sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Viver ou Juntar Dinheiro? (Max Gehringer )


                       Recebi uma mensagem muito interessante de um ouvinte da CBN e peço licença para lê-la na íntegra, porque ela nem precisa dos meus comentários. Lá vai: "Prezado Max meu nome é Sérgio, tenho 61 anos, e pertenço a uma geração azarada. Quando eu era jovem as pessoas diziam em escutar os mais velhos, que eram mais sábios agora me dizem que tenho de escutar os jovens porque são mais inteligentes.
Na semana passada eu li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa. Aprendi por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado peguei um papel e comecei a fazer contas, e descobri para minha surpresa que hoje eu poderia estar milionário.
Bastava eu não ter tomado as caipirinhas que eu tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que eu comprei, e principalmente não ter desperdiçado meu dinheiro, em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária. É claro que eu não tenho este dinheiro.
Mas se tivesse sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje com 61 anos não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde, portanto viajar, comer pizzas e cafés não fazem bem na minha idade e roupas hoje não vão melhorar muito o meu visual. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos, que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário eles chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro, mas sem ter vivido a vida".

No mínimo, para  pensar...


"Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz.
Assim, ele saberá valor das coisas, não o seu preço"





A vida realmente é um equilíbrio entre as experiências e a sabedoria. Saiba a medida certa entre elas.
Frank 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Gestão de Qualidade - Parte 02


GESTÃO DE QUALIDADE

O Enfoque da qualidade na administração moderna

            O enfoque da qualidade na Administração Moderna nasceu para resolver o problema da uniformidade. A expansão da produção de massa que utilizava e produzia grandes quantidades de peças virtualmente idênticas, inspirou os estudos dos primeiros especialistas da qualidade industrial. Da busca de soluções para o problema da uniformidade exigida pela fabricação massificada, nasceu o controle estatístico da qualidade. Desse ponto de partida, a idéia da qualidade passou  por diversos estágios, até chegar à Administração da Qualidade Total atual. Deming e Juran são alguns dos personagens mais importantes dessa história.

O PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE (pbqp)

         a necessidade em modernização da indústria e da economia brasileira tornou imprescindível a adoção de métodos de gerenciamento da produção e o emprego de tecnologias modernas para a produção de bens e serviços. Para tal, torna-se necessário a incorporação de técnicas administrativas que contribuam para a melhoria do produto brasileiro, de forma que se torne competitivo no mercado internacional e suas especificações atendam as normas exigidas (ISO) para a aprovação nos diversos mercados do mundo.

OBJETIVOS DO PBQP
           
            Dentro deste contexto internacional e buscando adequar a ele a atividade industrial brasileira, o Governo fez o lançamento oficial, em 1990, do PBQP, cujo objetivo maior é apoiar o esforço brasileiro de modernidade por meio da promoção de qualidade e produtividade, visando aumentar a competitividade em bens e serviços produzidos no país. Busca ainda ser um programa de adesão, sensibilização, mobilização e comercialização, sem qualquer caráter político.
            O PBQP busca, através da eficácia na gestão dos recursos públicos e privados, a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e a competitividade de bens e serviços produzidos no país. Gestão eficiente, do qual resultam melhores produtos e serviços.

O ciclo de Deming (Melhoria contínua)

         Objetiva transformar nossos encarregados (1° Nível de Supervisão) em verdadeiros Gerentes de Recursos, permitindo que melhor administrem seus serviços como o uso do método PDCA (Planejar, Fazer, Controlar e Avaliar).

PASSO 1Estudar o processo e planejar seu aprimoramento (PLAN).
PASSO 2 – Implementar a Mudança (DO).
PASSO 3 – Observar os Efeitos (CHECK).
PASSO 4 – Estudar os Resultados (ACT).
PASSO 5 – Repetir o PASSO 1, com o conhecimento acumulado.
PASSO 6 – Repetir o PASSO 2, e assim por diante

 
PDCA

1.     Plan
2.     do
3.     check
4.     act









Planejamento ==>Previsibilidade
Programação ==> Responsabilidade
Educação e Treinamento ==> Supervisão
Registro da Execução ==> Auditoria
Avaliação de Resultados ==> Solução de Problemas

PREPARANDO-SE PARA MELHORAR A QUALIDADE

            O processo de mudança para a implementação de qualidade requer tratamento no que se refere à cultura. O trabalho de implementação de um processo de qualidade engloba cinco atividades:

