO (2005) destaca que um grupo de trabalho não existe do nada e também não se dá de forma isolada, já que ele é parte de uma organização maior, porém sua clareza depende de visualizarmos o comportamento do grupo como um subsistema, ou seja, ele é parte de um sistema maior, além de ser influenciado por condições externas e impostas de fora para dentro. Ainda segundo CHIAVENATO (2005) todas essas condições externas dentro do ambiente organizacional podem atuar de forma de dar ajuda ou limitação a atuação dos grupos de trabalho na organização, sendo apontado como uma das maiores preocupações nas empresas atualmente, pois criar um contexto agradável e positivo para os grupos de trabalho faz com que funcionem melhor e atinjam um melhor nível de desempenho. CHIAVENATO (2005, p. 293), ainda alerta que: “Os termos equipe e grupo têm sido inadequadamente utilizados de maneira intercambiável. Há diferenças entre esses dois conceitos, principalmente quanto aos resultados de desempenho”. No próximo tópico será apresentado as principais características das equipes. 

2.2 EQUIPES 

O desempenho de uma equipe, segundo CHIAVENATO (2005), inclui resultados individuais e o produto do trabalho coletivo, que significa aquilo que dois ou mais membros através do trabalho coletivo produzem como uma contribuição real. Assim, se torna essencial destacar as principais diferenças entre grupos de trabalho e equipes, conforme aponta CHIAVENATO (2005, p. 293): • O grupo de trabalho tem um forte e único líder, enquanto a equipe tem papéis compartilhados de liderança. • O grupo de trabalho tem uma responsabilidade individualizada, enquanto a equipe tem uma responsabilidade individual e mútua. • O propósito do grupo de trabalho é o mesmo da organização, enquanto a equipe tem um propósito específico.  • O grupo de trabalho tem produtos de trabalho individualizados, enquanto a equipe tem produtos de trabalho coletivos. 
    
• O grupo de trabalho utiliza reuniões eficientes (fazer as coisas bem-feitas e corretamente de acordo com o método preestabelecido), enquanto a equipe utiliza reuniões abertas e constantes e direcionadas para a solução de problemas (eficácia). • O grupo de trabalho mede a eficácia de maneira indireta – como desempenho financeiro dos negócios globais, enquanto a equipe mede o desempenho de maneira direta pela avaliação dos produtos de trabalho coletivo. • O grupo de trabalho discute, decide e delega, enquanto a equipe discute, decide e faz o trabalho real. • As equipes envolvem relacionamentos, ou seja, conexões humanas nas quais o todo emerge como maior do que a soma das suas partes. O principal segredo da equipe é que sua característica coletiva provoca um efeito sinergético (o todo é maior do que a soma de suas partes) que não se encontra no grupo. • As equipes baseiam em relações afetivas, emocionais e conexões pessoais entre os membros. Elas envolvem diversidade e unidade, abertura e aceitação, honestidade e empatia, criticismo e acordo, confiança e assunção de riscos para criar algo maior do que possível pela junção de peças individuais em algo único. Nos grupos, o poder é geralmente distribuído hierarquicamente e as decisões são tomadas por um pequeno círculo de indivíduos a quem se atribui poder e responsabilidade. Os grupos dependem estreitamente de seus líderes, que têm capacidade para pressionar, coagir e manipular os outros. • As equipes não precisam coagir ou impressionar os membros ou requerer lealdade deles. A direção geral flui automaticamente por meio da identificação e integração da visa, dos objetivos e estratégias. As equipes dispensam subordinação, medo ou obediência. Elas repousam sobre a interdependência, autoconfiança e retroação crítica. Elas não valorizam a uniformidade ou obediência ao líder, mas a diversidade, o diálogo e a negociação para alcançar consenso e uma direção comum. • As equipes se caracterizam pela clareza em sua coesão, seu espírito coletivo focado na tarefa, a afeição com que os membros manifestam em seus relacionamentos e a qualidade de sua satisfação nos processos de trabalho. Essa qualidade de atuar em conjunto é que proporciona poder às equipes. Elas estão gradativamente constituindo unidades fundamentais de energia organizacional, estrategicamente integradas em redes, fazendo com que seus membros abandonem comportamentos excessivamente competitivos, individualistas, egocêntricos e auto orientados para usufruir a ausência de restrições sociais. • As organizações democráticas constituem o melhor contexto para florescimento de equipes bem-sucedidas. Elas requerem um contexto de valores, ética e integridade, envolvendo redes de associação, processos colaborativos e abertos sistemas complexos de autocorreção, além de liderança democrática e comprometida. Participar de uma equipe não significa abandonar a individualidade ou os próprios pontos de vista, mas contribuir para melhorar os produtos, processos e relacionamentos. 

Conforme foi apresentado no final do tópico anterior, as principais diferenças entre grupos de trabalho e equipe que foram apresentadas exemplifica e esclarece a necessidade de entendimento distinto do conceito de equipe e de grupo, principalmente para que não sejam utilizados de maneira intercambiável. 

2.2.1 A competência como fator basilar do líder na gestão de sua equipe 

A competência só se solidifica e só pode ser representada pelo conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que cada indivíduo utiliza para executar uma atividade. Assim, Carbone (2005, p.43), apud MENDONÇA (2013, p. 29-31) afirma que as combinações sinergéticas de conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho profissional dentro de determinado contexto organizacional, que agregam valor a pessoas e organizações. 

Conhecimento O conhecimento se adquire estudando, seja em sala de aula, em casa, sozinho ou em grupo. A única maneira de adquirir um conhecimento é pelo estudo. 

Habilidades Se desenvolvem por meio de exercício. Isto vale tanto para habilidades motoras (por exemplo, dirigir uma empilhadeira) como para intelectuais e afetivas, como negociar, atender um cliente, incentivar pessoas, etc. 


Atitudes As atitudes são respostas de natureza predominantemente inconsciente e são estabelecidas nas interações com o outro semelhante. As atitudes são passíveis de desenvolvimento, entretanto não podem ser apreendidas, nem avaliadas diretamente. As mudanças de atitudes são de ordem subjetiva e só podem ser dimensionadas por meio da mensuração das competências. 

2.3 LÍDERES E SUAS TEORIAS RELACIONADAS 

De todos os processos de relacionamento humano, possivelmente a liderança seja aquele mais importante no que diz respeito a influenciar os componentes de determinados grupos. Consonante com este pensamento está a proposição de Cury, para quem a liderança é: 

(...) um processo que tem como finalidade influenciar as atividades do indivíduo ou de um grupo, nos esforços para a realização de um objetivo em determinada situação. Basicamente, a liderança inclui a realização de objetivos, com pessoas e por meio delas, devendo um líder ocupar-se de tarefas e relações humanas (CURY, 2013, p. 80). 

