GESTÃO DE QUALIDADE
Introdução
A qualidade não pode ser considerada uma simples solução improvisada, possível de ser adotada da noite para o dia. O caminho a ser percorrido, por meio de um comportamento empresarial, voltada para o gerenciamento da qualidade, é mais acidentado do que se pensa. Não pode ser adquirido por compra, nem escolhido através de um catálogo.
A sobrevivência das empresas nesta era da globalização está ligada diretamente à produtividade (capacidade de transformar insumos em produto acabado) e a competitividade, que elas tiverem em relação aos seus concorrentes.
Muito tem se falado a respeito da adoção da qualidade total como meio de conseguir esta competitividade, garantindo o sucesso em longo prazo. Porém, existem ainda algumas empresas, que alegam que os esforços e custos para a implantação da qualidade total são muito elevados, e os resultados muito pequenos, além da grande possibilidade de fracasso.
De qualquer forma, o certo é que a busca pela qualidade atualmente não é uma questão de opção, e sim de sobrevivência.
Observação:


Qualidade total
Qualidade Total é, basicamente, o princípio e a própria ação para a mudança da cultura das empresas. É intuição e lógica, com métodos qualitativos e quantitativos, aliados à psicologia das relações humanas entre o capital e o trabalho.
A adoção do novo código em defesa do consumidor obrigou as empresas a terem uma preocupação, cada vez maior, com seus clientes. Enquanto consumidores da Europa e da América do Norte eram e são, há muito tempo, extremamentes exigentes, o consumidor brasileiro só recentemente despertou para a exigência dos seus direitos. Com isto, as empresas que trabalham com produção e serviços criaram as gerências de atendimento ao consumidor, procurando resolver melhor os problemas da não-conformidade.
O caminho para a Qualidade Total busca o chamado ZERO DEFEITO NA PRIMEIRA VEZ. Os erros ocorridos deverão ser analisados, com a metodologia adequada, e corrigidos de tal forma que não voltem a ocorrer.
ZERO DEFEITO toda a empresa deve estar envolvida, através de uma mudança de cultura, pois não é exclusivo somente do setor de Produção.
Outro ponto de fundamental importância na Qualidade Total é o envolvimento de todas as pessoas que trabalham na empresa, em busca de melhoria contínua, respeitadas suas atribuições, responsabilidades, e autoridade. O envolvimento deve-se iniciar-se pela Alta Administração.
Para que a empresa trabalhe com Qualidade total, é preciso que:



aSPECTOS HISTÓRICOS
Inicialmente a qualidade resumia-se à inspeção na área produtiva. Atualmente ela está presente, tanto no setor produtivo / operacional, como no setor de produção, vendas, marketing, pesquisa e só recentemente ela surgiu como gerência formal.
Nos séculos XVIII e XIX, não existia o controle de qualidade tal como conhecemos hoje. Quase tudo era fabricado por trabalhadores experientes e aprendizes sob a supervisão dos mestres de ofício.
A partir da década de 50, um novo enfoque foi dado à garantia da qualidade. Ela passou de uma disciplina restrita e baseada na produção fabril para uma disciplina com implicações mais amplas para o gerenciamento.
Quatro elementos distintos passaram a ser considerados: quantificação dos custos da qualidade, engenharia da confiabilidade, zero defeito e o controle total da qualidade.
Joseph Juran observou que os custos para se atingir um determinado nível da qualidade podiam ser divididos em Custos Evitáveis (os dos defeitos e das falhas dos produtos, retrabalho e processamento de reclamações)
Os Custos Inevitáveis estão associados à inspeção, amostragem, classificação e outras iniciativas de controle de qualidade.
Edward Deming e Joseoh Juran levaram suas técnicas para o esfacelado Japão pós-guerra. Os conceitos foram tão bem assimilados que o Japão conseguiu uma alta produtividade com uma taxa de defeitos de apenas 3%, enquanto os americanos apresentavam uma taxa estratosférica de 30% de defeito. Esta supremacia japonesa pode ser sentida na pele dos americanos quando eles começaram a produzir carros melhores e mais baratos dentro do próprio EUA.
A partir daí começou uma busca desesperada pelo tempo perdido e por se identificar a causa do sucesso japonês. A resposta foi Qualidade.
Tendo o Japão como maior exemplo, os princípios, práticas e ferramentas da qualidade total, passaram a ser considerados por todos os cantos. A preocupação com a satisfação dos clientes, dos parceiros e dos acionistas passaram a balizar o planejamento estratégico das organizações.
PARADIGMAS
É todo modelo de comportamento e compreensão pessoal diante dos fatos, que criam limites ao novo comportamento e a nossa análise, sem que, muitas vezes, saibamos por que estamos reagindo daquela forma. Se por um lado o paradigma estabelece limites para comportamentos indesejáveis, seu lado negativo é maior, pois cria resistências às mudanças, por vezes extremamente necessárias.
Não há dúvida que uma das maiores barreiras à implantação da Gestão da Qualidade Total é os paradigmas. Comumente, apesar das pessoas reconhecerem que a mudança é necessária, surge à descrença que o uso da filosofia de qualidade para implantar as mudanças desejadas.
A quebra de paradigmas pessoais, sempre acarreta para a empresa, uma mudança na cultura existente, o que implicará muitas vezes, em reação dos níveis gerenciais, e, principalmente, na alta administração.
OBS.: A reputação é geral. O preconceito é em cima de situações positivas e negativas ao novo. Está na essência dos indivíduos e na cultura da empresa. Resistência ao novo.
Toda mudança traz uma certa dose de insegurança e desconforto às pessoas nela envolvidas, pela natural resistência do ser humano à mudança. Por isto, nas empresas, algumas tendem a não desejar o início do processo de mudanças.
Daí a grande resistência a Gestão de Qualidade Total (GQT), pois a qualidade tem um compromisso plenamente com as mudanças.
O mais importante é que os paradigmas sejam vividos, pois a Qualidade Total (QT), sem dúvida, representa atualmente, a base mais consagrada para a efetividade de uma melhoria contínua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário