quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Quem não se sente assim?

Não são poucas as vezes em que nos deparamos com a iminência do fim do ano e, desconsertados tentamos racionalizar as nossas ações, buscando entender como chegamos até este ponto.

Muito provavelmente, você faz parte de uma esmagadora maioria que não aprendeu ou nunca foi ensinado a traçar objetivos de curto, médio ou longo prazo. Acredite, se este fosse o único problema, bastaria assistir a série de Christian Barbosa ou outro guru do planejamento, o que te levaria a realizar alguns ajustes e contramedidas, tornando este momento menos pesado e angustiante.

Acontece que, somos afetados não apenas pelo fato de nunca ter pensado/planejado mais que um fim de semana, próximas férias ou carnaval, somos hoje acorrentado por aquilo que tão bem foi definido por Rolf Dobelli como sendo a “Falácia do Custo Irrecuperável”. Neste engodo, somos levados a deixar de tomar decisões, principalmente quando estas nos levam a mudanças significativas, por razões pouco realista do tipo, ‘já investi tanto tempo nisto’, ‘são anos da minha vida’, isto me parece não fazer sentido.

É necessário que lembremos, “toda decisão, quer ela seja particular, quer seja comercial, sempre ocorre em meio a insegurança”. Elas podem ser acertadas ou não.

Diante da última folhinha do calendário, quero te convidar a uma reflexão legítima, a partir do seu estado atual e da expectativa de futuro, são apenas três questões:

I.            Escrevo a minha história com tinteiro e pincel, sem direito a interrupções/alterações, ou com lápis e borracha, sabendo que, na minha humanidade, erros são possíveis e de que há espaços para novos recomeços?

II.          Tenho usado as minhas lentes, ou deixo que os meus olhos se cansem no uso do ‘olhar do outro’, sendo mero coadjuvante na própria existência?

III.        Caminho como quem sabe onde quer chegar, ou me deixo seduzir por qualquer caminho apresentado, sem consciência de responsabilidade e consequência?

Acredito que não podemos contar com fórmulas ou mesmo respostas prontas para estas questões. É importante começar de algum ponto, quem sabe ouvindo a música Epitáfio (Titãs, 2001), com uma taça de vinho; despertando/reescrevendo os sonhos adormecidos, planejando ações para 2017, 18, 19...2037... pronto para as mudanças que de fato nos aproximem daquilo que efetivamente queremos ser ou realizar. Que nossos corações e mentes, sejam fortalecidos por nossas convicções, com a flexibilidade da mudança. Corra o risco de mudar e experimentar aquilo que todas as manhãs faz o seu coração Pulsar.

link original: https://www.linkedin.com/pulse/contagem-regressiva-jom%C3%A1rio-menezes

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