A liderança é tão importante que está presente nas religiões, nas organizações militares, no esporte, nas instituições de ensino e nos mais diversos tipos de instituições. Por este motivo a pessoa do líder é preponderante para otimizar o desempenho dos componentes dos diversos grupos que compõem as organizações, uma vez que, o líder pode exercer influência nos seus liderados, extraindo deles o que de melhor possuam em força de trabalho.  “A liderança como um ato de inspirar e influenciar pessoas a fazer a coisa certa, de preferência entusiasticamente e visando ao objetivo comum”. (BERNARDINHO 2006, p. 114). A liderança quando exercida de forma eficaz cria condições dentro da equipe para que esta alcance seus objetivos. Está muito ligada nos objetivos das empresas e/ou das pessoas, por isso não pode ser tratada de maneira individual, dando foco somente na qualificação de um indivíduo, pois é necessário ter uma conotação entre os demais indivíduos dentro das organizações, onde se destacará o exercício da influência de uma pessoa sobre as demais. A liderança, não deve ser vista apenas como habilidade pessoal, mas como um processo interpessoal e tem como função juntar elementos de um grupo ou equipe formado por pessoas, para que estejam conectados e possam alcançar os objetivos do grupo, fortalecendo a motivação, onde um líder eficaz sabe como incentivar os elementos de sua equipe. Na teoria das relações humanas, que teve importante contribuição para a formação dos conceitos atuais de liderança, observa-se que a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, sendo essencial em todos os tipos de organização humana, seja dentro ou fora das empresas. No campo da Administração é visível uma ligação com as questões de liderança, já que as lideranças são vitais em todas as funções da Administração, levando a necessidade do administrador conhecer a natureza humana e saber assim, conduzir as pessoas, isto é, liderar. Para reforçar o que foi exposto anteriormente, CHIAVENATO (2003, p.122) nos apresenta a seguir, os ângulos que foram adotados pelos humanistas da Teoria das Relações Humanas sobre os conceitos de liderança:  

1- Liderança como um fenômeno de influência interpessoal. Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. A liderança ocorre como um fenômeno social exclusivamente nos grupos sociais. Ela é decorrente dos relacionamentos entre as pessoas em uma determinada estrutura social. Nada tem a ver com os traços pessoais de personalidade do líder. A influência significa uma força psicológica, uma transação interpessoal na qual uma pessoa age de maneira modificar o comportamento de outra de modo intencional. (...) 2- Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo. O grau em que um indivíduo demonstra qualidade de liderança depende não somente de suas próprias características pessoais, mas também das características da situação na qual se encontra. Liderança é um processo contínuo de escolha que permite à empresa caminhar em direção à sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. O grupo tende a escolher como líder a pessoa capaz de dar maior assistência e orientação (que defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para que alcance seus objetivos. (...) 3- Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados. Liderança é uma função das necessidades existentes em uma determinada situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo. A relação entre líder e subordinados repousa em três generalizações:  • A vida para cada pessoa pode ser vista como uma contínua luta para satisfazer necessidades, aliviar tensões e manter o equilíbrio. • A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é satisfazer por meio de relações com outras pessoas e grupos sociais. 


• Para a pessoa, o processo de usar relações com outras pessoas é um processo ativo – e não passivo – de satisfazer necessidades. (...) 


4- Liderança como processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação.  Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas e grupos, nos esforços para a realização de objetivos em uma determinada situação. (...) A liderança existe em função das necessidades existentes em determinada situação e da conjugação de características pessoais do líder, dos subordinados e da situação. Trata-se de uma abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas essas características. Assim, não há um tipo único e exclusivo para cada situação. 

De acordo com a Teoria das Relações Humanas existem várias teorias sobre liderança que foram classificadas em três grupos, conforme CHIAVENATO (2003, p.122): 

a) Teorias de traços de personalidade  São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma qualidade ou característica distinta da personalidade. Segundo essa teoria, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas.  • Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso.  • Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança.  • Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa. • Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa. 

b) Teorias sobre estilos de liderança  São as teorias que estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras pelas qual o líder orienta sua conduta. Muito importante, enquanto a abordagem dos traços se refere aquilo que o líder é, a abordagem de liderança se refere aquilo que o líder faz, isto é, seu estilo de comportamento para liderar.  Para explicar a liderança por meio de estilos de comportamento destaca-se a seguir o quadro com os três estilos de liderança, sem levar em conta as características pessoais de personalidade: 


Figura 2.1 As diferentes ênfases decorrentes dos três estilos de liderança Fonte: Chiavenato (2003, p. 126) 

Estilo Autocrático Neste estilo de liderança a figura do líder é centralizadora, ou seja, todos os comandos e ações passam por ele, nada pode ser realizado sem a sua anuência ou conhecimento, o foco do líder são as tarefas. Também conhecida como liderança autoritária ou diretiva. E o líder toma decisões por conta própria sem participar ou ouvir a opinião da equipe. No Brasil uma figura que obteve bastante sucesso utilizando este estilo foi o empresário Eike Batista. 

Estilo Democrático Neste estilo de liderança todos têm voz, todos dão suas opiniões e elas são levadas em consideração, a utilidade, dela naquele instante, pode não ser boa, entretanto num momento oportuno sim. Esse estilo de liderança é também conhecido como participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e existe a participação da equipe no processo decisório. 

Estilo Liberal (Laissez Faire) A expressão em francês significa “deixai fazer”. Nesse tipo de liderança, as pessoas possuem mais liberdade no que tange a execução dos seus projetos, o que indica ser uma equipe madura. Aqui a figura do líder praticamente inexiste, pois, o corpo funcional tem autonomia na consecução das tarefas e também a confiança do líder. Aqui ele tem metas e cabe a eles cumpri-las, não há horários formais somente metas, aqui muitas vezes é adotado o sistema de home office.  Quadro 2.1 Os três estilos de liderança  
  Fonte: Chiavenato (2003 p. 125) Na passagem para o século XXI, estudiosos identificaram e focalizaram o estilo motivacional do líder, em mais dois estilos de liderança: a carismática e a transacional. Como são apresentadas na figura abaixo de uma forma sintetizada. 

