quinta-feira, 26 de maio de 2011

TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA


TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu na Filadélfia, nos Estados unidos. Veio de uma família de princípios rígidos e foi educado com forte mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Iniciou sua carreira como operário na Midvale Steel Co., passando a capataz, contramestre até chegar a engenheiro, quando se formou pelo Stevens Institute. Na época, vigorava o sistema de pagamento por peça ou tarefa. Os padrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os operários reduziam o ritmo de produção para contrabalançar o pagamento por peça determinando pelos padrões. Isso levou Taylor a estudar o problema de produção para tentar uma solução que atendesse tanto aos patrões como aos empregados.

Ø  PRIMEIRO PERÍODO DE TAYLOR
O primeiro período de Taylor corresponde á época da publicação de seu livro Shop Managemnt (1903),sobre as técnicas de racionalização do trabalho do operário, por meio do estudo de tempos e Movimentos . Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processo de trabalho para aperfeiçoá-los  e  racionalizá-los. Verificou-se que o operário médio e com equipamento disponível produzia muito menos do que era potencialmente capaz. Concluiu que se o operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais.

Ø  SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR
Corresponde á publicação do seu livro, The Principles of Scientific Management (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus estudos sobre Administração geral, a qual denominou Administração Cientifica, sem deixar de lado sua preocupação quando á tarefa do operário.   

Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:
  • Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção acerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarefas de salários pela gerência. Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho:
 1)       O engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca desemprego;
2)       O sistema defeituoso de Administração que força os operários á ociosidade no trabalho a fim de proteger seus interesses pessoais;
3)       Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte de seu esforço e tempo.
  •  Desconhecimento, pela gerência das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.
  • Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho.
       Para sanar esses males, Taylor idealizou o Scientific Management difundido sob os nomes de Administração Cientifica, Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Cientifica no Trabalho e Organização Racional do trabalho. Segundo Taylor, o Scientific Manamgement é uma evolução e não uma teoria , tendo como ingredientes 75% de análise de 25% de bom senso. Para Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um período de quatro a cinco anos para\ evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. A Administração Cientifica é uma combinação de: “ Ciência em lugar de empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não-individualismo. Rendimento Maximo em lugar de produção reduzida. Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e prosperidade”.

Ø  ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA

           Para Taylor, a organização e a administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à ciência: a Ciência da Administração. Como pioneiro, o mérito de Taylor reside em sua contribuição para encarar sistematicamente o estudo da organização. O fato de ter sido o primeiro a fazer uma análise completa do trabalho, incluindo tempos e movimentos, a estabelecer padrões de execução, treinar os operários, especializar o pessoal; inclusive o de direção: instalar uma sala de planejamento, em resumo, assumir uma atitude metódica ao analisar e organizar a unidade fundamental de trabalho, adotando esse critério até o topo da organização, tudo isso eleva Taylor a uma altura não comum no campo da organização.
             Os elementos de aplicação da Administração Científica nos padrões de produção são: padronização de máquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios de produção para incentivar a produtividade. Embora Taylor se preocupasse mais com a filosofia – com a essência  da idéia que exige uma evolução mental tanto da parte da direção como da parte dos operários – a tendência de seus seguidores foi uma preocupação maior com as técnicas do que com a filosofia da Administração Científica.
         O Principal objetivo da Administração é esse, gerar o máximo de prosperidade ao padrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O principio da máxima prosperidade para o padrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser os dois fins principais da Administração. Assim, deve haver uma identidade de interesses entre empregados e empregador.        
             

Ø  ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO

                Taylor verificou que os operários aprendiam à maneira de executar as tarefas por meio da observação dos companheiros vizinhos. Notou que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Como há sempre um método mais rápido e um instrumento mais adequado que os demais, esses métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise científica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do trabalho (ORT)

A ORT ( Organização Racional do Trabalho ) se fundamenta nos seguintes aspectos:

  1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos.
  2. Estudo da fadiga humana.
  3. Divisão do trabalho e especialização do operário.
  4. Desenho de cargo e da tarefa.
  5. Incentivos salariais e prêmios de produção.
  6. Conceito de homo economicus.
  7. Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto etc.
  8. Padronização de métodos e de máquinas.
  9. Supervisão funcional.
 Ø  ANÁLISE DO TRABALHO E DO ESTUDO DOS TEMPOS E MOVIMENTOS 

