Hoje, 05 de janeiro de 2015, aconteceu algo que me transbordou o peito de tal forma que é difícil conter os olhos. Meu grande Amigo, Júlio.
Acabei de ver muitos comentários e homenagens nas redes sociais, palavras e mais palavras...cada um a sua forma e minha forma é essa, como foi ao decorrer de nossa amizade que posso pegar o título emprestado de "Anos Incríveis".
Conheci Júlio desde de que me entendo por gente, mas na forma de amizade foi por volta dos meus 10, 11 anos, quando na necessidade de um reforço escolar, ele foi meu professor. Onde nos primeiros contatos, fomos além do aluno e professor e nos tornamos amigos. Amigo que mostrou o futebol de botão, nas velhas partidas de 10 gols.
Com tempo, fomos além e esse cara me mostrou um outro lado do cinema e me incentivou a abrir os olhos de uma maneira diferente para entender a sétima arte. Algo que na minha primeira apresentação na faculdade me fez utilizar um velho filme: "Tempos Modernos" de Charles Chaplin para explicar algumas das Teorias da Administração e ter algo como um grande filme sendo exibido, uma grande criação, uma grande obra...que foi o brilho nos olhos dos que assistiam. O mesmo brilho que assistimos juntos a muitos filmes e assistimos também a companhia de novos amigos que vieram na bagagem da amizade desse grande amigo: Paulo e Márcio (e muitos outros).
Com isso a turma cresceu, e eu e Júlio continuamos na particularidade de ouvir nas rádios os inúmeros jogos do Flamengo, nosso querido Mengão. Vibramos juntos muitas vezes como também xingamos muito e comemoramos muitos títulos aos berros e gritos ensurdecedores, onde alguns anos depois, mantivemos o ritual acompanharmos os jogos do Flamengo juntos, só que agora na TV a cabo. Isso fez o ritual se adaptar, mas sempre usarmos essa "desculpa" de podermos fazer algo em comum que pudesse expressas os momentos de amizade que as vezes a vida faz ser tão escassos.
Tivemos muitas alegrias e jogamos muitos jogos dos mais variados...banco imobiliário, jogo da vida, baralho (o preferido era o buraco e a copas foras que valia beber um copão dágua para quem perdesse e cachaça nas noite de muito frio).
Tenho o orgulho de onde você chegou aqui na terra, nos projetos cinematográficos, na honra e o prazer que me deu de participar de seu filme "Enchente" e de ler em primeira mão muitos de seus contos e livros.
Cada vez que folear um livro, uma revista em quadrinhos, ver um filme, anotar no meu caderno de filmes mais um filme assistido (mania que aprendi com ele) e lembrar da amizade da forma mais superior vou lembrar de você, meu grande amigo Júlio. O irmão de pais diferentes, o amigo sempre disponível e essas lembranças em cada ato em cada gesto lembrarei de você, porém a partir de hoje, infelizmente tenho que olhar a palavra saudade de uma outra forma, pois das tantas coisas que aprendi contigo, aprender esse novo significado da saudade, está sendo muito difícil, pois parece querer me rasgar o peito e transbordar sem parar os olhos.
Enfim, fica a honra de ter a maior amizade que meu peito pode carregar, que você meu grande Amigo Julio Henrique me escolheu, como escolheu a muitos outros.
Para concluir Muito Obrigado!!!
Seu Amigo, Frank Maurício de Almeida.