Quadro 2.2 Dois Estilos de Liderança LIDERANÇA CARISMÁTICA OU TRANSFORMADORA 
 LIDERANÇA TRANSACIONAL Líder inspirador  Líder negociador Líder transformador  Liderança baseada na promessa de recompensa Líder revolucionário  Liderança manipuladora Agente de mudanças   Líder renovador   Fonte: Maximiano (2012). 

Os Três Estilos de Liderança Autocrático Democrático Liberal (laissez-faire) ·   líder fixa as diretrizes sem qualquer participação do grupo. · As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. · Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder. · O líder determina as providências para a execução das tarefas, cada um por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. · O grupo esboça as providências para atingir o alvo e é aconselhado pelo líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates. · A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que os pedissem. · O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho. · A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho. · A divisão das tarefas e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. · O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro. · O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” as críticas e elogios. · O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado. 
  

Liderança carismática É aquela em que o líder causa uma grande impressão nos seus seguidores. Via de regra tal estilo de liderança é comparado com dom divino, heróis, santos, etc. Pois possui características pessoais interpenetradas com o carisma dando um enfoque puramente humano, chegando a ser um estilo muito estudado e importante na atualidade por estar ligado ao comportamento. 

Liderança transacional É aquela que está ligada a interesses, sobretudo às necessidades primárias, dos seguidores. Tem como características, as promessas com recompensas ou ameaças para se obter de seus seguidores o trabalho com a realização de metas atingidas. Tais recompensas podem ser materiais ou psicológicas, sendo que o ideal é que as duas modalidades sejam utilizadas de forma equilibrada, porque produzem efeitos sobre a motivação da equipe e das pessoas que a integram. 

c) Teorias Situacionais de Liderança Procuram ser menos limitadas e simples como as teorias anteriores, pois explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo, partindo do princípio de que não existe um único estilo de liderança válido para toda e qualquer situação e sim que cada situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados. Essa teoria passou a ganhar predominância na tória administrativa, já que é mais atrativo aos administradores por oferecer maiores possibilidades de mudar as situações para adequá-las a um modelo de liderança ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo a situação, servindo a condições mais variadas. A localização de um líder depende da posição estratégica que ele ocupa dentro da cadeia de comunicações e não apenas de suas características de personalidade. Na Liderança Situacional está implícita a ideia de que o líder deve ajudar os liderados a amadurecer até o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-lo, esse desenvolvimento deve ser realizado ajustando-se o comportamento de liderança. Independentemente do nível de maturidade do indivíduo ou grupo podem ocorrer algumas mudanças. Sempre que, por qualquer razão, o desempenho de um liderado começar a regredir e sua capacidade ou motivação diminuir, o líder deverá fazer uma reavaliação do nível de maturidade e dar o apoio socioemocional e a direção apropriada que os liderados necessitarem.  
  
 Figura 2.2 Continuum de padrões de Liderança   Fonte: Chiavenato (2003, p. 127) 

No gráfico anterior, o comportamento localizado no lado extremo direito denota o administrador que mantém um alto grau de controle sobre os subordinados, enquanto o comportamento localizado no lado extremo esquerdo denota o administrador que permite ampla liberdade de ação para os subordinados. Nenhum dos extremos é absoluto, pois autoridade e liberdade nunca são ilimitadas. Para que o administrador escolha qual o padrão de liderança que desenvolverá em relação aos seus subordinados, ele deve considerar e avaliar três forças: • Forças no administrador, como: seu sistema de valores e convicções pessoais; sua confiança nos subordinados; suas inclinações pessoais a respeito de como liderar; seus sentimentos de segurança em situações incertas. • Forças nos subordinados, como: sua necessidade de liberdade ou de orientação superior; sua disposição de assumir responsabilidade; sua segurança na incerteza; seu interesse pelo problema ou pelo trabalho; sua compreensão e identificação do problema; seus conhecimentos e experiência para resolver o problema; sua expectativa de participação nas decisões. 
    

• Forças na situação, como: o tipo de empresa, seus valores e tradições, suas políticas e diretrizes; a eficiência do grupo de subordinados; o problema a ser resolvido ou a complexidade do trabalho; a premência de tempo. 

Da abordagem situacional, podem-se inferir as seguintes proposições:

 a) Quando as tarefas são rotineiras e respectivas, a liderança é geralmente limitada e sujeita a controles pelo chefe, que passa a se situar num padrão de liderança próximo ao extremo esquerdo do gráfico. 

b) Um líder pode assumir diferentes padrões de liderança para cada um de seus subordinados, de acordo com as forças acima. 

c) Para um mesmo subordinado, o líder também pode assumir diferentes padrões de liderança, conforme a situação envolvida. Em situações em que o subordinado apresenta alto nível de eficiência, o líder pode dar-lhe maior liberdade nas decisões, mas se o subordinado apresenta erros seguidos e imperdoáveis, o líder pode imporlhe maior autoridade pessoal e menor liberdade de trabalho. 

A mais antiga explicação de liderança é a abordagem genética, a crença de que a habilidade de liderança é transmitida geneticamente. A frase "um líder é inato, não feito" resume essa abordagem. A força da abordagem genética é que ela prontamente explica as origens da liderança: se você é um líder é porque você herdou genes de liderança ou de sua mãe ou de seu pai ou de ambos. A "Teoria de Características da Liderança", seriamente investigada após a Segunda Guerra Mundial, continua a ser muito popular nos dias de hoje, e os livros de líderes bem-sucedidos continuam no topo da lista dos best-sellers. A teoria de características da liderança, que também é uma teoria genética, não é amplamente aceita nos dias de hoje, mas continua a ser usada em alguns sistemas de avaliação de desempenho do funcionário. Finalmente, a "Teoria da Liderança Genética" fracassou porque o mundo mudou. Houve um declínio nas habilidades de liderança entre a realeza europeia, mudança essa pequena comparada com o surgimento de uma liderança industrial nos séculos XVIII e XIX. Homens e mulheres que não pertenciam à realeza conseguiram poder e influência devido as suas habilidades pessoais e criatividade. A teoria genética não pôde explicar adequadamente por que esses indivíduos chegaram a posições de liderança. Para Lacombe os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém. 

