segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Joel Santana canta o Hino do Flamengo (em inglês)
Para homenagear o retorno do Joel ao Flamengo
Bem ao estilo do próprio Joel Santana.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Blowin' in the Wind
Bob Dylan (1963)
Blowin'in the Wind é uma famosa canção de Bob Dylan, que se tornou hino da luta pelos Direitos Civis. Essa música foi lançada em 1963 e se tornou o primeiro hit da carreira de Bob Dylan. Foi incluída no segundo álbum de Dylan, chamado The Freewheelin' Bob Dylan. Mesmo após quase 50 anos de lançada, a música ainda é um alerta para o comportamento moderno da humanidade. Vindo de um visionário, que por mais visão que tivesse, não iria imaginar que esta música fosse ainda mais atual nos dias de hoje do que quando foi lançada em 1963.
Enfim, vai o alerta e ouçam esta bela canção...e continuem a procurar as respostas lançadas ao vento porque muitos ainda não encontraram.
Frank.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
"A ONDA"
FILME "A ONDA"
"Olhem para o futuro" e entendam como somos preciosos para ele. Não basta estarmos nele e sim compreendermos nossa importância individual e dentro de uma comunidade. Pablo Neruda afirmava que: a vida sente a sí mesma. Assim devemos estar atentos as desigualdades e as forças políticas opressoras e alienistas.
Frank
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BASEADO NUMA HISTÓRIA
REAL
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O
filme tem início com o professor de história Burt Ross explicando aos seus
alunos a
atmosfera da Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio praticado pelos nazistas.
Os questionamentos dos alunos levam o professor a realizar
uma arriscada experiência
pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo: usariam o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, um símbolo gráfico para representar “A onda”,
O
professor Ross se declara o líder do movimento da “onda”, exorta a disciplina e
faz valer
o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Os estudantes o obedecem cegamente. A tímida recusa de um aluno o obriga a conviver com ameaças e exclusão do grupo. A escola inteira é envolvida no fanatismo d’A onda, até que um casal de alunos mais consciente alerta ao professor ter perdido o controle da experiência pedagógica que passou ao domínio da realidade cotidiana da comunidade escolar.
O
desfecho do filme é dado pelo professor ao desmascarar a ideologia totalitária
que sustenta
o movimento d’A onda , denuncia aos estudantes o sumiço dos sujeitos críticos diante de poder carismático de um líder e do fanatismo por uma causa ![]()
FICHA TÉCNICA
Ano:
1981
Dublado em Português mas com legendas em holandêsDuraçao: 46 Minutos Direçao: Alex Grasshoff ELENCO: Bruce Davison Lori Lethin John Putch Johnny Doran Pasha Gray Wesley Pfenning Larry Keith Teri Ralston Marc Copage Jamie Rose Frank Lloyd Matthew Dunn
Leiam o excelente comentário abaixo sobre o filme.
O filme “A onda” [The wave][1] tem início com o professor de história
Burt Ross explicando aos seus alunos a atmosfera da Alemanha, em 1930, a
ascensão e o genocídio nazista. Os questionamentos dos alunos levam o
professor a realizar uma arriscada experiência
pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo:
usariam o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, um
símbolo gráfico para representar “A onda”, etc.
O professor Ross se declara o líder do movimento da
“onda”, exorta a disciplina e faz valer o poder superior do grupo sobre os
indivíduos. Os estudantes o obedecem cegamente. A tímida recusa de um aluno o
obriga a conviver com ameaças e exclusão do grupo. A escola inteira é envolvida
no fanatismo d’A onda, até que um
casal de alunos mais consciente alerta ao professor ter perdido o controle da
experiência pedagógica que passou ao domínio da realidade cotidiana da
comunidade escolar.
O desfecho do filme é dado pelo professor ao
desmascarar a ideologia totalitária que
sustenta o movimento d’A onda ,
denuncia aos estudantes o sumiço dos sujeitos críticos diante de poder
carismático de um líder e do fanatismo por uma causa.