       O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos. O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários á execução de cada operação de uma tarefa. Observando metódica,mente a execução de cada operação a cargo dos operários, Taylor viu a possibilidade de decompor cada tarefa e cada operação em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. A essa análise do trabalho seguia-se o estudo dos tempos e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para a execução da tarefa, por meio da utilização do cronograma. A esse tempo médio eram adicionados os tempos elementares. Com isso padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado á sua execução. Método é a maneira de se fazer algo para obter um determinado resultado. O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização do método de trabalho do operário  e a fixação dos tempos-padrão para execução das tarefas. Traz vantagens adicionais, a saber:

  1. Eliminação do desperdício de esforço humano e dos movimentos inúteis.
  2. Racionalização da seleção e adaptação dos operários á tarefa.
  3. Facilidade no treinamento dos operários e melhoria da eficiência e rendimento da produção pela especialização das atividades.
  4. Distribuição de uniforme do trabalho para que não haja período de tarefa ou excesso de trabalho.
  5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do trabalho.
  6. Estabelecer uma base uniforme para salários eqüitativos e prêmios de produção.

Ø  ESTUDO DA FADIGA HUMANA
O estudo dos movimentos humanos tem uma tripla finalidade:

a.         Evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa.
b.         Execução econômica dos movimentos úteis do ponto de vista fisiológico.
c.          Seriação apropriada aos movimentos (princípios de economia de movimentos).

O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e na fisiologia humana. Nesse sentido, Gilbreth realizou estudos estatísticos sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. Verificou que os efeitos da fadiga sobre os operários eram: diminuição da produtividade e qualidade do trabalho, perda de tempo, aumento da rotatividade do pessoal, doenças e acidentes e diminuição da capacidade de esforço, ou seja, a fadiga atua como redutor de eficiência.

Para reduzir a fadiga, Gilbreth propôs princípio de economia de movimentos, classificados em três grupos:
1.      Relativos ao uso do corpo humano.
2.      Relativos ao arranjo material do local de trabalho.
3.      Relativo ao desempenho das ferramentas e do equipamento.

A Administração Cientifica pretendia racionalizar os movimentos, eliminando os que produzem fadiga e os que não estão diretamente relacionados com a tarefa executada pelo trabalhador.

Ø  DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO DO OPERÁRIO
                A análise do trabalho e o estudo do tempo e movimentos fizeram com que se reestruturassem as operações industriais nos Estados Unidos, eliminando movimentos desnecessários, economizando energia e tempo. Como decorrência deste estudo houve a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Assim, cada operário passou a ser especializado na execução de uma tarefa, ajustando-se aos padrões descritos e às normas de desempenho definidas pelo método.
                A principal base de aplicação desta especialização consistiu na linha de montagem, onde cada operário ficou limitado a um único e repetitivo movimento. Esta idéia foi rapidamente difundida na indústria americana e estendeu-se aos outros países e a todos os campos de atividades, confinando, portanto, o operário à execução automática e repetitiva, tirando sua liberdade e iniciativa de estabelecer a própria maneira de trabalhar, pois a idéia era de que a eficiência aumenta com a especialização, quanto mais especializado for o operário, maior sua eficiência.


Ø  DESENHO DE CARGOS E TAREFAS
                A primeira tentativa de estabelecer racionalmente cargos e tarefas partiu da Administração científica, tendo Taylor como pioneiro.

·      TAREFA → toda atividade executada por uma pessoa no seu trabalho dentro da organização.
A tarefa consiste na menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma organização.
·         CARGO → conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva.
Desenhar um cargo é especificar suas tarefas, os métodos de executá-las e as relações com os demais cargos, ou seja, é a maneira pela qual um cargo é criado e combinado com outros para execução das tarefas.
Simplificar o desenho dos cargos permite várias vantagens como admissão de empregados com qualidades mínimas e salários reduzidos, minimizando os custos de produção, minimização dos custos de treinamento, redução de erros na execução, facilidade de supervisão, permitindo que cada supervisor controle maior número de subordinados e aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior produtividade.

Ø  INCENTIVOS SALARIAIS E PRÊMIOS DE PRODUÇÃO
                Uma vez que todas as medidas para aumentar a produtividade foram tomadas, resta fazer com que o operário colabore com a empresa e trabalhe dentro dos padrões previstos, pois muito pouco resultado se obteria sem esta contribuição. Para obter esta colaboração, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e de prêmios de produção, tendo como idéia básica à remuneração baseada na produção de cada operário, já que basear a remuneração no tempo (salário mensal, diário ou por hora) não estimularia ninguém a trabalhar mais. Relacionando o salário à produção, o operário que produz pouco, ganha pouco e o que produz mais, ganha mais. O estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempo-padrão é o prêmio de produção.
Este método de remuneração conciliava os interesses da empresa – obter um custo de produção cada vez mais reduzido, maior produtividade e maior rendimento – com os interesses do operário em obter salários mais elevados. O operário americano passou a ser um dos mais bem pagos do mundo, com bom salário e bom padrão de vida, em contrapartida era necessário suportar durante muitos anos um trabalho simples, repetitivo, monótono e padronizado.