1.      Pesquisa
2.      Mudança Cultural
3.      Marketing Interno
4.      Treinamento
5.      Comunicação

1 – Pesquisa – O passo inicial é o de pesquisar funcionários, gerentes, clientes, concorrentes e o mercado. As informações a serem coletadas, em princípio, revelarão os níveis atuais de satisfação dos clientes e identificarão espaços para aperfeiçoamento.
2 – Mudança Cultural – Nem sempre uma mudança cultural é necessária. Há muitas empresas em que seus indivíduos já possuem tendência à qualidade. Neste caso serão necessárias apenas algumas adaptações.
3 – Marketing Interno – Uma área que está alcançando desenvolvimento nos últimos tempos é a do Marketing Interno (MI) ou Endomarketing, como é conhecido no Brasil. Trata-se da aplicação das técnicas de marketing ao público interno, tais como empregado, gerentes, diretores, supervisores, etc...
            Programar treinamento para todos os funcionários é uma tarefa importante. Um programa de treinamento inicial e o de reciclagem devem ser incluídos na programação das empresas que se interessam em aplicar o Marketing Interno.
4 – Treinamento – É uma das atividades essenciais para a prestação de serviços com qualidade. A prestação de serviços é pautada no desempenho humano, e, prestar bons serviços depende da qualidade deste desempenho.
5 – Comunicação – A comunicação é o meio principal para implantar qualquer mudança na organização.

AUDITORIA DO SISTEMA DA QUALIDADE

            Para certificar-se da qualidade garantida do seu fornecedor, a empresa compradora faz então a auditoria do sistema da qualidade. Seus auditores visitam as instalações do fornecedor e o inspecionam, com base numa lista de perguntas e critérios. A inspeção ou auditoria serve para decidir se um fornecedor tem ou não condições de continuar como tal e também para escolher novos fornecedores.
            No princípio, quando os programas de asseguramento da qualidade começaram a ser instituídos, os manuais de avaliação tinham papel orientador.
            Por exemplo, o manual da qualidade para fornecedores, instituído em 1987 por uma empresa fabricante de tintas, estipulava que eles deveriam ter os seguintes elementos em seu sistema de qualidade:
§   Organização do Sistema de Qualidade – O Fornecedor dispõe, em sua estrutura organizacional, de um órgão específico para exercer atividades de controle de qualidade?
§   Controle dos Materiais Recebidos O Fornecedor possui os meios e as condições para efetuar o controle dos materiais que recebe de seus próprios fornecedores?
§   Controle do Processo – São utilizadas técnicas estatísticas? Existem cartão de avaliação corretamente preenchidos?

CUSTOS DA QUALIDADE

            Chamamos de Custos de Qualidade além dos custos de produção, todo e qualquer custo resultante de prevenção, avaliação ou correção da qualidade de produtos/serviços. Tais custos precisam ser acompanhados e controlados para que possam ser reduzidos a um percentual mínimo, sem prejuízo para a Qualidade. O Custo de Qualidade nunca será zero, pois haverá sempre a parcela correspondente aos custos de produção.

CUSTOS DE PREVENÇÃO, DETECÇÃO E REAÇÃO

§   PrevençãoAbrande custos de planejamento, treinamento, definição de especificações, descrições e procedimento, que são atividades necessárias para saber quê, como e quem deve fazer algo certo da primeira vez.
§   Detecção – É composto dos custos de controles, auditoria, inspeções, testes de produtos, que são atividades executadas para que o defeito ou problema não saia da empresa, buscando-se evitar que o erro de espalhe.
§   Reação – É composto por re-trabalhos, manutenção corretiva, alterações no produto, buscando corrigir o que já está feito e já chegou ao cliente. É comum ver empresas em que o custo de reação atinge níveis de 25% de seu faturamento, sendo frequentemente, o maior dos três. Outro problema é que o custo da reação traz um custo difícil de ser medido, que é o custo de credibilidade junto ao consumidor e ao cliente.

O esforço da melhoria da Qualidade está correto, no momento que observamos que os custos de qualidade de reação estão migrando para os de detecção e para os de prevenção.
Observa-se que o custo de prevenção é um investimento com retorno garantido, pois ataca as causas, enquanto detecção e reação apenas corrigem erros, que podem voltar a ocorrer.