Embora o filme seja uma metáfora de como surgiu o
nazi-fascismo e o poder de seus rituais, pode conscientizar os estudantes sobre
o poder doutrinário dos movimentos ideológicos políticos ou religiosos. O uso de
slogans, palavras de ordem e a
adoração a um suposto “grande líder” se repetem na história da humanidade:
aconteceu na Alemanha nazista, na Itália fascista, e também no chamado
‘socialismo real’ da União Soviética, principalmente no período stalinista, na
China com a “revolução cultural” promovida por Mao Tsé Tung, na Argentina com
Perón, etc. Ainda, recentemente, líderes neo-populistas da América Latina,
valendo-se de um discurso tosco anti-americano, conseguem enganar uma parte da
esquerda resistente a aprender com a história.
Experiência pedagógica e
política
Feito
para a televisão, ‘A onda’ [The
wave], foi baseado em um incidente real ocorrido em uma escola secundária
norte-americana em 1967, em Palo Alto, Califórnia. Antes de virar filme, foi
romanceado em livro. A idéia do filme, com 45 minutos, era para fazer parte do
currículo da escola, para estudar, refletir e se prevenir contra a onda
nazi-fascista que começou no final da década de 30. Com a derrota do
nazi-fascismo na 2ª. Guerra Mundial e o surgimento da ‘guerra fria’, filmes
assim, podem funcionar como alerta
contra pregações doutrinárias que fazem
apologia aos totalitarismos de direita ou de esquerda[2]. Muitas vezes, o doutrinamento
pró-totalitarismo ocorre no âmbito universitário, como se fosse ensino
‘científico’, onde a democracia é considerada uma má invenção ‘burguesa’ e a
política uma prática a ser superada por um ‘novo’ sistema desenhado pelo
abstracionismo teórico.
“A Onda” é uma metáfora que se aplica, mais ou menos,
a qualquer movimento de massa respondente aos apelos de um líder carismático ou
de uma causa mítica irracional. Foi assim com os atos criminosos da Ku Klux
Klan, o macartismo que desencadeou a “caça às bruxas”[3] perseguindo todos os supostos
“comunistas” nos EUA, os governos de direita da América Latina com traços
totalitários como foi o de Pinochet (Chile), o regime de apartheid da África do Sul (antes de
Nelson Mandela), o processo de “limpeza
étnica” conduzida pelos sérvios nos Bálcãs, os grupos neonazistas skinheads espalhados pelo mundo, os
carecas do ABC paulista, e o movimento separatista do Iguaçu, no Paraná, entre
outros menos conhecidos. Também, os partidos políticos neonazistas abrigados no
regime democrático, na Áustria, chefiado por J.Haidern, e na França, por Jean Marie Le Pen. Devem ser, ainda,
incluídos os líderes com traços protofascistas (Eco, 1995): Berlusconi,
que passou pelo governo da Itália, e líderes totalitários com traço imperial,
como King Jon Il (Coréia do Norte), Assad (Síria), ou de milícias que ocupam o
vazio do Estado (Hizbolá, Hamas, FARC, PCC) cujos atos truculentos faz
semelhança com tantos movimentos fascistas italiano, espanhol, e mesmo o
integralismo, no Brasil. No período da
ditadura militar, depois 1964, no Brasil, surgem grupos de
extrema-direita, como a TFP (Sociedade da Tradição, Família e Propriedade) e o
CCC (Comando de Caça aos Comunistas), ambos com intenções de causar uma ‘onda’
de cooptação dos jovens para a sua luta ideológica e até terrorista[4].
Também líderes eleitos democraticamente, mas cujas
manobras deixam transparecer traços totalitários (George W. Bush, Hugo Chávez,
Mahmoud Ahmadinejad). Notamos que o traço comum entre estes líderes é a
capacidade de fanatizar as massas por uma causa racional ou irracional, se
valendo de métodos antidemocráticos como a censura, perseguições, prisões
arbitrárias, elogios aos feitos do suposto ‘grande líder’, etc.