Ø  CONCEITO DE HOMO ECONOMICUS
                De acordo com o conceito de homem econômico (homos economicus), toda pessoa é concebida como influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais, ou seja, ele procura um trabalho, não porque gosta, mas como meio de ganhar a vida por meio do salário que este proporciona, sendo sua motivação o medo da fome e a necessidade de dinheiro para viver. Desta maneira, as recompensas salariais influenciam os esforços individuais no trabalho, fazendo com que o trabalhador desenvolva o máximo de produção de que é fisicamente capaz para obter um ganho maior.
Essa visão de homem econômico via o operário como um indivíduo limitado, mesquinho, preguiçoso e culpado pelo desperdício das empresas e que deveria ser controlado por meio de trabalho racionalizado e do tempo padrão.

Ø  CONDIÇÕES DE TRABALHO
                Verificou-se que o método de trabalho e o incentivo salarial não eram suficientes para a eficiência no trabalho, seria necessário também um conjunto de condições que garantissem o bem-estar físico do trabalhador e diminuíssem a fadiga.
                As condições de trabalho que mais preocuparam a Administração Científica foram:
1)       Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção para minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa;
2)        Arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo de produção;
3)        Melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a ventilação, a iluminação e o conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador;
4)        Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis.

As importâncias dadas às condições de trabalho passaram a ser muito valorizada, não porque as pessoas merecessem, mas porque são condições essenciais para a melhoria da eficiência no trabalho.

Ø  PADRONIZAÇÃO
                Além da preocupação com a análise do trabalho, estudo do tempo e movimentos, fadiga do operário, divisão do trabalho, especialização do trabalhador e incentivos salariais, a organização racional, preocupou-se também com a padronização dos métodos e processos de trabalho, com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias-primas e componentes, com a intenção de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo, eliminando os desperdícios e aumentando a eficiência.

Ø  SUPERVISÃO FUNCIONAL
                A especialização do operário deve ser acompanhada da especialização do supervisor. Taylor propunha a chamada supervisão funcional, que nada mias é do que a existência de vários supervisores, cada qual especializado em determinada área e que tem autoridade funcional (somente sobre a sua especialização) sobre os mesmos subordinados. Para Taylor, “a característica mais marcante da administração funcional consiste no fato de que cada operário, em lugar de se por em contato direto com a administração em um único ponto, isto é, por intermédio de seu chefe de turma, recebe orientação e ordens diárias de vários encarregados diferentes, cada um dos quais desempenhando sua própria função particular”.
Essa concepção funcional de supervisão trouxe muitas críticas que partiram do argumento de que um operário não pode subordinar-se a dois ou mais chefes.
Apesar das críticas, este tipo de administração foi revolucionário, uma previsão do rumo que os problemas administrativos e empresariais haveriam de tomar com a crescente complexidade das empresas.


PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador, levou os engenheiros da administração Científica a pensar que tais princípios pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis. Um princípio é uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer àquela situação.
Dentre a profusão de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, os mais importantes são:

1.       PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA PARA TAYLOR
Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios:

1.                   Princípio do planejamento: Utilizar métodos baseados em procedimentos científicos no lugar do critério individual do operário, da improvisação e da atuação empírico-prática. Esta substituição deve ser feita através de planejamento do método de trabalho.
2.                   Princípio de preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepara-los para produzirem melhor. Preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico e disposição funcional.
3.                   Princípio do controle: Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e de acordo com o plano previsto.
4.                   Princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada.


2.       PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA DE EMERSON
Harrington Emerson (1853-1931) foi um engenheiro que simplificou os métodos de trabalho. Popularizou a Administração científica e desenvolveu os primeiros trabalhos sobre seleção e treinamento de empregados. Os princípios de rendimento preconizados por Emerson são os que seguem:
1.       Traçar um plano bem definido de acordo com os objetivos.
2.       Estabelecer o predomínio do bom senso.
3.       Oferecer orientação e supervisão competentes.
4.       Manter disciplina.
5.       Impor honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho.
6.       Manter registros precisos, imediatos e adequados.
7.       Oferecer remuneração proporcional ao trabalho.
8.       Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho.
9.       Fixar normas padronizadas para o trabalho em si.
10.    Fixar normas padronizadas para as operações.
11.    Estabelecer instruções precisas.
12.    Oferecer incentivos ao pessoal para aumentar o rendimento e eficiência.

