RELAÇÕES COM EMPREGADOS
“Numa grande
empresa, a maior parte dos chefes de serviço participa da elaboração do
programa de trabalho. Essa tarefa vem, por intervalo, agregar-se ao trabalho
quotidiano comum. Implica certa responsabilidade e não dá direito,
habitualmente, a nenhuma remuneração especial.
Para obter dos
chefes de serviço, nessas condições, uma colaboração real e ativa, é necessário
um hábil condutor de homens, que não tema nem o trabalho nem as
responsabilidades. Reconhece-se o líder na dedicação dos subordinados e na
confiança dos superiores”
Administração Industrial e
Geral – Previsão,
Organização, Comando,
Coordenação e Controle.
Ed. Atlas - 10ª edição – São
Paulo – 1990
Henry Fayol (1841 – 1945)
Estilos de Administração
A administração é
profundamente influenciada pelas pressuposições implícitas ou explicitas a
respeito da natureza das pessoas. A disciplina e a motivação decorrem dessas
pressuposições. Há mais de três décadas, MC Gregor identificou dois conjuntos
de pressuposições aos quais denominou Teoria X e Teoria Y. A teoria X –
Abordagem tradicional – envolve convicções negativas a respeito das pessoa e
influencia o estilo de administração dos gerentes, moldando-o em
características e impositivas. A Teoria Y – abordagem moderna – envolve
convicções positivas que levam os gerentes a assumir uma postura democrática e
consultiva.
Na Teoria X predomina a
manipulação das pessoas, a coação e o temor. As pessoas são consideradas
indolentes e preguiçosas e, portanto, precisam ser dirigidas, coagidas e
ameaçadas para trabalhar. Elas representam recursos inertes que precisam ser
explorados pela administração. Trata-se de uma visão míope, negativa e
estereotipada. Nessa mesma teoria, o trabalho é imposto e precisa ser motivado
através de pagamento e medidas de controle e segurança. As recompensas cobrem
apenas as necessidades humanas de baixo nível. A monitoração e o controle devem
ser rigorosos e as pessoas não podem ser deixadas sem supervisão nem os
subordinados devem ficar entregues às suas próprias deliberações. A cautela
deve prevalecer sobre a confiança. Em geral, as pessoas são consideradas
incompetentes, interesseiras e procuram tiram vantagens se poderem. Portanto o
trabalho deve ser esquematizado para proporcionar a simplificação das tarefas,
a rotinização de decisões e linhas claras de comando hierárquico. O relógio e o
cartão de ponto são essenciais para o controle.A hierarquia é a ordem natural,
as regras são severas. O temor à punição é o estimulo primordial.
Na Teoria Y predomina o
respeito às pessoas e as suas diferenças individuais, uma visão mais aberta e
humana das pessoas. As pessoas gostam de trabalhar quando o trabalho é
agradável e principalmente se puderem ter voz ativa, ser criativas e assumir
responsabilidades. Cada indivíduo representa uma riqueza de recursos que podem
ser explorados por uma adequada administração. As recompensas cobrem todas as
necessidades humanas, principalmente as de alto nível. A vida organizacional é
estruturada de modo a proporcionar condições para a auto-realização e a satisfação
das pessoas. A ordem natural é democracia. O reconhecimento é o estímulo
primordial. A autenticidade e os valores sociais são básicos, a liberdade e
autonomia são sagradas, a contribuição é o resultado esperado.
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