Também podem ser incluídos, hoje, como parte da onda
protofascista (sic) os movimentos
fundamentalistas (cristão, judaico, islâmico). O ‘fundamentalismo’[5] é a interpretação restrita do livro sagrado de forma a repudiar tudo e
todos que não concordem com tal interpretação; trata-se de um “terrível
simplificador” que pretende explicar e fornecer uma moral para o passado, o
presente e o futuro da humanidade. Lembrando alguns traços do fascismo ou
‘protofascimo’ elaborado por Umberto Eco (1995), têm conquistado visibilidade na
mídia as paradas dos “homens-bomba”, (que incluem crianças e mulheres), e as
escolas de doutrinação islâmica ou madrassas, usadas como perversão do
islamismo e impondo à população a cultura obscurantista Talibã, no Afeganistão[6]. O auge de visibilidade dos efeitos da
doutrinação islamofascista parece ser representado pela organização global da Al
Qaeda, cujo líder Bin Laden, que nada tem de socialista ou marxista, diz lutar
por uma causa supostamente “santa”
contra os “infiéis do mundo ocidental”[7].
A atitude fascista não
morreu
O
nazi-fascismo foi derrotado na 2ª. Grande Guerra, em 1945, mas ele não morreu. O
que hoje acontece no cenário mundial nos leva a suspeitar que “ele não morrerá entre nós”, alerta o
psicanalista francês C. Melman (2000).
A fundação do Partido Nazista, nos EUA, é de 1970.
Recente levantamento realizado nos
EUA contou 474 grupos de extrema direita,
organizados naquele país, alguns agindo abertamente em diversos setores
governamentais, inclusive com atos contra a democracia e ao governo
legitimamente constituído. A “Nação Ariana’ e a ‘Identidade Cristã’, são
considerados pelo FBI como os dois grupos mais perigosos e ameaçadores dos EUA.
O ataque terrorista que destruiu todo o edifício do governo federal, em Oklahoma
City, em 1995, foi ato de um membro da extrema direita com ligações com o grupo
‘Identidade Cristã’. “O uso da religião para propósitos fascistas e a
perversão da religião em um instrumento de propaganda de ódio, como um cruzada
antidemocrática em nome da salvação da democracia, é uma tática disseminada
entre os grupos de extrema direita” (Carone, 2003).
Balizas para comentar esse
filme:
Nosso olhar sobre o filme “A onda” focaliza três
linhas de análise para comentários visando estimular o debate: (1) o nazi-fascismo como ideologia política
totalitária de direita; (2) a psicologia de massas e a servidão voluntária dos indivíduos a um
líder, grupo ou causa mítica; (3) a propaganda política e ideológica
(4) o recurso da ‘experiência
pedagógica’, como meio de ir para além do mero aprendizado de conceitos
teóricos. Notar que o professor do filme adota a experimentação com grupo
como recurso didático ‘vivencial’ [Dinâmica de Grupo e Sociodrama], que sempre
implica em algum risco de perder o controle da experiência pedagógica. O
“sócio-grupo” seria o grupo tarefa estruturado e orientado em função da execução
ou cumprimento de uma tarefa, e o “psico-grupo” ou grupo estruturado, orientado
e polarizado em função dos próprios membros que constituem o grupo, foram
criados por Kurt Lewin – judeu alemão emigrado para os EUA - tinham como
propósito serem não somente técnicas de aprendizagem alternativa à aula
tradicional, considerada chata ou enfadonha mas de efetivamente trabalhar a
dimensão afetiva e emocional de cada grupo enquanto gestalt, onde estão presentes
preconceitos, dogmatismo, coesão, fé cega num líder, bloqueios, filtragens,
enganos e auto-enganos na comunicação entre seus membros[8] etc.