 Ø  Princípios Básicos de Ford

       Henry Ford (1863-1947), foi um dos mais conhecidos percussores da Administração Cientifica, iniciando sua vida profissional como mecânico, projetou um novo modelo de carro, fundando em 1899 a primeira fábrica de automóveis, onde mesmo tendo sido extinta, perseverante, fundou em 1903 a então Ford Motor C.o, popularizando um produto antes focado à milionários.
Ford revolucionou a estratégia comercial da época, vendendo os carros à preços populares, bem como garantindo a assistência técnica. Para tanto, necessário foi a grande inovação por ele provocada entre 1905 e 1910, com a criação da produção em massa, onde embora não seja fruto de sua criação, Ford inovou a organização do trabalho, produzindo em maior número, pelo menor custo e com garantia de qualidade, onde em 1913 já estava fabricando 800 veículos por dia.
Esta racionalização da produção, por meio da uma linha de montagem de um produto padronizado, e à custo mínimo, proporcionou a Ford a propriedade de uma das maiores fortunas do mundo.
Para obter tal esquema acelerado de produção, Ford colocou em prática três princípios básicos:

1- O princípio da intensificação, diminuindo o tempo de durabilidade com a utilização imediata da matéria prima e equipamentos com acelerada disponibilização no mercado.
2- O princípio da economicidade, reduzir ao mínimo o volume do estoque de matéria-prima em transformação.
3- O princípio da produtividade, que visa aumentar a capacidade de produção por meio da especialização e da linha de montagem.

Não obstante, Ford revolucionou o marketing, oferecendo ao mercado o que ele queria, haja vista ter concluído a possibilidade de aquisição de veículos financeiramente acessíveis.
Ø  Princípio da Exceção
Taylor adotou um sistema de controle operacional simples e baseado não no desempenho médio, mas na verificação das exceções ou desvios dos padrões normais, ou seja, tudo o que ocorre dentro dos padrões não deve ocupar excessivamente a atenção do administrador, que deve se preocupar sim com as exceções.
Este princípio visa submeter aos subordinados a rotina delegada, e deixando para os superiores a resolução dos problemas mais relevantes, sendo este um sistema de informação disponibilizados através de relatórios condensados e resumidos, quais mostram apenas os desvios ou afastamentos. Dessa forma Taylor concebeu a delegação que se tornou posteriormente um princípio de organização amplamente aceito.

Sendo Taylor o precursor da organização no trabalho, esta denominação deveria ser substituída por estudo científico do trabalho, onde mesmo suscetível de criticas, não diminuem seu mérito como pioneiro da nascente teoria da administração. Na época a mentalidade e preconceitos eram resultados da falta de conhecimento sobre os assuntos administrativos e da precária experiência industrial e empresarial.
       Na verdade, a Administração Cientifica preocupa-se com a competência técnica como o principal requisito para o gerente, adotando o pressuposto simplista de que mais engenharia, melhores métodos e melhores equipamentos produzem necessariamente melhores resultados. Essa é uma simplificação enganosa, como veremos adiante e que tem custado muito caro às organizações de hoje.

Ø  Conclusão


                Em resumo, os alicerces fundamentais da Administração Cientifica foram:

1.     Comando e controle. A gerência funciona como uma ditadura benigna inspirada nos modelos militares. O gerente planeja e controla o trabalho; os trabalhadores executam. Logo o agente tem que mandar  e os trabalhadores obedecer às ordens.

2.     Uma única maneira certa (the one best way). O método estabelecido pelo gerente é a melhor maneira de executar uma tarefa. O trabalhador executa a tarefa sem questioná-la.

3.     Mão-de-obra, não recursos humanos. A força de trabalho é a mão de obra, ou seja, a mão contratada sem qualquer envolvimento da pessoa na organização. Como a oferta de trabalhadores era abundante, a empresa nada devia a eles, embora esperasse lealdade de sua parte.

        Segurança, não insegurança. Embora os operários não ganhassem reconhecimento ou responsabilidade, havia um acordo tácito baseado na segurança e permanência no emprego. As empresas davam uma sensação de estabilidade dominando seus mercados. O futuro parecia previsível e o destino de cada empresa no futuro ainda mais previsível.

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