2.4 CARACTERÍSTICAS DOS LÍDERES 

Um líder deve ser hábil em estabelecer propósito, visão e valores aos seus liderados, se forem considerados somente dentro da empresa, deveria se levar em conta o nível de maturidade da equipe, mas como a personalidade de um líder não estabelece limites ao usar propósito e paixão em sua liderança, a vida pessoal e profissional passa a ser uma só. Dessa forma os aspectos pessoais e profissionais do líder devem estar sincronizados no que se referem a propósitos, visões e valores tanto na sua vida pessoal quanto dentro da organização, para reforçar isso temos a afirmação de Gail Sheehy (2003) apud KORDIS e RIBEIRO (2004, p.78): “O segredo de um líder está nos desafios que ele enfrenta ao longo da sua vida e nos hábitos de ação que, enfrentando-os ele adquire”.  

Figura 2.3 Eneagrama da estrutura de liderança  Fonte: Kordis e Ribeiro (2004, p. 72) 
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Comprometimento (1) O comprometimento nos remete a criar a energia fundamental para realizar e concretizar tudo que é proposto, respondendo tanto pela sua participação no planejamento como na participação de mediadores e pela realização do que estiver sendo planejado. Isso nos remete, no eneagrama, ao impulso do ponto 01 até o ponto 04. 

Realidade (4) O líder precisa estabelecer constante e ajustado o contato com a realidade, não basta apenas buscar a sua percepção, mas também é preciso buscar como a percepção é percebida pelos outros, procurando sempre observar de forma concreta. Esse é o caminho em direção a uma meta. Isso nos remete, no eneagrama, ao ponto 04 e a interação com a realidade remete ao ponto 02. 

Comunicação (2) A efetividade da comunicação de um líder está diretamente ligada aos resultados que ele obtém e isso torna essencial saber utiliza-la de maneira adequada, o que resultará através dela seus resultados. A comunicação exercida de maneira eficaz ocorre quando existe um vocabulário comum e dessa forma o líder necessita reconhecer o canal de comunicação, identificando se são visuais, auditivos ou cenestésicos. 

Quadro 2.2 Eneagrama Visuais Auditivas Cenestésicas • Pessoas que pensam, em sua maioria, por meio de imagens e assimilam melhor as orientações quando lhes são apresentados gráficos e diagramas. 
 • Pessoas que aparentam dispersão, mas captam e assimilam com facilidade tudo que ouvem, pois têm a capacidade de abstração bem desenvolvida. • Pessoas que não se satisfazem em ouvir nem ver as orientações, necessitando manusear papéis ou estabelecer contato físico com o material. 
Fonte: Kordis e Ribeiro (2004, p. 99) 

O líder deve ter extrema clareza ao disseminar aos liderados suas orientações. É preciso desenvolver o dom de adaptar sua mensagem às necessidades, preocupações e vocabulário de todos aqueles com os quais terá de interagir. Isso nos remete, no eneagrama, ao ponto 02, onde a comunicação e a parceria remetem ao ponto 08. 

Assertividade (8) Também conhecida como firmeza e autoridade, a assertividade é a arma para que o líder faça e aconteça. Ela é complementada pela intuição, que irá permitir tomar decisões corretas com dados inacabados. Isso nos remete, no eneagrama, ao ponto 08, onde a autoridade e o poder remetem ao ponto 05. 

Integridade (5) É a característica que o líder possui de refletir valores pessoais, que são imprescindíveis, na sua linguagem e no seu comportamento, firmando seu comprometimento com a verdade, valores e transparência. O grau de confiança resulta da comunicação e comportamentos íntegros que as pessoas têm para com o líder. Isso se refere, no eneagrama, ao ponto 05, onde a individualidade e finalização de processos remetem ao ponto 07. 

Avaliação (7) É extremamente essencial para o líder analisar seu planejamento, independentemente dos resultados. Essa revisão resulta no aumento da segurança da equipe e faz elevar a confiança ao líder. Isso nos remete, no eneagrama, ao ponto 07, onde o planejamento e o aperfeiçoamento remetem de volta ao ponto 01, reiniciando o ciclo 

2.5 AS DIFERENÇAS ENTRE CHEFIAR E LIDERAR 

E quando falamos de liderança, destacam-se as diferenças que existem chefes de líderes, em relação de como são as bases que assentam-se as motivações das pessoas que fazem parte da equipe numa empresa, ou seja, chefes são diferenciados dos líderes em razão da capacidade de inspirar ou influenciar, adequando a liderança a uma autoridade informal e o chefe a uma autoridade formal. Destacamos tais diferenças da seguinte maneira: 


Quadro 2.2 Diferenças entre chefiar e liderar Chefes Líderes 
Fundamenta-se em leis aceitas de comum acordo, que criam figuras de autoridade dotadas do poder de comando. 
Fundamenta-se na crença dos seguidores a respeito das qualidades do líder e de seu interesse em segui-lo. 

O seguidor obedece à lei incorporada na figura de autoridade, não à pessoa que ocupa o cargo. 
O seguidor obedece ao líder e à missão que ele representa. 
A lei é o instrumento para possibilitar a convivência social. 
O líder é o instrumento para resolver problemas da comunidade. 
A autoridade formal é limitada no tempo e no espaço geográfico, social ou organizacional. Os limites definem a jurisdição da autoridade. 
A liderança é limitada ao grupo que acredita no líder ou precisa dele. Os limites da liderança definem a área de influência do líder 
A autoridade formal é temporária para a pessoa que desempenha o papel de figura de autoridade. 
A liderança tem a duração da utilidade do líder para o grupo de seguidores. 

A autoridade formal inclui o poder de forçar a obediência das regras aceitas para a convivência. 
Os líderes têm o poder representado pela massa que os segue. 
A autoridade formal é atributo singular 
A liderança é produto de inúmeros fatores. Não é qualidade pessoal singular. 
Fonte: Maximiano (2012) 

De acordo com o quadro apresentado, fica de fácil esclarecimento as diferenças de um chefe para um líder, onde destaca-se como a principal a forma que os liderados ou chefiados executam suas ordens e suas funções. Através desse fato fica evidente que a determinação apresentada pelas pessoas na execução de suas tarefas, quando lideradas, as fazem com maior motivação e com um entendimento e importância maior sobre seu papel na organização. Dessa forma conclui-se até aqui as principais caracteristicas que permeam o tópico da liderança na presente pesquisa, que serve como base para o que será desenvolvido no processo capítulo. 


3 A VISÃO DO LÍDER EMPREENDEDOR  

Dentre o que foi apontado anteriormente quanto aos estilos de liderança e suas transformações, será destacado as caraterísticas de Howard Schultz, criador do  StarBucks empresa multinacional com a maior cadeia de cafeterias do mundo e o que o apontam como um líder empreendedor, onde o que se pode já afirmar é sua importância dentro do cenário global. 