Apesar de
não ser um grande filme, e ainda prejudicado com o uso de cópias desgastadas,
gravadas da televisão aberta[9], “A onda’ têm a virtude de levar o
telespectador a não ficar indiferente aos fenômenos de massificação, fanatismo e intolerância do ser humano. Contudo,
o filme é um sério alerta para: a) o
risco do “sujeito” perder a “liberdade” e “autonomia”, submetendo-se
incondicionalmente ao poder do grupo, sua “causa absoluta” veiculadas por slogans e palavras que ordenam uma ação
automática, fazendo desaparecer o sujeito[10] ; b) problematiza a possibilidade de
ressurgimento do nazi-fascismo, ou dos totalitarismos de direita ou de esquerda,
tendo em vista o desgaste das democracias representativas de nossa época; c) conscientiza a formação de grupites de adolescentes e gangues
potencialmente intolerantes e criminosas. Há uma tendência narcisista nesses
grupos que, geralmente, são atraídos pela proposta de igualdade e novo sentido
existencial-no-mundo, a fundação na vivência da territorialidade, o
desenvolvimento de um código de linguagem próprio onde os atos de rejeição dos
“mais fracos”, “desgarrados” ou “diferentes” parecem legítimos e morais. Basta
ver o recreio de qualquer escola onde os membros dos grupos reproduzem sua
imagem narcísica no modo de ser, vestir, falar, pensar etc. Evidentemente, tal atitude faz parte do
processo de desenvolvimento da personalidade em busca de identidade própria, mas
pode também ser a base para a formação de um traço de caráter ‘blindado’,
conforme o estudo de W.Reich.
O trote seria um tipo de
onda?
O
tradicional trote universitário é um
ritual de violência sádica de um grupo “mais velho” sobre os “novos” ou
calouros. O trote pode ser tipificado como uma formação protofascista, no sentido proposto por
Eco (1995), na medida em que um grupo
visa humilhar os supostamente mais fracos? Que fazer para quebrar essa “tradição
de família” presente ainda em algumas universidades? O que esse ritual de
passagem representa na cultura universitária? Será que aulas, palestras, leis,
punições, bastam para conscientizar e levar à nova geração evitar essa prática?
Será que medidas impostas pelos colegiados de cada instituição, investidos de
autoridade, devem proibir com rigor o trote violento, por exemplo, reinventando
regras com o sentido da pró-solidariedade? Que metodologia ou técnicas de ensino
e aprendizagem poderiam ser usadas para quebrar essa tradição e instaurar uma
consciência verdadeiramente crítica e historicamente elaborada sobre tal
fenômeno?
Ascensão do irracional?
O retorno
do irracional em forma de ‘onda’ ou de ‘massa’ parece ser uma resposta
desesperada de algumas culturas resistindo à modernização ocidental
liberal-burguesa-democrática; a globalização econômica em que pese o seu sentido
capitalista excludente também tem produzido novas idéias e tecnologias que
beneficiam toda a humanidade, embora causem em alguns grupos mais tradicionais o
medo de perder sua identidade comunitária, tal como analisa Castells (1999) e
Japiassu (2001).
Aos educadores, é imprescindível trabalhar junto com
os alunos, desde cedo, a ética da tolerância, o respeito à diversidade cultural
e as diferenças demasiadamente humanas, bem como o desenvolvimento do espírito
democrático e pluralista, onde a paz e a liberdade devem ser ativas.
O conhecimento científico, a informação e a
tecnologia são insuficientes para melhorar o ser humano. É preciso desenvolver
uma nova educação que encare o mundo complexo e promova, além da pesquisa que
aspira o conhecimento novo, também uma sabedoria prática para se viver a vida
pessoal e coletiva em tempos tão sombrios.
