domingo, 31 de julho de 2011

Mais uma Homenagem ao Jogo Inesquecível da Última Quarta-feira

 
Memórias...

Algumas emoções que senti na vida eu gostaria de nunca esquecer.
A primeira vez que andei na montanha-russa, o primeiro beijo, o nascimento da minha filha.
E aquele jogo... ah, aquele jogo da última quarta-feira.
Quem inventou a fórmula do futebol, por favor, responda: faltou algum ingrediente naquela partida?
Dor, finta, grito, gol, supresa, sentimento, constrangimento.
Vamos criar um sinômino para driblar?
N e y m a r.
Nome que parece verbo.
Quem consegue Neymar mais... que Neymar?
E assim, de uma finta do menino, bola pra Elano... bola pra Borges.
Um a zero... que logo virou dois.
Quem pode dar passe de bicicleta para outro gol de Borges?
Neymar pode.
Dois a zero que logo viraram três.
Quem consegue Neymar no meio de campo?
Arrancar, tabelar?
Quem pode Neymar o Ronaldo Angelim, numa finta inexplicável?
Difícil descrever. Difícil entender.
Santos três a zero. Não tinha nem trinta minutos de jogo.
Quantos rubro-negros não desligaram a TV?
E os demais torcedores, quantos não ligaram pros amigos, boquiabertos?
O mais plausível? Àquela altura, uma goleada do santos.
Mas, naquela noite, o previsível não foi ao jogo.
Outro "ível" apareceu. O incrível.
Incrível gol perdido.
Incrível reação do Flamengo.
Incrível falha do goleiro Rafael. Incrivelmente fácil para Ronaldinho Gaúcho.
Ível... o Flamengo lutava para continuar invencível.
Mais Flamengo??
Thiago Neves.
Mais Neymar?
O moleque brincava entre os grandes. Brincava de fintar, de correr... de Neymar.
Willians é que não soube brincar.
Elano não soube aproveitar.
Elano não sabia... que a cobrança, tão fraquinha... ia incendiar... o Fla!
Deivid, casquinha na bola! Três a três! Dá pra acreditar?
É futebol? É sim senhor!
Futebol brasileiro! E faltava o segundo tempo inteiro.
Neymar. De novo Neymar.
De novo... e de novo. Quantas vezes Neymar?
Quantos lances de gênio antes de o jogo acabar?
Quatro a três. Quantos mais seriam. Cinco, seis?
Mas espera um pouquinho, Neymar... pra outro gênio passar.
Passa Ronaldinho, dribla Ronaldinho, derrubado Ronaldinho.
É... Ronaldinho também sabe Neymar. Ou foi o Neymar que aprendeu a Ronaldinhar?
Doze anos mais velho que Neymar. Não tão rápido, não tão ágil quanto antes.
Tão gênio quanto um gênio pode ser.
Flamengo cinco, Santos quatro.
Torcedores, um brinde!
Um gole de talento, uma homenagem ao futebol, um privilégio ter Neymar e Ronaldinho no mesmo gramado. Um gramado brasileiro.
Espetáculo! De dois dos maiores clubes do mundo no país da Copa.
No computador, se errei, posso apagar.
Na Vila Belmiro, apagar... é verbo impossível de conjugar.

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