3.1 PERFIL HISTÓRICO DE HOWARD SCHULTZ 

Em 1981, Howard Schultz (presidente, CEO e presidente do conselho da Starbucks) entrou pela primeira vez em uma loja Starbucks. Já no primeiro copo de Sumatra2, Howard ficou empolgado com a empresa, na qual ingressou um ano mais tarde. Howard Schultz passou por dificuldades na infância já que aos 07 anos de idade seu pai ficou sem emprego após sofrer um acidente, sem seguro toda a família passou a e unir para manter as despesas da casa. Sua mãe então, grávida de 07 meses também não podia trabalhar o que aumentou as dificuldades. Mesmo com todas essas adversidades Howard conseguiu ingressar na faculdade e assim passou por alguns empregos chegando até a Starbucks. 

Figura 3.1 Howard Schultz Fonte: starbucks.com.br 
                                                 2 Um café de corpo intenso, aroma e sabor terroso e deliciosamente encorpado. Produzido com grãos da região Ásia/ Pacífico. Ele é encorpado e amanteigado, praticamente sem acidez, de modo que a intensidade e o sabor do café se prolongam na boca. Em sua melhor forma, não há como confundir os toques herbáceos concentrados e o aroma de terra – marcas características que esta bebida tão apreciada possui. 


Naquela época, a empresa era uma única loja no histórico Pike Place Market de Seattle. Em sua fachada estreita, a Starbucks oferecia alguns dos melhores cafés em grãos inteiros recém-torrados do mundo. O nome, inspirado em Moby Dick, evocava o romance do alto-mar e a tradição dos navegadores que primeiro comercializaram o café. 


Figura 3.2 Fachada da Starbucks em Austin, no Texas (EUA) Fonte: economia.ig.com.br 

Um ano depois, em 1983, Howard viajou para a Itália e se encantou com as cafeterias italianas e o aspecto romântico da experiência de tomar café. Ele teve a visão de levar a tradição das coffehouses italianas para os Estados Unidos. Um lugar para conversar, com um senso de comunidade. Um lugar intermediário entre trabalho e casa. Howard saiu da Starbucks por um breve período para abrir sua própria cadeia de cafés, Il Giornale, e retornou em agosto de 1987 para comprar a Starbucks com ajuda de investidores locais, o início não foi fácil pois conversou com 242 pessoas diferentes, ouvindo não de 217 delas. Desde o início, a Starbucks se propunha a ser um tipo de empresa diferente, que não apenas celebrava o café e sua rica tradição, mas também trazia um sentimento de conexão. 


Atualmente, com mais de 15 mil lojas em 50 países, a Starbucks é a mais importante empresa mundial de torrefação e venda de café especial. E, com cada xícara, nos esforçamos para dar vida ao nosso legado e a uma experiência excepcional. 

3.2 A EMPRESA STARBUCKS 

A Starbucks possui a seguinte missão: “Nossa missão é inspirar e nutrir o espírito humano – uma pessoa, uma xícara de café e uma comunidade de cada vez”. Em sua essência, é uma grande verdade dizer que a Starbucks adquire e torra cafés em grãos inteiros de alta qualidade. Como próprio SCHULTZ afirma: “Em toda parte, nossas cafeterias atraem os apreciadores de café. Por que eles insistem em vir à Starbucks? Porque sabem que sempre podem contar com um serviço autêntico, uma atmosfera convidativa e uma excelente xícara de café habilmente torrado e ricamente preparado”. Desta forma a empresa faz com que se espere mais do que um café, além de oferecer chás Tazo® especiais, doces finos e outros, e complementam o ambiente com músicas de certas qualidades artísticas. Os perfis de seus consumidores são de pessoas que vêm à Starbucks para bater papo, se reunir ou trabalhar, sendo assim um ponto de encontro e uma parte da rotina diária de cada um.  Estes são os princípios que norteiam a Starbucks no dia a dia: 

1) O café  Sempre foi e sempre será uma questão de qualidade. Somos apaixonados por obter os mais refinados grãos de café de maneira ética, fazer a torrefação deles com muito cuidado e melhorar a vida das pessoas que os cultivam. Nós nos preocupamos muito com tudo isso; nosso trabalho nunca termina. 
2) Os partners Somos chamados de partners porque não é somente um emprego, é nossa paixão. Juntos, nós abraçamos a diversidade para criar um lugar onde cada um de nós pode se sentir à vontade. Sempre tratamos uns aos outros com respeito e dignidade. E cobramos uns dos outros o cumprimento desse princípio. 
3) Os clientes  Quando estamos totalmente envolvidos, nos conectamos com nossos clientes, rimos com eles e melhoramos suas vidas – ainda que só por alguns instantes. Certamente, tudo começa com a promessa de uma bebida preparada com perfeição, mas nosso trabalho vai muito além disso. Na verdade, trata-se de conexão humana. 
4) As lojas  Quando nossos clientes se sentem integrados ao local, nossas lojas se tornam um refúgio, uma pausa nas preocupações do dia a dia, um lugar para encontrar os amigos. A ideia é saborear o momento ao ritmo da vida – algumas vezes mais lento, outras mais acelerado. Sempre repleto de humanidade. 
5) A comunidade  Cada loja é parte de uma comunidade, e nós levamos a sério a responsabilidade de sermos bons vizinhos. Queremos ser bem-vindos nos lugares em que fazemos negócios. Podemos ser a força por trás de ações positivas, aproximando nossos partners, nossos clientes e a comunidade para contribuir todos os dias. Agora vemos que nossa responsabilidade – e nosso potencial positivo – é ainda maior. O mundo espera que a Starbucks estabeleça o novo padrão, outra vez. E seremos os líderes. 
6) Os acionistas  Sabemos que, ao obter êxito em cada uma dessas áreas, temos o tipo de sucesso que recompensa nossos acionistas somos totalmente responsáveis por aprimorar cada um desses elementos, para que a Starbucks – e todos os que estão à sua volta – possam perseverar e prosperar. 
7) Declaração de responsabilidade social Starbucks  A Starbucks está empenhada em um papel de liderança ambiental em todas as facetas do negócio. 