Os
sintomas atuais de ascensão do irracional humano vem se revelando não só através
de grupos nazi-fascistas que formam
uma ‘onda’ pregando a “supremacia da
raça branca”, a perseguição de judeus,
negros, índios, homossexuais, nordestinos do Brasil, feministas, esquerdistas,
democratas, etc. O fundamentalismo
religioso (cristão, islâmico e judaico), os atos dos criminosos ligados ao
narcotráfico, o terrorismo protofascista de grupos ou
de Estado, sem projeto político, podem ser considerados sintomas de “ascensão do
irracional” (em nosso artigo, em http://www.espacoacademico.com.br/004/04ray.htm, observamos
três sintomas do protofascimo no terrorismo: o desprezo do diálogo
pelo ato – do ato pelo ato; o argumento pela emoção. Para Eco (1995) é a “a ação pela ação’ e a “luta
pela luta”. Na leitura psicanalítica é representado pelo ‘mais-gozar’ da ação e
o ‘mais-gozar’ da luta sem fim).
O filme
“A onda” focaliza, por um lado, o imperativo da ordem e disciplina e, por outro,
o desejo de controlar a pulsão agressiva dos seres humanos travestido em
organização fascista aspirando ser moral.
“A onda” pode ser vista através de alguns movimentos
políticos-ideológicos de nossa história: quando atuou em nome de uma suposta
“superioridade da raça ariana”, causou o genocídio nazista; quando levantou a
bandeira da “causa do proletariado” milhares foram estigmatizados de
‘anti-revolucionários’, ‘reacionários burgueses’, ‘intelectuais inúteis’; quando
surgiu com o nome de “revolução cultural” fez o povo quase perder suas
tradições; quando “em nome de Deus” milhares são assassinados; quando “em nome
do Bem contra o Mal”, da “causa justa” ou da “democracia”, invadiu países,
destruindo prédios e vidas; Enfim, quanto o irracional está a serviço da
racionalidade, o resultado é a imoralidade, o sofrimento e a morte em massa.
Quando a intolerância quer ser reconhecida como moral e legal, justificando que
a repressão da autonomia dos sujeitos é necessária “para o bem de todos”, a
razão se faz cínica[11]. Assim, é preciso reconhecer que ser
racional não basta para singularizar o que é ‘ser humano’, ou seja, falta saber
se ser racional é condição sine qua
non para ser razoável e capaz de estabelecer empatia
para com o nosso semelhante.
Depois do filme
Outras
experiências pedagógicas foram realizadas e filmadas depois de “A onda”, que
parecem ter sido influenciadas pelas pesquisas dos laboratórios de dinâmica de
grupo e experimentação cientificamente controlada, desde a década de 1970. Recomendamos aos pedagogos, psicólogos,
historiadores, filósofos, sociólogos, antropólogos, entre outros, assistirem aos documentários: “Olhos azuis”[12], coordenado pela professora Jane
Elliott e “Zoológico humano”,
conduzido pelo psicólogo P. Zimbardo (Stanford University). Ao conduzir a
experiência dos grupos, a professora Elliot evidencia o racismo, os fenômenos de
grupo, a liderança, a submissão voluntária, etc. No “Zoológico humano”,
recomendamos maior atenção para a 2ª.
Parte, que trata da submissão do sujeito
ao grupo. Em ambos, podemos observar fenômenos como ‘conformidade’,
‘disciplina’, ‘bloqueios’, ‘filtragens’, ‘contágio social’, a influência do
‘poder’, a ‘submissão’, as ‘distâncias sociais’, ‘barreiras psicológicas’, a
‘psicose de massa’, o ‘vigiar e punir” de uns contra outros para que ninguém seja a si
próprio, a delação ou dedurismo como prática corriqueira de difícil
verificação e confrontação com a verdade, o ‘narcisismo das pequenas diferenças’
proposto por Freud, a ‘regressão dos indivíduos a condição de massa ’ (conforme
dito de Adorno: o fascismo ao manipular as massas, faz
“psicanálise às avessas”), etc.
