domingo, 10 de abril de 2011

Nós Criamos o Assassino de Realengo?

            Nessa semana tivemos um fato muito marcante que chocou o país. Os assassinatos ocorridos na escola em Realengo poderiam ter tomado proporções muito mais trágicas.
         Infelizmente muitas crianças pagaram com a vida por uma obsessão inconseqüente do assassino e antigo aluno da escola.
         Diante de tantos questionamentos sobre o que leva uma pessoa a chegar ao ponto de entrar numa escola simplesmente com o objetivo de matar crianças, é difícil imaginar um fator só (não que isso sirva de justificativa).
         O que vejo com o crescimento dos casos de bullyng nos mostra que podem marcar indivíduos profundamente. Não quero dizer, mais uma vez,  que isso serve de justificativa, muito pelo contrário, tenho enorme sentimento de culpa por ver o sofrimento e a interrupção da vida de crianças, que como muitas outras são o futuro do nosso país. Culpa porque tenho a sensação de que junto com a sociedade contribuímos para criarmos esse tipo de pessoas.
          Várias vezes discriminamos as pessoas por serem diferentes, por pesarem um pouco mais, por não terem os rostinhos da televisão e outros estereótipos, por usarem uma determinada marca de roupa e não terem seus corpos iguais aos das modelos internacionais, por seguirem ou não determinada religião.
          Nós devemos valorizar as pessoas pelo que são  e pelo que fazem e não somente pela sua aparência, valorizar pelo exemplo. Não que isso pudesse evitar essa tragédia, mas pelo menos ajudar a desenvolver em indivíduos vilipendiados em grupos sociais sentimentos mais nobres, bem como nós mesmos olharmos muitas pessoas que cercam nosso dia-a-dia nos olhos, como o faxineiro, o motorista do ônibus e o trocador, os garis nas ruas e muitas outras pessoas.
          Enfim, não podemos perder mais e mais pessoas para o lado negro, para o mal, temos que trazê-las para o bem, valorizar as pessoas pelo coração.
            Deixo neste post minha homenagem e pesar a todos que foram marcados pelo sofrimento dessa tragédia.
 "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã."

As pessoas boas devem ser valorizadas, respeitem o próximo e não julguem somente pela diferença.

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