A Starbucks estabelece a sua missão baseando-se em compromissos conforme a seguir: “Nós cumprimos essa missão através dos seguintes compromissos”: • Compreender as questões ambientais e compartilhar informações com nossos partners (funcionários). • Desenvolver soluções inovadoras e flexíveis que desencadeiem mudanças. • Comprar, vender e usar produtos ecologicamente corretos. • Reconhecer que a responsabilidade financeira é essencial para nosso futuro ambiental. • Incutir a responsabilidade ambiental como um valor corporativo. • Medir e monitorar o progresso de cada um de nossos projetos. • Incentivar todos os partners a compartilhar a missão da Starbucks. 


3.2.1 A busca pela Qualidade 

Para a Starbucks o café excepcional só pode vir de grãos excepcionais. Assim,  os grãos de café Arábica Starbucks são diferentes dos grãos de café Arábica normais, já que a cada etapa, percorre-se distâncias maiores para ter certeza que os grãos atentem aos mais altos padrões de qualidade. Como observa-se a seguir: 

Quadro 3.1: As cinco regras seguidas pela Starbucks 
1) Nós vamos aonde os melhores grãos estão: altitudes elevadas. Os melhores grãos crescem em altitudes mais elevadas. As noites frias e dias quentes criam grãos mais densos. E grãos mais densos tem sabores mais profundos e complexos. Prove-os em cada xícara do café Starbucks. 
2) Fazemos tudo por um excelente café 
Assim, se podemos ajudar um produtor a obter melhores grãos, nós o ajudaremos. Qualquer produtor, em qualquer lugar. Para isso, temos centros de apoio aos produtores nos quatro continentes onde nossos agrônomos testam solos, examinam amostras e oferecem aconselhamento gratuito, para os nossos produtores de café. 
3) Cultivamos relacionamentos 
O futuro do café está entrelaçado com o futuro dos produtores de café. Então, cultivamos estes relacionamentos da mesma forma que eles cultivam seus grãos. Trabalhamos para proporcionar aos produtores um preço justo e para ter certeza que todos na comunidade possam se beneficiar da indústria do café. Isto conduz a um melhor meio de vida para os produtores, e uma melhor xícara de café para todos nós 
4) Somos muitos exigentes na colheita 
Somente colhemos os frutos do café quando eles estão no seu auge. Vermelhos, maduros e perfeitos. Após isso, os classificamos repetidas vezes por tamanho, cor e densidade. Nossa tolerância com defeitos? Quase zero. Algumas pessoas devem nos chamar de obsessivos. Nós chamamos isso de um excelente café. 
5) Provamos - de novo, novamente e mais vezes 
Provamos mais de 1.000 xícaras de café por dia para verificar o sabor superior que todos nós (inclusive você) esperamos. Um lote de café é provado ao menos três vezes antes de ser aprovado, assim a cada vez que você toma um gole de café Starbucks, irá se apaixonar Fonte: starbucks.com.br 
   

3.3 HOWARD SCHULTZ O LÍDER EMPREENDEDOR 

De acordo com o que foi apresentado nos capítulos anteriores, será abordado quais características determinam a definição do líder empreendedor Howard Schultz, que pegou um segmento comum como o ato de tomar um simples café em uma marca respeitada que ultrapassou fronteiras através de uma disciplina financeira, eficiência e um foco no regresso das origens da empresa.  Conforme foi destacado no capítulo 01, o empreendedor faz as coisas acontecerem e quando se observa a trajetória de Howard Schultz podemos ter esta certeza pois mesmo quando foi desligado da empresa por seus fundadores não aceitarem suas ideias de melhorar a experiência dos clientes com o café, ele não deixou de pensar na Starbucks, tanto é que 02 anos depois de seu desligamento ele comprou a empresa, assumindo assim o comando da operação e enfim colocar suas ideias em práticas, as mesmas ideias que o fizeram ser demitido no passado. Como sua característica marcante procurou ter a sensibilidade de fazer não só o café ter uma qualidade peculiar e sim todo o ambiente, tendo preocupação pelo design das lojas, o cuidado com seus fornecedores e uma atenção especial junto aos seus partnes, como gosta de chamar seus funcionários e cuidar das suas satisfações já que recentemente a empresa anunciou que irá pagar a mensalidade da faculdade dos funcionários, além de já receberem seguro de saúde.  Características como essas não se restringem somente ao lado empreendedor de Howard Schultz, como também ao seu lado líder, em procurar fazer que não cresça somente a empresa e sim junto a ela seus funcionários e fornecedores. Conforme pode-se observar uma característica de liderança que é: 
Os bons líderes levam outros consigo para o topo. Promover a ascensão de outros é requisito fundamental para a liderança eficaz. Isso é bem difícil de fazer quando o líder se mantém distante, pois desconhece as necessidades dos liderados, dos sonhos que eles desejam realizar nem lhe sente a pulsação. Além disso se não há resultado visível dos esforços da liderança, será preciso mudar o líder. (MAXWELL 2008, p.15). 

Ainda em referência ao capitulo 01 CHIAVENATO (2004) e DORNELAS (2015) apontam características presentes em Schultz como a pessoa que inicia e opera um negócio com a intenção de realizar uma ideia ou um projeto pessoal, assumindo todos os riscos e com pensamentos de inovação constante, buscando assim envolver todas as pessoas envolvidas em um conjunto de processos, afim de torna as ideias, oportunidades que levam a criação de negócios de sucesso. Como vimos de Schumpter (1949) apud CHIAVENATO (2004) o empreendedor destrói a ordem econômica existente, mesmo não introduzindo um novo produto no mercado Schultz inseriu um novo modelo de serviço para servir café, preservando e potencializando a qualidade e agregando um ambiente diferenciado como característica de sua marca. Desta forma o que se pode ressaltar também como característica de Schultz em seu perfil comportamental é sua motivação e sua alto confiança em dirigir o negócio. Dentre as características destacadas no capitulo 01 pode-se afirmar que o processo empreendedor é marcante em Schultz pois em seu processo de criação ele procurou criar algo diferente oferecendo algo diferenciado ao mercado, dessa forma a força de vontade, o comprometimento e a busca pelo êxito e a criação novas possibilidades e novos horizontes marcam seu lado empreendedor, assumindo assim todos os riscos com cuidado e atenção as mudanças no mercado. Em seu processo empreendedor soube identificar e avaliar a oportunidade e assim desenvolver o plano de negócios para determinar e captar os recursos necessários tornando-o real seu sonho e gerenciando seu negócio como sempre quis, com talento e dedicação. A seguir destaca-se as melhores citações de Howard Schultz, encontradas no jornal do empreendedor, que fazem dele um grande empreendedor: • A Starbucks representa algo além de uma xícara de café. • Há uma ligação direta entre a forma como eu cresci e como nós tentamos construir a Starbucks. • Nós olhamos para a marca não como uma peça de publicidade, mas tudo o que fazemos comunica que a Starbucks é. O local, o ambiente físico realmente se tornou uma extensão da marca e é muito importante para o sucesso da empresa. • A maioria dos nossos clientes fazem a sua própria bebida. Tornamos esse processo algo divertido. • Nossa missão sobre o tratamento de pessoas com respeito e dignidade não são apenas palavras, mas um credo de que vivemos todos os dias. • Temos uma grande oportunidade na China… nós achamos que o número de lojas lá pode rivalizar diretamente com o número de lojas dos Estados Unidos. 