Continua sendo atual o discurso do professor Ross, proferido no final de
“A onda”:
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http://www.espacoacademico.com.br/065/65lima.htm![]() |
domingo, 29 de janeiro de 2012
Conclusão de Relações com Empregados
Efeitos do conflito
O conflito pode trazer
resultados positivos ou negativos para as pessoas, grupos ou até mesmo à
organização.
·
O conflito desperta sentimentos e energia nos
membros do grupo, alimentando o interesse em descobrir meios eficazes de
realizar as tarefas;
·
Estimula sentimentos de identidade no grupo,
aumentando a coesão grupal;
·
Chama a atenção para os problemas existentes e
funciona como mecanismo de correção para evitar problemas mais graves;
·
Apresenta conseqüências indesejáveis para o bom
funcionamento da organização. Pois indivíduos e grupos vêem seus esforços
bloqueados, desenvolvendo sentimentos de frustração, hostilidade e tensão;
·
A energia criada pelo conflito e gasta no
próprio conflito;
Conclusão
A relação com
empregados é altamente dependente de como é exercida a liderança sobre um
grupo, onde seu estilo está mais associado à características pessoal do líder
do que as características da organização.
Concluímos, então, que
a preparação que o líder deve ter é fundamental para que o grupo desempenhe as
tarefas e se inter-relacione de forma positiva com os demais grupos. Estando os
grupos dispostos à cooperação constante, sendo bem visto pelos gerentes, cabe
ao líder reconhecer como deve lidar com cada um, de forma ética afim de somar à
empresa o reconhecimento aos talentos individuais e como agem cada um no grupo,
de forma disciplinada seguindo o exemplo do próprio líder. Dessa forma, saberá
lidar com as diferenças, já que, quando se é contratado, a RH não prevê a
reação do mesmo em um grupo e vice-versa.
A soma dessas atitudes
tornará mais fácil a resolução de conflitos e aceitação dessas resoluções, em
uma manutenção constante do grupo, garantindo-lhes a higiene e a segurança no
ambiente de trabalho. Isso tudo em harmonia com o local de trabalho, eleva os
níveis da Qualidade de vida no trabalho.
As relações são muito
complicadas, seja na organização ou na vida de cada um. Devemos dominar com
sabedoria os nossos conflitos internos para que frustrações não prejudiquem a
nossa vida e sejamos capazes de reconhecer o momento em que as perdas são
irreversíveis; para que as vitórias na vida não tenham o mesmo sabor da
derrota.
“Conhecer o homem – esta é a base de todo o sucesso”
Charles
Chaplin
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
O Grande Ditador
O último discurso
de “O Grande Ditador”

Sinto muito, mas não pretendo ser um
imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem
quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros...
brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos
outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do
próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns
aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode
prover a todas as nossas necessidades.
Filme na íntegra.
O caminho da vida pode ser o da
liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a
alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito
marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da
velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz
abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos
céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e
sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do
que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida
será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos
muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do
homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo
instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de
desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que
tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo:
“Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o
produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do
progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o
poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem
homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses
brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as
vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos
sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma
alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como
bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da
humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar...
os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela
escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está
escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo
de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o
poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o
poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa.
Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós.
Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de
trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que
desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem.
Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos
agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à
ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em
que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome
da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te
encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se
dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo –
um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da
brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal
começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos,
Hannah! Ergue os olhos!
CHARLES CHAPLIN
sábado, 21 de janeiro de 2012
Resolução de Conflitos
Como resolver os conflitos
O conhecimento dos
fatos é de extrema importância, para conseguir obtê-los não basta somente à
coleta de informações, sendo a entrevista, um orientador que podemos utilizar
com sucesso, se tomado os cuidados a seguir:
§
Informar-se sobre a pessoa entrevistada.
§
Agir conforme as políticas e regulamentos da
empresa.
§
Criar um ambiente adequado para a realização da
entrevista, sem pré-julgamentos (A pessoa deve estar à vontade, sendo
estimulada para abordar o fato ocorrido, com particular atenção).
§
Seja paciente, mesmo quando uma situação é
repetida diversas vezes, pois é uma maneira importante de colher novos
elementos e ângulos diferentes do mesmo caso, sempre sem discussão e com
imparcialidade, para que não haja exaltação de ânimos e crie-se uma barreira
psicológica.
§
Criar uma seleção individual para que não
ocorram influências de uma pessoa na outra.
Concluímos assim, que
devemos traçar claramente as medidas (MEIO)
para alcançar os objetivos pretendidos
(FIM DO CONFLITO). O conceito para agir é fundamental para a manutenção do
grupo (HARMONIA).
Estilos de administração de
conflitos
Há vários estilos de
administração de conflitos, uns que dão ênfase ao desejo de satisfazer aos
próprios interesses (assertividade) e, outros que levam em conta os interesses
da outra parte (cooperação).
1.
Estilo de
evitação – reflete uma postura nem assertiva nem cooperativa, na pretensão
de evitar ou fugir ao conflito. É usado quando um problema é trivial, quando
não há chance de ganhar, quando requer tempo para obter informações ou quando
um desacordo pode ser oneroso ou perigoso;
2.
Estilo de
acomodação – alto grau de cooperação para suavizar as coisas e manter a
harmonia. Utilizado para resolver os pontos menores de discordância deixando os
maiores para a frente;
3.
Estilo
competitivo – é o comando autoritário que reflete forte assertividade para
impor seu próprio interesse. Utilizado quando uma ação decisiva deve ser
rapidamente imposta em situações importantes ou impopulares, em que a urgência
ou emergência são necessárias ou indispensáveis;
4.
Estilo de
compromisso – combinação de assertividade e cooperação. Utilizado quando
uma parte aceita soluções razoáveis para a outra e cada parte aceita ganhos e
perdas na solução;
5.
Estilo de
colaboração – elevado grau de assertividade e cooperação. Habilita ambas as
partes a ganhar, enquanto utiliza a negociação e o intercâmbio para reduzir as
diferenças. Utilizado quando os interesses de ambos os lados são importantes. O
objetivo é que ambas as partes ganhem e se comprometam com a solução
encontrada.
Cada estilo pode criar
diferentes resultados.
1.
Evitação ou
acomodação – pode criar um conflito do tipo perder/perder, no qual nenhuma
parte alcança aquilo que pretende e as razões do conflito permanecem intactas;
2.
Acomodação ou
suavização – destaca as diferenças, similaridades e as áreas de possível
acordo;
3.
Competição ou
comando autoritário – cria um conflito do tipo ganhar/perder. Uma parte
domina a outra; uma das partes ganha às custas da outra; uma das partes alcança
o que deseja com a completa exclusão da outra;
4.
Compromisso –
cria conflitos do tipo ganhar/perder.Cada parte dá algo e ganha algo de valor,
porém nenhuma delas fica satisfeita.
5.
Colaboração ou
solução de problemas – reconcilia as diferenças entre as partes. É o mais
eficaz.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Como Administrar Conflitos?
Conflitos
As pessoas nunca tem
objetivos e interesses idênticos. As diferenças de objetivos e de interesses
pessoais sempre produzem alguma espécie de conflito.
O conflito existe
quando uma das partes – seja indivíduo ou grupo – tenta alcançar seus próprios
objetivos interligados com alguma outra parte, a qual interfere na sua busca de
atingir os objetivos. A interferência pode ser ativa (mediante ação para
provocar obstáculos, bloqueios ou impedimentos) ou passiva (mediante omissão).
Também pode ocorrer entre mais de duas partes ao mesmo tempo.
Há vários tipos de
conflitos: o conflito interno (intrapessoal) envolve dilemas de ordem pessoal;
o externo envolve vários níveis como interpessoal, intragrupal, intergrupal,
intraorganizacional e interorganizacional.
1.