• O ponto de entrada para a experiência Starbucks tem sido muito mais uma experiência social, em vez de uma competição entre café e chá. • Sucesso nos Estados Unidos não significa que seremos um sucesso na China. Você tem que ir lá e fazer por merecer. • Acreditávamos muito cedo que a interação das pessoas com a experiência Starbucks ia determinar o sucesso da marca. A cultura e os valores da forma como nos relacionamos com nossos clientes, que se reflete na forma como a nos relacionamos com nossos funcionários determina o nosso sucesso. • Um dos aspectos fundamentais da liderança, percebi mais e mais, é a capacidade de incutir confiança nos outros quando você mesmo está se sentindo inseguro. • Sonhe mais do que as pessoas achem ser prático. Espere mais do que os outros acham ser possível. • Arrisque mais do que os outros pensam ser seguro. • O desafio do negócio de varejo é a condição humana. • Os empreendedores devem amar o que fazem, a tal ponto que vale a pena fazer o sacrifício e às vezes, a dor. • As marcas mais poderosas e duradouras são construídas a partir do coração. Elas são reais e sustentáveis. Seus fundamentos são mais fortes porque elas são construídas com a força do espírito humano e não por uma campanha publicitária. 

Dentre as características de liderança, ao longo da pesquisa, sempre surge a palavra influencia, e pode-se afirmar que Schultz possui a capacidade de influenciar as pessoas já que se observa nas regras da empresa e nas suas decisões a preocupação com as pessoas, fazendo com que as mesmas possam desenvolver percepções e confiança no líder que segue. Isso se torna mais fácil pelas competências que Schultz apresenta, mostrando ter conhecimento do negócio com atitudes adequadas e habilidade para negociar e incentivar as pessoas a acreditarem em suas ideias. Nesse processo de liderança demostrado Schultz demonstra uma preocupação com os componentes de sua equipe procurando sempre influenciar as atividades de cada indivíduo na realização de suas funções, sem deixar de lado o lado pessoal, ao investir em seus funcionários com benefícios que incentivam suas qualificações. 


Através desse conceito Schultz atua através da liderança buscando inspirar seus funcionários e os influenciarem a fazer o melhor, formando assim um objetivo comum que é fazer não somente o negócio crescer, mas também as pessoas envolvidas no seu negócio, com dignidade e respeito entre toda a sua equipe. A Starbucks está empenhada em um papel de liderança ambiental em todas as facetas do negócio, para isso, demonstra uma relação com seus fornecedores visando não somente os negócios, mas a criação de laços que os fazem praticamente funcionários da empresa. Com isso observando os conceitos dos estilos de liderança do século XXI observa-se em Schultz características que foram destacadas antes no estilo de Liderança Carismática ou Transformadora. De forma carismática ele causa uma grande impressão em seus subordinados, pois demonstra um lado extremamente humano, além de ser um transformador, pois revolucionou na Starbucks o ato de tomar uma xícara de café, revolucionando seu negócio e sendo um agente de mudança, ou seja, um líder renovador. Dentre tudo que foi abordado até aqui pode-se afirmar que Schultz foi hábil em estabelecer proposito, visão e valores, sincronizando seus aspectos pessoais e profissionais, conforme Gail Sheehy (2003) apud KORDIS e RIBEIRO (2004, p.78), concluiu: “O segredo de um líder está nos desafios que ele enfrenta nos desafios de sua vida e nos hábitos de ação que, enfrentando-os ele adquire”. Dessa forma, aponta-se como o fato mais marcante em Schultz, pois mesmo no período em que ficou fora do negócio quando foi demitido, nunca ele deixou a empresa e moveu toda a sua vida para voltar ao negócio com força suficiente para colocar tudo que acreditava em prática, ou seja, a visão que sempre tinha de onde a Starbucks poderia chegar. Em sua caminhada Schultz mostrou o comprometimento que pudesse criar a energia fundamental para concretizar seu sonho, estabelecendo assim um caminho em direção a uma meta usando a sua sensibilidade e sua percepção, mas fundamentalmente buscando que os outros percebessem sua essência e ideal. Não se pode deixar de citar a efetividade em sua comunicação, que pode dar maturidade a equipe e clareza em disseminar aos liderados o caminho para se chegar aos resultados. Schultz também soube fazer acontecer usando sua assertividade e intuição para tomar as decisões corretas para que pudesse refletir seus valores pessoais com integridade para que pudesse transportá-la para dentro da organização, para chegar ao grau de confiança necessário na criação da essência do seu negócio. 
     
Sem deixar de lado as mudanças e seus efeitos foi essencial sua capacidade de analisar seu planejamento e assim pode-se apontar Schultz como um líder transformador, capaz de conduzir o negócio para o futuro. 

  