Percebido –
ocorre quando as partes percebem e compreendem que o conflito existe;
2.
Experenciado –
quando o conflito provoca sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito;
3.
Manifestado –
quando o conflito é expressado e manifestado atrvés de um comportamento.
Condições antecedentes dos
conflitos
1. Ambigüidade de papel – quando as
expectativas pouco claras e confusas aumentam a probabilidade de fazer com que
as pessoas sintam que estão trabalhando para propósitos incompatíveis;
2. Objetivos concorrentes – como decorrência
do crescimento da organização, por força da especialização, cada grupo realiza
tarefas diferentes, objetivos diferentes, começam a desenvolver maneiras
diferentes de pensar e agir dos demais grupos da organização;
3. Recursos compartilhados – os recursos
organizacionais são limitados e escassos. Se um grupo quer aumentar sua
quantidade de recursos, um outro grupo terá de perder, abrir mão de parte dos
seus;
4. Interdependência de atividades – as
pessoas e grupos de uma organização dependem um dos outros para desempenhar
suas atividades e alcançar seus objetivos.
As condições
antecedentes criam condições para a ocorrência de conflitos. Uma das partes
percebe que existe uma situação potencial de conflito, passa a desenvolver
sentimentos de conflito em relação à outra e se engaja em um comportamento de
conflito. A ação de uma das partes conduz a alguma forma de defesa ou de reação
da outra. Dessa reação, pode haver uma intensificação do conflito ou uma forma
de resolução.
Administração de conflitos
O administrador deve
saber desativar os conflitos antes de sua eclosão. Ele tem três abordagens:
1.
Abordagem
estrutural – o conflito surge das percepções criadas pelas condições de
diferenciação, de recursos limitados e escassos e de interdependência. Se esses
elementos puderem ser modificados, as percepções e o conflito resultante
poderão ser controlados;
·
Reduzir a
diferenciação – identificando objetivos que possam ser compartilhados por
eles ou reagrupamento de indivíduos;
·
Interferir
nos recursos compartilhados – sistema de recompensa e incentivo formal para
o desempenho conjunto e combinado de dois ou mais grupos e criar um objetivo
comum;
·
Reduzir a
interdependência – os grupos podem ser separados física e estruturalmente.
2.
Abordagem de
processos – procura reduzir conflitos através da modificação do processo,
isto, é, de uma intervenção no episódio do conflito. Pode ser realizada de três
maneiras diferentes:
·
Desativação
do conflito – Ocorre quando uma parte reage cooperativamente – e não
agressivamente – ao comportamento de conflito da outra;
·
Reunião de
confrontação entre as partes – Serve para reunir face a face as partes
conflitantes, exteriorizar suas emoções, discutir e identificar as áreas de
conflito e localizar soluções do tipo ganhar/ganhar antes de qualquer solução
beligerante. Ocorre quando as partes se preparam para um conflito aberto via
confrontação direta e hostil.
·
Colaboração
– Utilizada após ultrapassada a oportunidade de desativação e de reunião de
confrontação. Na colaboração, as partes trabalham juntas para solucionar
problemas, identificar soluções do tipo ganhar/ganhar ou buscar soluções
integrativas capazes de conjugar os objetivos de ambas as partes.
3.
Abordagem mista
– É a administração do conflito tanto nos aspectos estruturais como nos de
processo e inclui intervenções sobre a situação estrutural e sobre o episódio
conflitivo.
·
Adoção de
regras para resolução de conflitos – utiliza meios estruturais para
influenciar o processo de conflito. Determina previamente os procedimentos e os
limites para trabalhar o conflito;
·
Criação de
papéis integradores – criação de terceiras partes dentro da organização, de
modo que elas estejam sempre disponíveis para ajudar na solução do tipo
ganhar/ganhar dos conflitos que podem surgir. Os papéis de ligação tem como
tarefa coordenar o esforço dos grupos potencialmente conflitantes em direção
aos objetivos globais da organização.
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