CONCLUSÃO 

O espírito empreendedor está presente em todas as pessoas, não quer dizer que uma pessoa precise ser dona de uma empresa ou fazer parte de um negócio próprio, pois empreender vai além do ambiente organizacional pois pode ser utilizado em projetos pessoais, seja quando reduzimos os custos de nossa própria residência ou quando de certa forma arrumamos um jeito novo para mudar algo. Ao ato de empreender sempre há riscos que devem ser assumidos pelo empreendedor independentemente de empresa, negócio ou projeto pessoal. Conforme observou-se na presente pesquisa quando CHIAVENATO (2004) define empreendedor como sendo a pessoa que inicia e opera um negócio com a intenção de realizar uma ideia ou projeto pessoal, desta forma assume os riscos e as responsabilidades envolvidas no percurso, buscando inovação constante. Há casos que o fato de empreender oferece novas possibilidades no mercado como, novas vagas, novos produtos ou serviços, não deixando de ser exclusividade para uma organização já consolidada uma opção se obter renda e sustento. Fator esse que pode contribuir para movimentos econômicos favoráveis a economia e mudanças no mercado. É marcante no empreendedor, de forma ampla, a necessidade de realização, vontade excessiva, comprometimento e autoconfiança, pois o estímulo de sua motivação está ligado as realizações na vida pessoal, pois quanto melhor sucedido for o empreendimento melhor será a realização, já que sua atuação é abrangente e envolve diversas atividades e funções no negócio. O fato de se liderar proporciona ao empreendedor liberdade para tomar as decisões e enfrentar as mudanças, e lidar com os fatores Pessoais, externos, ambientais, sociais e organizacionais, por não ter uma estrutura organizacional rígida, que necessita de processos mais longos para uma determinada mudança ou processo de inovações, mais ágeis pelo empreendedor, facilitando as inovações.  Conforme viu-se em MARIANO (2012) inovar é essencial para a sobrevivência e aprimoramento das organizações, sem a inovação não é possível responder as mudanças que ocorrem na sociedade e aprimorar a maneira de realizar sua atividade, sendo fundamental para o empreendedor conhecer o cenário em que se encontra para detectar fatores que possam influenciar no processo de inovação. 
    
Não basta apenas ser empreendedor, precisa-se associar os fatores essências de liderança para tornar o negócio com maior longevidade, saber conduzir pessoas é extremamente crucial para essa longevidade, pois as pessoas são a essência da sociedade e ao conduzi-las o líder deve apontar um caminho em direção a conquista de determinadas metas, e desta forma, em equipe alinhando visão e o percurso a seguir para se chegar a um determinado objetivo, através das pessoas que são inspiradas a desenvolver percepções. Quanto ao seu papel de gestor, atingir resultados com a construção e desenvolvimento de uma relação de confiança com os demais membros da equipe, associados a competência, que só se solidifica e só pode ser representada pelo conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que cada indivíduo utiliza para executar uma atividade.  A maior prova do fator líder ser importante, como viu-se na teoria das relações humanas é observar que a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, sendo essencial em todos os tipos de organização humana, seja dentro ou fora das empresas.  Como foi dito no início da conclusão os aspectos pessoais se misturam aos aspectos profissionais do empreendedor, nesse contexto um líder não estabelece limites em usar seu propósito e paixão na liderança de seu negócio e a vida pessoas e profissional, de certa forma passar a ser uma só, cabendo ao líder empreendedor abraçar seu propósito, sua visão e seus valores. Dentre esses valores mencionados o negócio utilizado para o estudo de caso para a presente pesquisa, no caso a Starbucks do empreendedor Howard Schultz pode-se observar com destaque as menções que o mesmo faz em utilizar valores adquiridos ao longo de sua vida em seu cenário profissional e de certa forma transformando a Starbucks em sua vida. Para isto basta observar-se na condução da empresa sua preocupação com as pessoas, meio ambiente e sua ligação com a vida pessoal, quando Schultz fala em relação a missão destaca-se o tratamento as pessoas com respeito e dignidade e que deve ser cumprido e praticado diariamente.  Além da missão observa-se em Schultz que a sua infância e a sua vida ainda hoje estão presentes em sua forma de construir a Starbucks e como foi falado a importância da confiança na liderança o mesmo usa esse fator como determinante para o sucesso de sua companhia, quando diz: “Um dos aspectos fundamentais da liderança, percebi mais e mais, é a capacidade de incutir confiança nos outros quando  você mesmo está se sentindo inseguro. Os empreendedores devem amar o que fazem, a tal ponto que vale a pena fazer o sacrifício e às vezes, a dor”. O processo de liderança demostrado Schultz demonstra uma preocupação com os componentes de sua equipe, seus fornecedores e o meio ambiente. Tanto é que a Starbucks se empenha em um papel de liderança ambiental. Com perfil carismático Howard Schultz causa uma grande impressão em seus subordinados, com sua humanidade, além de ser um transformador, pois revolucionou na Starbucks o ato de tomar uma xícara de café, revolucionando seu negócio e sendo um agente de mudança, um líder renovador e um líder empreendedor. O que se viu até aqui é que um dos conceitos apresentados na pesquisa, determina que o segredo de um líder está relacionado aos desafios que ele enfrenta ao longo de sua vida, e pode-se afirmar neste sentido que Howard Schultz os enfrentou, porém o que fez ele ser diferente de todos os desafios que enfrentamos na vida? Foi o fato de que os hábitos de ação que ele adquiriu ao enfrenta-los se tornou um diferencial em sua conquista. Com tudo isso, será que ainda é difícil perceber o quanto é importante a liderança em sua principal essência, que é inspirar os outros a fazer melhor e ser o melhor que se pode ser? Já o que vemos é as pessoas dizendo que são melhores sem realmente serem. 






REFERÊNCIAS 

BERNARDINHO. Transformando suor em ouro. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. 

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000. 

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CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: A Dinâmica do Sucesso das Organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Manole, 2013. 

CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2013. 

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 

HISRICH, Robert D. “Entrepreneurship and intrapreneurship: methods for creating new companies that have an impact on the economic renaissance of an area”. In Entrepreneurship, Intrapreneurship, and Venture Capital. ed. Robert D. Hisrich (Lexingt, MA: LexingtonBooks, 1986), p. 96. 

KORDIS, Paul; RIBEIRO, Lair. Uma Janela no Futuro: Mudar para Permanecer. São Paulo: Temas de Hoje, 2004. 

LONGENENECKER,J. G.; MOORE, C. W.; PETTY,J.W. Administração de pequenas empresas: ênfase na gerência empresarial. São Paulo: Pearson, 2004. 

MARIANO, Sandra Regina de Holanda; Mayer, Verônica Feder. Empreendedorismo: Fundamentos e técnicas para a criatividade. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 

MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2012 

MAXWELL, John C., O livro de ouro da liderança: O maior treinador de líderes da atualidade apresenta as grandes lições de liderança que aprendeu na vida. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008 



MENDONÇA, Márcia Furtado de. Gestão e liderança. Rio de Janeiro: FGV, 2013. 

A Starbucks. Disponível em: <https://www.starbucks.com.br>. Acesso em 15 nov. 2017 

As melhores citações de Howard Schultz. Disponível em: <https://jornaldoempreendedor.com.br/destaques/inspiracao/as-melhores-citacoesde-howard-schultz/>. Acesso em: 26 nov. 2017. 

Fachada da Starbucks em Austin, no Texas (EUA). Disponível em: <https://www. economia.ig.com.br>. Acesso em 03 dez. 2017.